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Por AFP — Territórios palestinos

RESUMO

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GERADO EM: 25/06/2024 - 11:46

Guerra em Gaza: Bombardeios e críticas

A guerra em Gaza continua com bombardeios israelenses, resultando na morte de familiares do líder do Hamas. EUA pressionam por trégua e tensão com o Hezbollah. Israel enfrenta críticas por mortes de civis e bloqueio humanitário em Gaza.

O Exército israelense bombardeou a Faixa de Gaza nesta terça-feira, e as autoridades palestinas relataram a morte de dez familiares do líder do braço político do Hamas, Ismail Haniyeh, entre eles Zahr, sua irmã. O bombardeio teria atingido o campo de refugiados de al-Shati, no norte do enclave, matando pelo menos 13 pessoas, informou o jornal Haaretz. De acordo com porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmoud Basal, "vários mártires permanecem sob os escombros".

Os militares não confirmaram a informação, mas afirmaram ter atacado combatentes do Hamas que estavam "dentro de complexos escolares" em al-Shati e em outra região do norte de Gaza durante a noite. As forças israelenses informaram, sem provas, que os combatentes estiveram envolvidos no ataque terrorista de 7 de outubro, que desencadeou a guerra.

Haniyeh, que vive no Catar e contra quem o procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI) expediu mandados de prisão, perdeu três filhos e quatro netos em um bombardeio em abril. De acordo com a rede al-Jazeera, um drone teria atingido, à época, o carro da família no campo de refugiados de al-Shati, no norte do enclave.

Na ocasião, um comunicado do Exército de Israel disse que "os três agentes" visados no ataque aéreo eram Amir, Mohammed e Hazem Haniyeh, acrescentando que os homens eram membros da ala militar do Hamas e estavam "prestes a realizar um ato terrorista".

'Permanecer unidos'

Enquanto os bombardeios continuam, os EUA vêm pressionando Israel para evitar uma nova escalada na fronteira com o Líbano, onde as forças israelenses trocam ataques quase diários com o movimento xiita libanês Hezbollah. No domingo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse em entrevista que "a fase intensa da guerra está prestes a terminar em Rafah" e que isso permitirá que "algumas forças sejam realocadas para o norte".

Durante a viagem do ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, a Washington, o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, instou-o a evitar uma "escalada" em Beirute. Blinken sublinhou ainda a importância de se chegar a um acordo entre Israel e Hamas que "garanta a libertação de todos os reféns e alivie o sofrimento do povo palestino".

As negociações para uma trégua estão paralisadas. O Hamas, que governa Gaza desde 2007, insiste que qualquer acordo deve incluir "um cessar-fogo permanente e uma retirada completa" das tropas israelenses do enclave palestino, algo que Netanyahu rejeita.

A viagem de Gallant, por sua vez, busca aliviar a tensão após Netanyahu ter acusado Washington de atrasar a entrega de armas e munições, algo que os EUA negam, porque afirmam que apenas retiveram um envio de bombas pesadas diante do temor de uma ação em larga escala contra a cidade de Rafah, no extremo sul de Gaza. Nesta terça, o ministro da Defesa assumiu uma postura mais conciliatória e afirmou:

— Devemos resolver rapidamente as diferenças entre nós e permanecer unidos.

Internamente, o governo israelense enfrenta um revés depois que a Suprema Corte decidiu, nesta terça-feira, que os estudantes ultraortodoxos das escolas talmúdicas, até agora isentos de obrigações militares, devem se alistar no Exército. A decisão complica as coisas para o premier, que governa com uma coalizão de partidos de direita e de extrema direita, alguns deles ultraortodoxos.

Crianças mutiladas diariamente

O conflito em Gaza eclodiu quando combatentes do Hamas invadiram o sul de Israel e mataram 1,2 mil pessoas, a maioria civis, e fizeram mais de 250 — dos quais 116 ainda estão detidos no enclave palestinos, e entre os quais 42 teriam morrido, segundo o Exército israelense.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva aérea e terrestre em Gaza, que já deixou mais de 37,6 mil mortos, a maioria mulheres e menores de idade, segundo o Ministério da Saúde do território. O elevado número de mortes de civis em Gaza gerou indignação em todo o mundo e dezenas de manifestantes aguardaram Gallant chegar ao seu encontro com Blinken com protestos e gritos de "criminoso de guerra".

Além da ofensiva militar, Israel impôs — dois dias após iniciar o conflito — um cerco a Gaza que impede a entrada de alimentos, combustível, água e medicamentos. No enclave, quase meio milhão de pessoas sofrem de fome "catastrófica", segundo um relatório publicado nesta terça-feira e respaldado pela ONU.

O diretor da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA), Philippe Lazzarini, alertou que todos os dias, em média, dez crianças em Gaza perdem uma ou duas pernas, citando números do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), e especificou que os dados não incluem menores que perdem um braço ou uma mão.

A UNRWA enfrenta uma crise desde janeiro, depois que Israel acusou dezenas dos seus 13 mil funcionários de envolvimento no ataque de 7 de outubro — o que não ficou comprovado. Lazzarini afirmou que a agência tem recursos para funcionar apenas até o final de agosto. Na segunda-feira, familiares das vítimas do ataque do Hamas a Israel processaram a UNRWA, em Nova York, onde está localizada a sede da ONU.

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