Há alguns dias, entrei em uma discussão aqui no LinkedIn com uma pessoa que afirmava o seguinte: ele, CEO de empresa tal, dizia para as pessoas não terem medo de contratar PJ. Pois era um absurdo quem, contratado como PJ, entrava com processo contra a empresa.
Meu ponto: se é PJ com escopo de CLT, não acho errado quem entra com processo.
Ele: se a pessoa assinou o contrato, estava ciente e aceitou porque quis. Não tinha porque entrar com processo.
Minhas últimas contratações todas foram PJ. Em algumas eu tinha benefícios, como 13º e férias. Em outras não. Em todas eu tinha que cumprir horário e não podia trabalhar com outra empresa.
Errado? Do ponto de vista dos contratos PJ sim. Entrei com processo contra alguma delas? Não. Não entrei porque concordei quando assinei contrato? Também não.
Se fosse realmente uma troca justa, como PJ mesmo, o contratado pode pontuar o que acha errado no contrato e ambos, contratado e contratante, encontram um caminho bom para os dois.
A gente assina o contrato, mesmo discordando dele, porque sabe que, infelizmente essa é a prática da maioria das empresas que contratam como PJ no Brasil e a gente assina porque precisa pagar as contas.
Aí o contratante vai falar: ser empresário no Brasil é muito difícil. São muitos encargos.
Eu, como contratada sempre vou falar: ser trabalhador no Brasil é difícil porque, em muitas vezes, entregamos mais do que recebemos e ainda temos que aceitar as condições impostas, até porque, dinheiro não nasce em árvore.
