Palestino ferido é transportado amarrado a veículo ​​israelense na Cisjordânia; vídeo

Exército disse que isso "não está de acordo" com seus valores e que investigará o ocorrido. O homem ferido foi encaminhado a um hospital

Por — Jerusalém


Palestino ferido é transportado amarrado a veículo ​​israelense na Cisjordânia AFP

RESUMO

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GERADO EM: 23/06/2024 - 10:05

Soldados israelenses amarram palestino a veículo militar

Soldados israelenses amarraram palestino ferido a veículo militar na Cisjordânia. Exército admite violação de protocolo e investigará o ocorrido. Conflito na região aumenta com guerra em Gaza.

Soldados israelenses amarraram um palestino ferido na frente de um veículo militar durante uma operação na cidade de Jenin, na Cisjordânia, confirmou neste domingo o Exército, que admitiu ter violado os protocolos operacionais e disse que irá investigar o ocorrido.

As imagens do incidente, que aconteceu no sábado, viralizaram e mostram um homem amarrado ao capô de um jipe militar israelense enquanto o veículo avança por uma passagem estreita. Veja o vídeo:

Palestino ferido é transportado amarrado a veículo ​​israelense na Cisjordânia

O Exército afirmou que o homem ficou ferido durante uma "operação antiterrorista" que procurava suspeitos na área. Durante o tiroteio entre soldados e milicianos, ele foi considerado suspeito, ficou ferido e foi capturado, afirma o comunicado do Exército. Os soldados, então, violaram o protocolo militar.

"Em violação às ordens e protocolos operacionais, o suspeito foi levado pelas forças e amarrado ao veículo", confirmou o Exército de Israel, admitindo que esta forma de ação "não está de acordo" com seus valores e que investigará o ocorrido.

Segundo a agência de notícia Reuters, o homem é Mujahed Azmi, um residente palestino de Jenin. Ele foi entregue ao hospital palestino Ibn Sina, em Jenin, e recebe tratamento em um hospital em Jenin, informaram fontes médicas à AFP. Jenin é um reduto de grupos armados palestinos e o Exército israelense efetua operações com frequência na região.

Sua família disse que ele foi ferido durante uma operação do Exército israelense na região. Quando pediram uma ambulância, os militares levaram Azmi, amarraram-no ao capô do jipe e partiram. Um motorista de ambulância palestino disse à al-Jazeera que os soldados israelenses se recusaram a entregar Azmi a eles:

— O jipe passou e o homem ferido estava no capô. Um braço estava amarrado ao para-brisa e o braço estava em seu abdômen. Eles passaram por nós. Recusaram-se a nos entregar o paciente — ele afirmou.

Os soldados israelenses, mais tarde, liberaram Azmi, permitindo que paramédicos o transportassem para o hospital, onde ele foi levado para a sala de operações, segundo funcionários.

A violência na Cisjordânia ocupada aumentou desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza, no dia 7 de outubro. Ao menos 553 palestinos morreram na Cisjordânia em ações das tropas de dos colonos israelenses desde o início da guerra de Gaza, segundo as autoridades palestinas.

Além disso, ao menos 14 israelenses morreram em ataques de palestinos no mesmo período, segundo um balanço da AFP baseado em dados divulgados pelas autoridades israelenses.

Mais de 37 mil mortes

Neste domingo, o Ministério da Saúde em Gaza, administrado pelo Hamas, disse que pelo menos 37.598 pessoas foram mortas durante mais de oito meses de guerra entre Israel e militantes palestinos.

O número inclui pelo menos 47 mortes nas últimas 24 horas, segundo um comunicado do ministério, acrescentando que 86.032 pessoas ficaram feridas na Faixa de Gaza desde o início da guerra, quando militantes do Hamas atacaram Israel em 7 de outubro.

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