Infecção generalizada: mulher tem a perna amputada após sepse ser confundida com problema estomacal

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Atualmente, Lisa se recupera da amputação da sua perna direita. Mas ainda corre o risco de amputação da perna esquerda e de todos os seus dedos, pois a sepse afetou a circulação de sangue nestas áreas.

"Achei que fosse um problema no meu estômago, mas com o passar dos dias fui me sentindo cada vez mais doente. Comecei a desidratar porque se colocasse alguma coisa na boca eu vomitava. Depois de três ou quatro dias, minha irmã Tanya disse: ‘Já chega! Vamos chamar uma ambulância’", afirma em entrevista a um jornal local.

Ao chegar no hospital, Lisa entrou em coma e logo foi conectada à aparelhos de suporte vital e em máquinas de diálise renal. De acordo com os médicos, ela só teria o período de 20 dias para acordar e conseguir sobreviver. No terceiro dia, a mulher despertou.

"Quando tentei me levantar pela primeira vez, pensei que nunca mais voltaria a andar porque não conseguia ficar de pé", relata Lisa.

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Lisa tinha um estilo de vida agitado antes da doença como administradora de uma empresa de limpeza e responsável pela filha. Mas, agora, teme perder a outra perna após ouvir dos médicos sobre a possibilidade de precisar amputá-la. Além disso, seus dedos, que estão sofrendo de gangrena, também podem se desprender.

"Meus dedos estão duros como pedra. Fiz unhas de acrílico três dias antes de tudo isso acontecer e elas não cresceram, ainda tenho as mesmas unhas rosa perfeitas", conta.

A infecção generalizada (sepse) é uma resposta do corpo à bacteremia (presença de bactérias na corrente sanguínea) ou a outra infecção juntamente com o mau funcionamento ou insuficiência de um sistema essencial do organismo.

Na maioria das vezes, é causada por certos tipos de bactérias, e raramente por fungos. Infecções que podem levar à sepse começam mais comumente nos pulmões, abdômen ou trato urinário. A partir disso, ela causa complicações, como disfunção de um ou mais órgãos.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a sepse como uma crise de saúde global, pois acomete a cada ano 50 milhões de pessoas por ano. Dentre elas, 11 milhões morrem da doença.