APÓS PRIVATIZAÇÃO DA SABESP, GOVERNO PREPARA CONCESSÕES DE SANEAMENTO EM SP Após concluir a privatização da Sabesp, o governo de São Paulo planeja estruturar novas concessões regionais de água e esgoto no Estado, com os municípios que hoje não são atendidos pela companhia de saneamento. A meta é tirar os novos projetos do papel até o início de 2026, segundo a secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística. As concessões poderão ser plenas (financiadas apenas com tarifa) ou patrocinadas (com previsão de pagamentos do poder público para dar viabilidade à operação). Além disso, a ideia é replicar a mesma regulação adotada na privatização da Sabesp, em que a remuneração se dá pela base de ativos da empresa. Além das concessões de água e esgoto, o governo também prepara uma Parceria Público-Privada (PPP) voltada à segurança hídrica de 28 cidades localizadas nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, com investimento estimado de R$1 bilhão.
Publicação de Augusto F. Maes
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A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) é uma prestadora privada de serviços de saneamento do Rio Grande do Sul, atuante em abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto. Em jun/24, atendia cerca de 7,3 milhões de pessoas em 317 municípios, como Canoas, Santa Maria, Gravataí, Passo Fundo e Rio Grande, que representam 2/3 da população gaúcha, com prazo médio remanescente dos contratos de suas concessões, os quais possuem atualização anual pela inflação, de 35 anos. Foi criada em 1965 como uma empresa estatal e desestatizada integralmente em jun/23, em processo que marcou a primeira privatização no setor de saneamento no Brasil. Atualmente, é controlada indiretamente pela Aegea, maior empresa privada do setor no país. O plano estratégico da nova gestão visa sobretudo atingir as metas de cobertura do Novo Marco Legal do Saneamento, aumentar o volume faturado e reduzir o nível de perdas, sendo previstos desembolsos de ~R$ 9 bilhões entre 2024 e 2028. O maior desafio consiste na ampliação da cobertura de esgoto, que foi de apenas 23% em jun/24 (ante meta de 90% até 2033). Ao fim de jun/24, a relação Dívida líquida/EBITDA da Corsan foi de 2,0x, abaixo dos covenants de 4,0x presentes na sua emissão em curso, com situação de liquidez confortável. Apesar do cronograma robusto de capex à frente, é esperado que o efeito na alavancagem seja mitigado pelo crescimento da geração de caixa oriundo de melhorias operacionais.
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DESESTATIZAÇÃO SABESP NEGOCIADA A Companhia de Saneamento e Abastecimento do Estado de São Paulo (SABESP), considerada exemplo de gestão pública, agora será comandada pela iniciativa privada. O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), consolidou assim a imagem de bom gestor para demonstrar nas eleições de 2026 o seu compromisso com a redução da máquina pública. Os números são superlativos. Com 28,4 milhões de clientes em 375 municípios, a Sabesp é uma das maiores empresas do mundo do setor. A venda de 32,3% de suas ações, liquidada hoje, 22), arrecadou R$ 14,8 bilhões, e a procura por ações foi superior à da abertura do capital da Companhia Petróleo do Brasil (Petrobras S/A), ocorrida anda no final dos anos 1990, no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2022). A desestabilização de companhias publicas de saneamento ganhou força com a aprovação, há quatro anos, do Marco do Saneamento, que busca elevar mega investimentos privados no setor e definiu a meta de levar água encanada a 99% da população e coleta de esgoto a 90% até 2033. O Marco do Saneamento atrai recursos para construir redes de esgoto nas regiões negligenciadas por décadas, que sofrem com as doenças associadas à falta de saneamento básico. A SABESP tem ações negociadas em bolsa de valores desde 1997, e em 2023 registrou lucro líquido de R$ 3,5 bilhões. Na sua área de cobertura, 98% da população tem abastecimento de água e 93%, coleta de esgoto. E a companhia desfruta de boa imagem entre os cidadãos paulistas. Técnico de formação altamente qualificado, o Governador Tarcísio de Freitas já havia comandado processos de desratizaçoes e concessões como ministro de Estado da Infraestrutura no governo Jair Messias Bolsonaro (2019-2022). No governo de São Paulo Freitas optou por não vender completamente a SABESP, mas transmitir sua gestão a uma acionista de referência, que terá 15% das ações, e pulverizar outros 17,3% das ações no mercado. Com isso, o Estado de São Paulo reduziu sua participação na companhia de 50,3% para 18%. E no leilão na B3 (bolsa de valores) apenas uma empresa manifestou interesse, a Equador, que tem experiência consolidada no setor de distribuição de energia. Os controladores da Equador pagaram R$ 6,9 bilhões pelas ações, a um preço unitário de R$ 67. No modelo adotado, o mesmo valor por ação pago pelo acionista de referência foi aplicado na venda pulverizada, que rendeu R$ 7,9 bilhões – a maior parte comprada por fundos nacionais e internacionais. O valor de R$ 67 por ação foi 18,3% menor do que o preço das ações negociadas em bolsa na última quinta-feira, quando foi confirmada a venda pulverizada. O contrato.assinado pela Equador prevê entre as obrigações da nova SABESP universalizar o saneamento até 2029, quatro anos antes do prazo, além de investimentos de R$ 68 bilhões na rede. O processo também destina 30% do valor líquido arrecadado com a desestatização a um fundo para obras de saneamento e subsídios tarifários.
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A desestatização da Sabesp foi concluída, nesta terça-feira (23), com evento na B3, em São Paulo. Qualificado pelo Programa de Parcerias em Investimentos (PPI) do Governo do Estado de São Paulo em fevereiro de 2023, a desestatização resultou em R$ 14,7 bilhões de captação, a maior oferta pública de 2024 das Américas. A proposta da Equatorial de R$ 6,9 bilhões por 15% da Sabesp é considerada a maior ordem individual alocada em uma oferta do país. No setor de saneamento, é a maior oferta pública da história mundial e, considerando-se todas as chamadas “utilities”, que incluem outros serviços como distribuição de gás e energia, foi a terceira maior do mundo este ano. “Hoje é um dia histórico. Em pouco mais de um ano, estruturamos uma operação complexa e inédita, que recebeu aval da Assembleia Legislativa e de mais de 370 municípios antes de ser apresentada ao mercado. Vamos mudar a realidade do cenário do saneamento no país e mostrar que é possível fazer mais e fazer melhor, principalmente para as populações mais vulneráveis. A revolução no saneamento chegou e ela está começando hoje no estado de São Paulo”, disse o governador Tarcísio de Freitas O governador ainda agradeceu ao presidente da InvestSP (agência de promoção de investimentos vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo), Rui Gomes Jr, que participou do evento na B3, e à equipe da agência, que apoiou na interlocução com investidores e parceiros internacionais. “É uma honra para a InvestSP contribuir para o sucesso do projeto. Nosso trabalho é exatamente facilitar o diálogo com os investidores para fomentar parcerias exitosas com o setor privado”, disse Rui Gomes. Com a liquidação da oferta, o novo contrato de concessão, assinado em 24 de maio, após a aprovação pela Unidade Regional de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário Sudeste (Urae-1), entra em vigor nesta terça. Também nesta terça passa a valer a tarifa reduzida com a desestatização. O valor vai ficar 10% mais barato para as tarifas social e vulnerável, 1% mais baixo para a residencial e 0,5% para as demais categorias. Com o novo contrato, entram em vigor a antecipação das metas de universalização de 2033 para 2029 e o Plano Regional de Saneamento Básico, que prevê investimentos de R$ 260 bilhões até 2060, dos quais R$ 69 bilhões serão aplicados até 2029 para levar água potável, tratamento e coleta de esgoto para toda a população. “Esse é um projeto para levar mais saúde e qualidade de vida para pessoas que hoje não têm água e esgoto. É um projeto que mexe com vidas. Assumimos o compromisso de elevar os investimentos e reduzir a tarifa para a população e estamos cumprindo”, afirmou Natália Resende Andrade Ávila, secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo. #sabesp #saneamento #água #esgoto #infraestrutura #investimento #investimentos #desenvolvimento #economia #B3 #SãoPaulo
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🚰 O avanço das concessões do saneamento básico em 279 municípios do estado de São Paulo, que não são atendidos pela Sabesp, dependem da adesão do programa Universaliza SP! Caso os municípios façam a adesão do programa, o governador de São Paulo assumirá as concessões municipais, para realizar os investimentos necessários estimados em 26 bilhões de reais, em busca da universalização dos serviços. Esse processo representa uma oportunidade única de modernização e eficiência na gestão dos serviços de água e esgoto. Segundo Renato Fernandes de Castro, MSc, sócio do Almeida Prado e Hoffmann, "a adesão dos municípios ao programa Universaliza SP é um claro sinal ao mercado que após as eleições municipais serão desenvolvidos projetos para viabilizar a realização de leilões e acelerar os investimentos para universalizar antecipadamente o saneamento no estado". 📈 Acompanhe conosco as principais atualizações sobre esse processo e entenda como ele pode impactar empresas e municípios. Acesse aqui a matéria completa: https://lnkd.in/eYD6J3cw #ConcessõesDeSaneamento #Infraestrutura #InvestimentosPrivados #RenatoFernandesDeCastro #AlmeidaPradoHoffmann #SaneamentoBásico
O ‘Dia D’ para Tarcísio assumir concessões municipais de saneamento | Radar Econômico
veja.abril.com.br
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A Investor produziu um ebook sobre a situação do Saneamento Básico no Brasil: https://lnkd.in/dqAfC4iX . O tema é de extrema relevância e atual, o setor está vivendo grandes alterações, desde grandes desestatizações ocorridas recentemente, como Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento), Sanepar (lotes de municípios da Companhia de Saneamento do Paraná) e agora o evento mais esperado do mercado de capitais brasileiro do ano de 2024, a oferta de ações da Sabesp na B3 (atualmente em período de reserva até o dia 15/07: https://lnkd.in/dgnFM7Ta ). O marco legal do Saneamento estipula uma meta para o Brasil que até o ano de 2033, 99% da população brasileira deve ter acesso a água potável e 90% acesso à tratamento de esgoto. Sem a participação da iniciativa privada, o governo não tem a capacidade financeira para bancar essa empreitada. De fato, a iniciativa privada tem participado dos investimentos no saneamento, crescendo 203% no número de municípios atendidos desde 2020 (época do novo marco legal do setor). Enquanto no início de 2020, 291 cidades eram atendidas pelos operadores privados, em 2024, já são 881 municípios. O Panorama da Participação Privada no Saneamento foi divulgado pela Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (ABCON SINDCON) na última Quinta-feira, 04/07. O desafio até 2033 é enorme, veja alguns dados isolados para compreensão. Os dados mais recentes divulgados através Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional: - 14,7% da população da região Norte, 49,7% da população da região Sul, enquanto 80,9% do Sudeste (região mais populosa do Brasil) possui atendimento de esgoto; e - o Estado do Amapá possui apenas 5,4% de atendimento de esgoto, Alagoas com 19,6%, frente ao Estado de São Paulo com 90,5% da população atendida.
Investindo no futuro: Saneamento Básico no Brasil
conteudo.investorcp.com
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"A privatização de estatais de saneamento ganhou força com a aprovação, há quatro anos, do Marco do Saneamento, que busca elevar investimentos privados no setor e definiu a meta de levar água encanada a 99% da população e coleta de esgoto a 90% até 2033. Um dos argumentos a favor do marco é atrair recursos para construir redes de esgoto nas regiões mais negligenciadas, que sofrem com as doenças associadas à falta de saneamento básico. Mas esse não é o caso da Sabesp, o que fez da sua privatização um caso particular. A empresa tem ações negociadas em bolsa desde 1997, e em 2023 registrou lucro líquido de R$ 3,5 bilhões. Na sua área de cobertura, 98% da população tem abastecimento de água e 93%, coleta de esgoto. E a companhia desfruta de boa imagem entre os paulistas: uma pesquisa realizada em abril pela Quaest apontou que 52% deles eram contra a privatização, e 36%, a favor." Fonte: dw.com
Sabesp privatizada e o exemplo do saneamento de Berlim – DW – 22/07/2024
dw.com
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Com a aprovação do Marco Legal do Saneamento em 2020, as privatizações no setor adquiriram um novo ritmo e mudaram o cenário de acesso a este direito básico no Brasil: até o momento, mais de R$ 142,4 bilhões foram injetados para que a universalização seja uma realidade. As previsões de investimentos para o próximo ciclo de privatizações chegam a R$ 105 bilhões, e continuam a crescer com os resultados positivos do capital privado no nicho em todo o território nacional. A Atibaia Saneamento tem orgulho de estar na vanguarda do setor: começamos nossa operação há 11 anos, muito antes de sequer haver a Lei nº 14.026/2020. Nosso projeto, e objetivo, é trazer a universalização do esgoto para a cidade, gerando mais saúde e qualidade de vida. Confira a matéria completa que aborda o cenário: https://lnkd.in/dNU2Fsf6 #SanementoBásico #AtibaiaSaneamento
Setor privado deve investir R$ 105 bilhões em saneamento
valor.globo.com
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O Tratamento de esgoto é o principal gargalo a ser superado no Brasil, mas água tratada também é desafio, caminham juntos. A lei 14-026/20 prevê que todas as cidades do Pais garantam até 2033 acesso á água potável e coleta de esgoto chegue a casa dos 90% dos brasileiros., O BNDES tem sido um dos principais financiadores de empresas privadas e públicas prestadoras dos serviços em saneamento básico, e aumentou seus investimentos em projetos e estudos no setor. Com os novos leilões de 2024 e próximos anos, o Banco prevê dobrar o valor dos projetos já contratados, de R$ 60 bilhões. Após a suspensão do leilão de 3 Parcerias Público-Privadas (PPPs) da Sanepar, agora no segundo semestre teremos dois grandes leilões no setor, em agosto no Estado do Piauí e em setembro para Sergipe, movimentando bilhões de investimentos. Abaixo um artigo bacana explicando como funciona uma PPPs no ramo do saneamento básico.
Saiba como funcionam as PPPs no saneamento básico
eosconsultores.com.br
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Excelente entrevista do Cláudio Abduche . Recomendo a leitura.
Accenture @ Utilities & Infraestrutura | CEO | Board Member | Vice Presidente | Diretor Presidente | Diretor Executivo | C-Level
Sabesp destrava novas concessões de saneamento, mas o prazo está apertado | InvestNews
investnews.com.br
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Um levantamento sobre o setor de saneamento básico mostra que 30% dos municípios brasileiros são atendidos por operadoras da iniciativa privada. O aumento é de 466% em relação a 2019, último ano antes do marco legal do setor ser aprovado. Com o marco legal do saneamento (Lei 14.026/20), a iniciativa privada ganhou maior protagonismo nas concessões de água e esgoto. Em 2019, eram 291 municípios com a gestão repassada para o setor privado. Em 2023, subiram para 876. Hoje, já somam 1.648 os municípios que repassaram os serviços de água e esgoto para companhias privadas, o que equivale a 29,6% das cidades do país. No ano que vem, estão previstos 23 novos projetos, com investimentos de R$ 72,4 bilhões. Desde o início do marco, já foram realizados 54 leilões em 20 estados, e os investimentos somam R$ 160,6 bilhões. Os dados são da Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (ABCON SINDCON ), entidade que reúne as operadoras privadas de saneamento no Brasil. #saneamento #infraestrutura #concessao #agua #esgoto
Participação de empresas privadas de saneamento cresce 466%
gazetadopovo.com.br
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