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GERADO EM: 28/06/2024 - 02:00

Celebridades revelam lugares no Rio para LGBTQIA+

No Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, personalidades revelam lugares favoritos no Rio, destacando espaços acolhedores e seguros. Mesmo com desafios, a cidade oferece opções diversas para a comunidade aproveitar e se expressar, reforçando a importância da inclusão e do respeito em todos os locais.

A cidade do Rio é um dos oito destinos dos sonhos para a comunidade LGBTQIA+, segundo o site americano de turismo GayCities. Especialistas justificam a presença carioca na lista pela união do “burburinho inebriante de uma cidade cosmopolita” com uma “vibração descontraída” que, de Norte a Sul, encanta visitantes e locais com programas para todos os gostos. As atrações vão das praias famosas à vida noturna agitada, passando por recantos que proporcionam liberdade e aconchego a todas as letras da sigla que representa a diversidade de gênero. No Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, O GLOBO ouviu artistas, influenciadores e ativistas da causa sobre seus lugares preferidos para ser e estar.

A atriz Nila se sente mais à vontade nas festas underground do Centro. São espaços que, segundo a experiência dela, se preocupam com o tratamento de pessoas trans e onde há muita diversidade.

Atriz Nila — Foto: Arquivo
Atriz Nila — Foto: Arquivo

— Falando de bares e restaurantes, tenho muitas saudades do Desvio, que ficava ali perto do Largo da Carioca, e foi um dos primeiros lugares onde eu me senti realmente 100% acolhida — conta Nila. — Hoje, um dos meus favoritos é o Novooeste, em Santa Teresa. — Tem música boa, karaokê em alguns dias da semana, a equipe é excelente e muito querida, super respeitosos com pessoas trans e não binárias e ainda tem hambúrgueres e drinques deliciosos.

Da Saara à Sapucaí

A região central é queridinha de outros artistas, como Luis Lobianco. O ator lembra da infância batendo perna com a avó na Saara, onde já adulto filmou o longa “Made in China”, e dos desfiles na Sapucaí.

Ator Luis Lobianco — Foto: Pedro Dimitrov
Ator Luis Lobianco — Foto: Pedro Dimitrov

— Morei por 10 anos na Rua dos Inválidos e depois no Bairro de Fátima, para ficar perto do Buraco da Lacraia, palco onde fiz longa ocupação artística. Bar do Peixe, Circo Voador e Bar Brasil ainda fazem parte da minha rotina. Esse pedaço da cidade é minha paixão e constituiu minha personalidade — resume Lobianco.

Atriz Bruna Linzmeyer — Foto: Arquivo
Atriz Bruna Linzmeyer — Foto: Arquivo

Na Região Portuária, o QueeRIOca, primeiro espaço cultural do país voltado para a produção artística LGBTQIA+ é um dos preferidos da atriz Bruna Linzmeyer.

— Eu curto porque é um espaço cultural onde não só a gente pode beber e se divertir, como acontece um cineclube queer comandado por pessoas queer — diz Bruna.

O atendimento diferenciado também levou a drag Suzi Brasil (interpretada pelo ator e roteirista Marcelo Souza) ao bar Contemporâneo, na Lapa, que tem equipe composta por trans, gays e lésbicas.

— Quadra de escola de samba é sempre muito seguro. Destaco Imperatriz Leopoldinense, Unidos da Tijuca, União da Ilha e Mangueira, mas me sinto bem em todas — diz Suzi Brasil.

QueeRIOca, local que mistura as características da cultura queer(termo “importado” de fora do Brasil para designar o estilo de vida que foge à norma) e o “jeito de ser” do carioca. Por lá, são realizados eventos como saraus, peças teatrais, cineclubes e festas — Foto: Divulgação
QueeRIOca, local que mistura as características da cultura queer(termo “importado” de fora do Brasil para designar o estilo de vida que foge à norma) e o “jeito de ser” do carioca. Por lá, são realizados eventos como saraus, peças teatrais, cineclubes e festas — Foto: Divulgação

Assim como Nila, a fundadora do QueeRIOCA, Laura Castro, também frequenta o Novooeste.

— Consigo ir durante o dia com minha família, mas também curto ir namorar e aproveitar um tempo com a minha esposa. Sempre me sinto segura e bem recebida — afirma Laura.

Organzza posa em rua de Coelho Neto — Foto: Íra Barillo
Organzza posa em rua de Coelho Neto — Foto: Íra Barillo

Cria da Zona Norte, a drag performer Organzza já tinha o Quiosque Sunset, na Praia de São Bento, na Ilha do Governador, como o lugar favorito. Ela gosta tanto que decidiu criar lá seu próprio evento, o “Quintal da Organzza”:

— É uma roda de samba feita totalmente para atender a comunidade LGBTQIA+ que não se sente à vontade em outras rodas da cidade. Por esses e outros motivos, hoje eu tenho o Sunset como a minha casinha — compartilha.

Roda de samba LGBTQIA+ "Sambay" com o cantor e ator Rodrigo Drade Pessoa — Foto: Divulgação
Roda de samba LGBTQIA+ "Sambay" com o cantor e ator Rodrigo Drade Pessoa — Foto: Divulgação

Praias e a atividade cultural da Zona Sul tornam a região mais receptiva para personalidades como a cantora Valesca Popozuda, o ator Carmo Dalla Vecchia, o vocalista do Sambay Rodrigo Drade, e a empreendedora e ex-jurada do programa de TV “Shark Tank Brasil” Camila Farani.

— Me sinto seguro em todos os lugares que frequento no Rio. Zona Sul costuma ser uma bolha. Shoppings, restaurantes da Dias Ferreira, praias, cinemas. A Livraria Travessa é sempre bom programa — diz Dalla Vecchia.

As festas temáticas na Pink Flamingo são o ponto alto da região para Silvero Pereira.

— No Teatro Rival, vale ficar ligado porque sempre tem programação voltada para o público LGBTQIA+ como o The Queen e Queen Star; e tem a Roda Sambay. É cheia de participações e prioriza artistas LGBTQIA+.

Carmo Dalla Vecchia rebateu uma internauta que criticou seu look ousado e sexy na Parada Gay de São Paulo: “Obrigado pelo engajamento. Peço que continue”, escreveu o ator — Foto: Reprodução / Instagram
Carmo Dalla Vecchia rebateu uma internauta que criticou seu look ousado e sexy na Parada Gay de São Paulo: “Obrigado pelo engajamento. Peço que continue”, escreveu o ator — Foto: Reprodução / Instagram

A deputada estadual Dani Balbi costuma pedalar na Lagoa Rodrigo de Freitas, onde se sente mais segura.

— Prefiro pedalar na Lagoa, porque considero um bairro muito seguro por conta da conduta policial diferenciada. Infelizmente vivemos em uma cidade e um estado onde a postura adotada pela polícia depende da concentração de renda de determinada população. Logo, ainda que estejamos tratando de uma mesma cidade, tenho medo da conduta policial em outras regiões, onde as forças de segurança costumam ser mais truculentas conosco, população LGBTQIA+ — afirma Dani.

Deputada estadual Dani Balbi — Foto: Otacílio Barbosa
Deputada estadual Dani Balbi — Foto: Otacílio Barbosa

Data histórica

Na madrugada de 28 de junho de 1969, a reação de centenas de pessoas contra uma invasão truculenta da polícia no bar Stonewall Inn, em Nova York, Estados Unidos, virou a chave da história da luta por igualdade de gênero. Desde então, o dia se tornou símbolo do Orgulho LGBTQIA+.

Para Almir França, ativista da causa há mais de 40 anos, vice-presidente do Grupo Arco-Íris e professor da escola de moda circular Ecomoda, não existe no Rio um lugar onde casais homoafetivos ou pessoas com identidades contemporâneas sejam acolhidos.

— Até as boates gays são lugares onde ficamos mais visados, na entrada e na saída, onde acontecem muitas violências. Por incrível que pareça, o teatro é o único lugar onde eu me sinto um pouco mais à vontade. Posso relaxar mais durante um espetáculo, nos intervalos, na hora de ir embora. Precisamos de mais políticas afirmativas para essa população, desde preparar as polícias para oferecer atendimento especializado até a inclusão dessa pauta no dia a dia das pessoas — diz Almir.

Para além dos espaços físicos, a construção de uma cidade acolhedora inclui a participação ativa de todes. Estilista e coordenador executivo da pasta de Diversidade Sexual da prefeitura do Rio, Carlos Tufvesson lembra que a Lei 2.475/96 assegura a todos os casais LGBTQIA+ a manifestação de afeto e tratamento não diferenciado.

— Adoro ir ao Arpoador, mas é importante a gente frisar que as pessoas precisam se sentir livres em todo o Rio. Caso o direito de alguém seja violado em qualquer espaço ou órgão público, pedimos que a pessoa faça a denúncia à Coordenadoria de Diversidade Sexual do Rio. O Rio é uma cidade linda. Sou carioca de coração; essa cidade acolhe e abraça. Se existir discriminação, precisa ser imediatamente denunciada para não ser perpetuada — afirma.

O Rio é de todo mundo

Almir França: “Faltam lugares no Rio. O teatro é o único lugar em que me sinto mais à vontade e em paz.”

Carmo Dalla Vecchia: “Eu me sinto seguro em vários espaços. Shoppings, praias, restaurantes na Dias Ferreira...”

Laura Castro: “Curto namorar e aproveitar com a minha esposa no restaurante Novooeste, em Santa Teresa.”

Silvero Pereira: “Adoro ir à Pink Flamingo. Tem festas temáticas, ótimas músicas e shows de Drag Queen.”

Valesca Popozuda: “A praia é o meu lugar preferido. Me traz sentimentos que às vezes nem eu sei que tenho.”

Suzi Brasil: “Na Lapa, amo o bar Contemporâneo. A equipe é diversa, com trans, gays e lésbicas.”

Carlos Tufvesson: “Adoro o Arpoador. Mas acho que as pessoas precisam se sentir livres em todos os lugares.”

Dani Balbi: “Prefiro pedalar na Lagoa porque me sinto menos ameaçada pelas forças de segurança.”

Luis Lobianco: “Meu lugar no Rio é o Centro. Curto o Bar do Peixe, o Circo Voador, e o Bar Brasil.”

Camila Farani: “Me sinto muito bem no Baixo Gávea, por reunir várias culturas e gente diferente.”

Organzza: “O lugar que mais frequento é o Quiosque Sunset, na Ilha do Governador. É a minha casinha.”

Rodrigo Drade: “Eu fico muito à vontade no bar Mãe Joana, em Botafogo, e no Caju Bar, em Copacabana.”

Nila: “As festas underground do Centro têm muita diversidade e preocupação com pessoas trans.”

Bruna Linzmeyer: “Curto o QueeRIOca, um espaco cultural onde tem um cineclube feito por pessoas queer.”

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