Vasco volta a esboçar identidade importante em derrota dolorida para o Bahia; leia análise

Forte mentalmente e capaz de se adaptar às circunstâncias, cruz-maltino deixa Salvador entre frustração e sinais positivos


Paulo Henrique (centro) abriu o placar para o Vasco Leandro Amorim/Vasco

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 27/06/2024 - 02:31

Evolução do Vasco sob Rafael Paiva

Vasco mostrou evolução sob comando de Rafael Paiva e apesar da derrota para o Bahia, exibiu identidade e perigo nos contra-ataques. Expulsão prejudicou desempenho, mas equipe segue competitiva e confiante para próximos desafios.

Em seu segundo jogo na nova passagem como técnico interino, Rafael Paiva comandou um Vasco que mostrou que a goleada sobre o São Paulo, por 4 a 1, no último final de semana, não foi fogo de palha. Tentando a façanha de ser o primeiro time a tirar pontos do Bahia na Fonte Nova neste Brasileiro, o time fez jogo equilibrado, mas acabou sofrendo uma dolorosa derrota no fim, com um a menos: 2 a 1.

Estupiñán apareceu entre a defesa após cruzamento de Biel para vencer Léo Jardim. Até então, o cruz-maltino segurava uma valioso 1 a 1, construído em gols de Thaciano e Paulo Henrique ainda antes do intervalo.

O segundo tempo vinha sendo marcado, assim como os primeiros 45 minutos, por mais contundência de um forte, técnico e organizado Bahia, contra um Vasco que levava perigo quando encaixava bons contra-ataques. Esta parece ser a identidade que o cruz-maltino vem criando sob o comando de Paiva: um time que se adapta às circunstâncias, mas perigosíssimo no jogo de transição, principalmente quando a bola cai nos pés de Adson ou dos laterais.

A evolução e o bom jogo que o Vasco vinha sustentando acabaram prejudicadas por um lance polêmico aos 14 minutos do segundo tempo. David foi expulso em disputa de bola com os braços abertos contra Gilberto. O árbitro João Vitor Gobi entendeu que houve força no lance e aplicou o segundo cartão amarelo, para protestos em campo.

A expulsão acabou condicionando a partida, que passou a ter domínio total dos donos da casa. O time de Rogério Ceni ainda apostou nas investidas de Biel, Ademir e Estupiñan, que deram muita velocidade e ainda mais volume de jogo. Paiva tentou equilibrar pelas alas, acionando Puma Rodríguez e Leandrinho para uma segunda linha no corredor, apenas com Vegetti à frente. O cruz-maltino se defendeu enquanto pôde até levar o gol que decretou a derrota.

Antes disso, o roteiro do jogo guardava semelhanças com o do duelo com o São Paulo. O Bahia contou com competência e um pouco de sorte para balançar a rede cruz-maltina, em chute desviado de Thaciano. Apesar do placar adverso, a equipe novamente teve psicológico para reagir. O lateral-direito Paulo Henrique concluiu para as redes uma jogada nascida em contra-ataque, que contou com uma bela trama entre Adson e Piton antes de terminar no lateral. Os três foram os jogadores mais perigosos no ataque, para além de um onipresente Vegetti.

Com o resultado, o Vasco segue próximo da zona de rebaixamento. Porém, chegará ao clássico contra o Botafogo, no sábado, em São Januário, de cabeça muito mais erguida do que há algumas semanas. Nesta nova identidade, é um time capaz de competir, reagir e levar muito perigo, por mais forte que seja o adversário.

Mais recente Próxima Com um a menos, Vasco tenta resistir ao Bahia, mas perde com gol no fim