Estive na FLIP (Festa Internacional do Livro de Paraty) este final de semana e voltei ainda mais impactado pelo o poder da leitura. Livros são um dos raros espaços onde (ainda) não somos bombardeados por publicidade. Onde podemos vivenciar aquela experiência, cada vez mais escassa, de parar, focar em uma só atividade, com pouquíssimos estímulos, e nos entregar à concentração profunda.
Ler é um ato de resistência! Resistência a um mundo comprimido em poucos caracteres, ao império das telas, às cores vibrantes das propagandas que nos perseguem incessantemente, e ao vício em dopamina. Ler é, sim, resistência — um verdadeiro detox dos excessos que a vida moderna nos impõe.
Na Flip, gerações de todas as idades se reuniam em filas para ver seus autores favoritos debatendo temas complexos em profundidade, na velha e boa mesa redonda, sem intervalos comerciais. Livros foram pontes para falar de sociedade, de cultura, de psicanálise, de política, de relações modernas, de educação, de meio ambiente, de passado e de futuro. O livro como escudo e anteparo contra uma sociedade empurrada para o abismo da "(des)informação" sensacionalista, que gera mais cliques, e aliena.
A FLIP, a leitura, os livros, e as editoras, são todos preciosas espécies em extinção. O evento maravilhoso desses últimos dias (que já tem mais de 20 anos) mostra o quão possível e necessário é esse resgate. As palestras sempre lotadas, os rostos atentos, a curiosidade pelas ruas históricas de Paraty, e o encontro de gerações são um acalanto, uma esperança nesse movimento de resistência. Leaimos!!!
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1 sem> buying an experience doesn’t just buy you the experience itself — it also buys you the sum of all the dividends that experience will bring for the rest of your life 💡