A Escola Cultural Mosaico vai realizar no dia 6 de julho uma festa julina na Ilha do Tibau aberta à população, com capacidade para até 800 pessoas. A Amazônia e os povos originários serão o tema do evento, que contará com teatro e exposição feitos pelos alunos e será sustentável, com práticas de compensação de carbono. A celebração será das 18h às 20h, e o ingresso é retirado mediante a doação de dois quilos de alimento não perecível por pessoa. O que for arrecadado será distribuído em cestas básicas para uma comunidade no entorno da Lagoa de Piratininga e para vítimas das chuvas no Sul do país.
A festa será produzida pelos próprios alunos da educação infantil e do ensino fundamental I. Com proposta sustentável e ecológica, a escola, que fica na encosta do Morro da Viração, traz para o evento uma discussão sobre crise ambiental, resiliência climática e conservação da Amazônia como pautas da infância.
— Fizemos uma pesquisa aprofundada sobre a Amazônia, uma curadoria das músicas compreendendo suas regionalidades, e as danças não são coreografadas como nas tradicionais festas juninas. Através de uma densa costura com os conhecimentos que são trabalhados dentro da Base Nacional e nosso currículo ecológico, os professores vão criando, junto com as crianças, por meio de suas diferentes linguagens, todo o processo de aprendizagem — explica Elga Baldez, diretora pedagógica e fundadora da Mosaico.
Esta é a primeira vez que a festa julina não será no espaço da escola. Segundo Elga, realizar este projeto na Ilha do Tibau favorece a temática:
— A festa tem um cunho de manifesto da criança pela luta em proteção da natureza.<EP,1><ap3>O evento vai terminar com o Bumbódromo, a festividade dos bois Garantido (vermelho) e Caprichoso (azul). De acordo com Elga, na peça, as crianças narram a história que construíram através de suas pesquisas sobre experiências das regiões amazônicas, dos povos originários e de suas diferentes representatividades.
— É uma grande oportunidade para compreensão de que a construção do conhecimento se estrutura em rede, de maneira ampliada, não se limitando à fragmentação das disciplinas. E o teatro tem muito disso, da vida que se apresenta, do presente que fala muito a respeito da criança — conclui Elga.
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