J. Borges: aos 88 anos, pernambucano faz retrospectiva da carreira com mostra sobre o Nordeste

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“J. Borges — O sol do sertão”, que fica em cartaz até março de 2025, promove um passeio pelas seis décadas de carreira do artista, organizado pelos curadores Angela Mascelani e Lucas Van de Beuque . Na seleção, que inclui peças nunca expostas, há xilogravuras — entre elas, “Jesus, Maria e José. A Sagrada Família”, dada de presente ao Papa Francisco, em 2023” —, matrizes, cordéis e vídeos cujas temáticas se debruçam sobre a cultura popular e o Nordeste, onde o artista nasceu, foi criado e vive até hoje.

— Fazer uma exposição no Rio de Janeiro, para mim, é uma grande alegria, um momento raro na minha vida — comemora o xilógrafo, que já teve sua obra exposta em diversos países.

O curador Lucas Van de Beuque, que desenvolveu ao lado de Angela Mascelani um trabalho de pesquisa junto a colecionadores ao longo de quase um ano, explica que o projeto ocupa toda a estrutura do museu, com cinco espaços expositivos distintos.

— A exposição é um mergulho no sertão nordestino, desde os primeiros trabalhos, em 1960, até as obras mais atuais, de 2024, que contam a história pessoal de uma das maiores referências visuais que temos no Brasil e também de sua identidade artística.