Mulher é morta a facadas em Belford Roxo; ex-marido foi preso como principal suspeito

Luciene da Silva Queiroz Barreto, de 39 anos, trabalha como gari a Secretaria Municipal de Conservação, em Belford Roxo

Por — Rio de Janeiro


Luciene foi morta a facadas, ao chegar em casa após o trabalho Reprodução

RESUMO

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GERADO EM: 28/06/2024 - 12:10

Feminicídio em Belford Roxo: Mulher de 39 anos é assassinada

Mulher de 39 anos é assassinada a facadas em Belford Roxo pelo ex-marido, principal suspeito do feminicídio. Vítima trabalhava como gari e tinha medidas protetivas contra o agressor. Prefeitura lamenta o ocorrido e espera por justiça rápida.

Luciene da Silva Queiroz Barreto, de 39 anos, foi morta a facadas nesta sexta-feira em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. O principal suspeito é Eduardo Lima Barreto, ex-marido da vítima e pai de uma filha. Ele foi encontrado por policiais militares da 39º BPM (Belford Roxo) e levado para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), onde foi autuado em flagrante pelo feminicídio. Com o homem, foram apreendidas duas facas.

Segundo o G1, o assassinato aconteceu por volta das 6h30, no bairro São Francisco de Assis, quando Luciene havia chegado ao trabalho. Ela trabalhava há seis meses como gari na Secretaria Municipal de Conservação.

A vítima chegou a ser levada para o Hospital municipal Jorge Júlio Costa dos Santos, onde ela morreu em decorrência dos ferimentos — Eduardo a teria golpeado uma vez na barriga e duas no tórax.

A Polícia Militar prendeu o suspeito no bairro São Francisco. Ao chegar no local do fato, pessoas avisaram aos agentes que o autor do crime estava próximo. Em imagens de câmeras de segurança que circulam nas redes, Eduardo é visto tentando golpear outras pessoas que tentaram o conter. Ele foi preso com duas facas.

Gari é morta a facadas pelo ex-marido em Belford Roxo

Os colegas dela também afirmam que Luciene estava separada do homem há bastante tempo e tinha duas medidas protetivas contra ele.

Segundo o RJTV, a primeira denúncia contra Eduardo foi em 2016, um caso de ameaças e agressão. Na época ela conseguiu a primeira medida protetiva contra o ex-marido.

No mês passado ele voltou a fazer ameaças, ela conseguiu a segunda medida protetiva. Pelo Tribunal de Justiça, devido a violência doméstica e ameaças, Eduardo estava proibido de se aproximar de Luciene e de seus familiares a um limite de 300 metros de distância. Ele também não podia entrar em contato com ela em nenhum meio de comunicação, nem mesmo pelo celular. Ele poderia se aproximar do filho do casal apenas através do intermédio de um familiar do menor.

O descumprimento das medidas protetivas, a última delas definida em maio deste ano, com prazo de 90 dias, levaria à prisão preventiva.

Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça, o número de medidas protetivas concedidas pelo Tribunal de Justiça do Rio vem crescendo a cada ano. Passou de 25.421, em 2020, para 41.766 em 2023. Um aumento de 64,3% em quatro anos.

Sandra Barreto, mãe do suspeito do assassinato, disse ao RJTV que "eles não ficaram nem três meses casados".

— Eles viveram, separaram, depois de alguns anos voltaram. Acho que não ficaram nem três meses casados, mas aconteceu o que acontece — afirmou Sandra.

No depoimento prestado na DHBF, Eduardo declarou que "vai ficar muito tempo preso, mas que agora ficará em paz".

Em nota, a Prefeitura Municipal de Belford Roxo lamentou a morte de Luciene. A gestão municipal disse ainda que se solidariza com a família e "espera que a justiça seja feita o mais rápido possível".

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