Israel diz que pode devolver o Líbano à ‘Idade da Pedra’, mas não quer 'entrar em guerra'
Ambos têm disparado regularmente projéteis um contra o outro através da fronteira desde que o ataque de 7 de outubro do Hamas em Israel desencadeou guerra na Faixa de Gaza
Por O Globo — Washington
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Ondas de fumaça saem do local de um ataque aéreo israelense na vila de Majdel Zoun, perto da fronteira sul do Líbano
Ondas de fumaça saem do local de um ataque aéreo israelense na vila de Majdel Zoun, perto da fronteira sul do LíbanoKawnat Haju/AFP
RESUMO
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GERADO EM: 27/06/2024 - 02:29
Israel ameaça Líbano e discute armas com EUA
Israel diz não querer guerra com o Líbano, mas pode devolvê-lo à 'Idade da Pedra'. Ministro da Defesa afirma que estão preparados para qualquer cenário e que já mataram mais de 400 terroristas do Hezbollah. A entrega de armas dos EUA para Israel foi tema de discussão durante visita de autoridades israelenses em Washington.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, declarou nesta quarta-feira durante uma visita a Washington que o seu país não quer uma guerra no Líbano, mas pode devolver o país à "Idade da Pedra" se a diplomacia falhar. Os receios de uma guerra no país aumentaram nas últimas semanas, à medida que as hostilidades entre Israel e o Hezbollah se intensificam.
— Não queremos entrar em uma guerra porque não é bom para Israel. Temos a capacidade de devolver o Líbano à Idade da Pedra, mas não queremos fazê-lo — assegurou à imprensa no último dia da sua visita aos Estados Unidos. — Não queremos guerra, mas estamos nos preparando para qualquer cenário. O Hezbollah entende muito bem que podemos infligir danos massivos ao Líbano se uma guerra começar.
Escola da ONU, em Gaza, é bombardeada por Israel; Veja fotos
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Crianças passam por uma sala de aula destruída, onde foram colocados colchões para as pessoas abrigadas em uma escola administrada pela Agência de Assistência e Obras da ONU para os Refugiados da Palestina (UNRWA) — Foto: Eyad BABA / AFP 2 de 10
O Exército israelense assumiu, nesta quinta-feira, que bombardeou uma escola da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), na Faixa de Gaza. Segundo os militares, a sede abrigava "uma base" do movimento islâmico Hamas. Bombardeio deixou pelo menos 39 mortos e numerosos feridos. — Foto: Eyad BABA / AFP
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Escola administrada pela Agência de Assistência e Obras da ONU para os Refugiados da Palestina (UNRWA), que foi atingida por bombardeios israelenses, no campo de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza — Foto: Eyad BABA / AFP 4 de 10
O Exército israelense assumiu, nesta quinta-feira, que bombardeou uma escola da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), na Faixa de Gaza. Segundo os militares, a sede abrigava "uma base" do movimento islâmico Hamas. Bombardeio deixou pelo menos 39 mortos e numerosos feridos. — Foto: Eyad BABA / AFP 5 de 10
Escola administrada pela Agência de Assistência e Obras da ONU para os Refugiados da Palestina (UNRWA), que foi atingida por bombardeios israelenses, no campo de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza — Foto: Eyad BABA / AFP 6 de 10
Escola administrada pela Agência de Assistência e Obras da ONU para os Refugiados da Palestina (UNRWA), que foi atingida por bombardeios israelenses, no campo de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza — Foto: Eyad BABA / AFP 7 de 10
O Exército israelense assumiu, nesta quinta-feira, que bombardeou uma escola da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), na Faixa de Gaza. Segundo os militares, a sede abrigava "uma base" do movimento islâmico Hamas. Bombardeio deixou pelo menos 39 mortos e numerosos feridos. — Foto: Eyad BABA / AFP 8 de 10
O Exército israelense assumiu, nesta quinta-feira, que bombardeou uma escola da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), na Faixa de Gaza. Segundo os militares, a sede abrigava "uma base" do movimento islâmico Hamas. Bombardeio deixou pelo menos 39 mortos e numerosos feridos. — Foto: Eyad BABA / AFP 9 de 10
Crianças passam por uma sala de aula destruída, onde foram colocados colchões para as pessoas abrigadas em uma escola administrada pela Agência de Assistência e Obras da ONU para os Refugiados da Palestina (UNRWA) — Foto: Eyad BABA / AFP 10 de 10
Escola administrada pela Agência de Assistência e Obras da ONU para os Refugiados da Palestina (UNRWA), que foi atingida por bombardeios israelenses, no campo de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza — Foto: Eyad BABA / AFP
O Exército israelense assumiu, nesta quinta-feira, que bombardeou uma escola da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), na Faixa de Gaza. Segundo os militares, a sede abrigava "uma base" do movimento islâmico Hamas. Bombardeio deixou pelo menos 39 mortos e numerosos feridos.
Gallant acrescentou que Israel matou mais de 400 “terroristas” do movimento apoiado pelo Irã nos últimos meses. Ambos os lados têm disparado regularmente projéteis um contra o outro através da fronteira desde que o ataque de 7 de outubro do Hamas, aliado do Hezbollah, ao sul de Israel desencadeou a guerra na Faixa de Gaza.
O ministro da Defesa israelense disse anteriormente que tinha feito “progressos significativos” no envio de armas dos EUA a Israel para a sua campanha militar no devastado território palestino.
— Os obstáculos foram removidos e os gargalos foram resolvidos — disse ele. — Gostaria de agradecer à administração americana e à opinião pública pelo seu apoio contínuo ao Estado de Israel — disse ele após se reunir com Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional do presidente Joe Biden.
Situação humanitária em Rafah: Corte Internacional de Justiça (CIJ) determinou que Israel interrompa "imediatamente" ataques terrestres à cidade
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Situação humanitária em Rafah: um homem palestino e seus filhos sentam-se em uma sala destruída após o ataque aéreo israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza — Foto: Eyad AL-BABA / AFP 2 de 13
Crianças palestinas deslocadas fazem fila para receber comida em Rafah, no sul da Faixa de Gaza — Foto: AFP
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Um homem palestino descansa depois de encher um galão com água do telhado de uma casa fortemente danificada após o bombardeio israelense no distrito de Tal al-Sultan, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza — Foto: AFP 4 de 13
Situação humanitária em Rafah: palestinos sentam-se junto aos escombros de uma casa de família que foi atingida durante bombardeio — Foto: AFP 5 de 13
Um jovem palestino em frente a um prédio destruído após o bombardeio israelense no distrito de Tal al-Sultan, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza — Foto: AFP 6 de 13
Os palestinos inspecionam a destruição após os ataques israelenses noturnos em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 6 de maio de 2024, em meio ao conflito em curso entre Israel e o movimento palestino Hamas. — Foto: AFP 7 de 13
Crianças observam coluna de fumaça de bombardeio subindo em Rafah — Foto: AFP 8 de 13
Mulher caminha em local onde havia campo de refugiados em Rafah, na Faixa de Gaza — Foto: AFP 9 de 13
Crianças palestinas deslocadas fazem fila para receber comida em Rafah, no sul da Faixa de Gaza — Foto: AFP 10 de 13
Crianças ao lado de cratera aberta por bombardeio israelense em Rafah — Foto: AFP 11 de 13
Menino senta entre os escombros no local de um edifício que foi atingido pelo bombardeio israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza — Foto: AFP 12 de 13
Acampamento para palestinos refugiados, em Rafah — Foto: AFP 13 de 13
Cratera no local de um edifício que foi atingido pelo bombardeio israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza — Foto: AFP
Os juízes da corte citaram a "desastrosa" situação humanitária no enclave, afirmando que a ofensiva israelense e quaisquer atos que possam causar a destruição total ou parcial dos palestinos devem cessar.
Durante sua estadia na capital americana, ele também conversou com o secretário de Estado, Antony Blinken, e com o secretário de Defesa, Lloyd Austin. Nos últimos dias, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acusou publicamente o governo dos EUA de atrasar a entrega de armas a Israel.
Washington insistiu que apenas um carregamento de bombas foi adiado por receio de que fossem utilizadas em áreas povoadas, e que os outros continuam no seu curso normal. Gallant não deu mais detalhes sobre o progresso nem esclareceu se o governo Biden concordou em aumentar o envio de armas ou se deu explicações.