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Por O Globo com agências internacionais — Pequim

A China anunciou nesta terça-feira que exibiu sua bandeira vermelha e dourada na face oculta da Lua antes que a nave de ascensão da missão Chang'e-6 decolasse com as primeiras amostras de rocha e sedimentos já coletadas dessa área lunar, dando início a uma jornada histórica de volta à Terra. A missão foi celebrada como um sucesso na China, que obteve avanços significativos no programa espacial com o objetivo de levar astronautas ao satélite natural do planeta e trazê-los de volta à Terra antes do fim desta década.

Espaçonave chinesa em solo lunar — Foto: Reprodução
Espaçonave chinesa em solo lunar — Foto: Reprodução

A sonda Chang’e-6 foi lançada em 3 de maio para uma complexa missão de 53 dias, e seu módulo de pouso aterrissou no lado oculto da Lua no domingo, na imensa bacia de Aitken, uma das maiores crateras conhecidas no sistema solar, segundo a Administração Espacial Nacional da China (AENC). Formada há mais de 4 bilhões de anos por um impacto, a cratera tem 13 km de profundidade e um diâmetro de 2,5 mil km.

Nesta terça-feira, seu ascensor decolou às 7h38 (horário de Pequim), com seu motor ligado por cerca de seis minutos ao entrar em uma órbita predefinida ao redor da Lua, disse a AENC.

"Missão cumprida!", escreveu na rede social X (antigo Twitter) o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Hua Chunying. "Um feito sem precedentes na História da exploração lunar humana!"

Missões ao lado oculto da Lua são mais difíceis porque ele não fica de frente para a Terra, requerendo um satélite de retransmissão para manter as comunicações. O terreno também é mais acidentado, com menos áreas planas para aterrissar.

Segundo a agência, a espaçonave resistiu a um teste de alta temperatura na superfície lunar e, conforme planejado, coletou com um braço robótico cerca de dois quilos de rochas e sedimentos usando perfuração e coleta de superfície antes de armazenar essa amostra em um contêiner dentro do ascensor da sonda. Vídeos divulgados pela AENC mostram o momento exato da decolagem do ascensor, deixando em solo lunar parte da Chang'e-6, que deve continuar fazendo pesquisas no satélite.

— O trabalho de embalagem foi concluído em condições normais e todo o processo está tranquilo — disse Li Xiaoyu, engenheiro do Centro de Controle Aeroespacial de Pequim (BACC), à CCTV.

No total, a operação envolve quatro espaçonaves: o módulo de pouso, a nave de ascensão, o módulo de serviço e o módulo de reentrada. A nave que decolou da Lua nesta terça deverá encontrar e se acoplar ao módulo de serviço nos próximos dias — as duas viajam a uma velocidade de 1,6 quilômetros por segundo durante as manobras.

Após a acoplagem, os recipientes com a amostra serão transferidos para o módulo de reentrada através de um processo automatizado. O ascensor será então descartado enquanto o módulo de serviço aguardará um tempo pré-determinado para iniciar seu retorno à Terra. A expectativa é de que a nave inicie seu retorno à Terra entre 20 e 21 de junho, com pouso nos desertos da região da Mongólia Interior, na China, previsto para 25 de junho. Essa missão está seguindo um processo semelhante ao retorno de amostras com a Chang'e-5, em 2020, quando a nave decolou da face visível da lua.

Foto panorâmica do local de pouso — Foto: Reprodução
Foto panorâmica do local de pouso — Foto: Reprodução

'Sonho Espacial'

Os cientistas consideram que o lado oculto da Lua, nunca visível da Terra, tem um grande potencial para investigação, porque suas crateras não são tão cobertas por fluxos de lava antigos como as do lado visível. O material recolhido pela sonda chinesa também poderá fornecer pistas sobre como a Lua se formou.

Desde que assumiu o poder, o presidente chinês, Xi Jinping, tem promovido o “sonho espacial” do gigante asiático, com o país direcionando enormes recursos na última década. O programa lunar faz parte da crescente rivalidade com os EUA — ainda o líder na exploração espacial — e outros, incluindo Japão e Índia.

Bandeira da China na Lua — Foto: Reprodução
Bandeira da China na Lua — Foto: Reprodução

Ao longo do caminho alcançou sucessos notáveis, ​​como a construção da estação espacial Tiangong, a aterrissagem de robôs de exploração espacial em Marte e na Lua, e o envio de missões tripuladas em órbita.

Em disputa para não perder o protagonismo em projetos espaciais, os Estados Unidos alegam que o programa aeroespacial da China esconde objetivos militares e procura estabelecer o domínio do país asiático no espaço.

Além de enviar astronautas à Lua até 2030, tornando-se a segunda nação a conseguir o feito após os EUA, a China também planeja construir uma base espacial no satélite. Pela primeira vez em 50 anos, Os EUA também querem levar uma missão tripulada novamente à Lua em 2026, com a Artemis 3.

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