As cidades são organismos vivos. Respiram, crescem, se comunicam e também adoecem. Estamos acompanhando atentamente os acontecimentos no Rio Grande do Sul, especialmente devido ao fato de a empresa ter se originado nessa região, onde também reside grande parte de nossos integrantes que contribuem à sua maneira. Optamos por aguardar antes de discutir nossa pauta sobre as cidades, pois entendemos que o foco principal deve ser nas vidas e nos resgates, mas não estávamos parados. Agora acreditamos que é hora de começar a discutir como as cidades devem se preparar para enfrentar desafios, como as enchentes. Existem muitos modelos já implementados e boas ideias que podem servir de inspiração, mas se fosse um debate fácil, tudo já estaria resolvido e o Rio Grande do Sul não estaria em meio a tanta destruição. Portanto, antes de emitir opiniões, e seguindo nossa metodologia baseada em debruçar em conhecimentos e escuta ativa, propomos que nos informemos profundamente sobre o que pode ser mudado em nossas cidades pois, para nós, é claro que mudanças são mais do que necessárias. A Regeneração Urbana é fundamental nesse processo, o que significa “darmos ouvidos” e escutarmos sistemicamente o que os espaços urbanos têm a dizer. Ao fazermos isso, alinhado a nossa experiência em inteligência urbana, acreditamos que na própria cidade estão as respostas para o que está faltando, o que está em excesso ou carece de transformação. A partir da identificação dessas necessidades, as soluções precisam ser cocriadas, não apenas por especialistas, mas também com a participação dos cidadãos. Um pacto de responsabilização coletiva é essencial! Que possamos, juntos, dar os primeiros passos para uma reconstrução bem planejada e baseada em escolhas inteligentes. Definitivamente, algumas coisas não poderão mais continuar como antes. Vamos juntos, RS.
Publicação de Biossplena
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As cidades não existem. O que existe são as pessoas que as habitam. Por isso é tão importante debater as cidades. São dos poucos momentos em que aceitamos falar de nós próprios. Muitas vezes, timidamente, nos expomos através da frincha do que vemos da nossa janela, do passo hesitante quando passamos a porta, de circular protegido próximo ás paredes das fachadas que nos abrigam, quando sentamos por baixo de uma árvore que sempre nos acompanhou, quando sentimos o vento frio da manhã acordar-nos numa esquina, quando pensamos por onde iremos quando um gaveto nos desafia. Falamos das cidades assim. Sabendo sempre quem são os seus protagonistas. As suas pessoas. Esse é o foco.
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Com os recentes acontecimentos, sinto-me compelida a compartilhar algumas reflexões sobre a difícil situação que o Rio Grande do Sul, um estado tão próximo ao Paraná, está enfrentando. É angustiante testemunhar tantas cidades submersas em água em tão pouco tempo, e tantas famílias perderam não apenas seus bens materiais, mas também entes queridos. Perdemos vidas humanas, animais, paisagens naturais e espaços vitais para nossa convivência e bem-estar. Como arquiteta e urbanista, essa realidade me afeta profundamente. Trabalhando com Cidades Inteligentes, percebo ainda mais a importância do planejamento urbano resiliente e da colaboração entre o setor público e a sociedade civil. Precisamos pensar não só no presente, mas também em construir um futuro mais sustentável e seguro para todos, priorizando sempre a qualidade de vida das pessoas. Diante desse cenário, surgem questões cruciais: como podemos agir agora? Como podemos utilizar nosso conhecimento e habilidades para ajudar? Como podemos contribuir para o planejamento e construção de cidades mais resilientes e preparadas para eventos extremos? Estas são indagações que tenho ponderado nos últimos dias. Apesar da tristeza, mantenho viva a esperança de que, unidos, podemos fortalecer cada vez mais nossa capacidade de enfrentar desafios inesperados e nos preparar para um futuro mais seguro e sustentável.
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Quais erros históricos ainda comprometem o desenvolvimento das nossas cidades? Entender os erros recorrentes no planejamento urbano é essencial para construirmos ambientes mais funcionais e inclusivos. Vamos analisar alguns equívocos que se repetem e entender o impacto deles no cotidiano urbano. A falta de visão a longo prazo e de políticas consistentes tem sido uma constante no planejamento urbano ao longo da história. Em muitas cidades, a priorização do automóvel sobre o transporte público, a ausência de espaços verdes e o crescimento desordenado são exemplos de erros que geram problemas de mobilidade, falta de segurança e qualidade de vida limitada. Esses são apenas alguns dos obstáculos que impedem o avanço das cidades em direção a uma realidade mais sustentável e resiliente. 🚗 Priorização de veículos motorizados: durante décadas, os projetos urbanos priorizaram os carros, resultando em congestionamentos, poluição e dificuldade de deslocamento. A alternativa? Ampliar e qualificar o transporte público, integrar ciclovias e melhorar as calçadas para promover a mobilidade ativa. 🌳 Ausência de áreas verdes: muitos planos de urbanização negligenciaram a criação de parques e áreas de preservação. O resultado? Ilhas de calor e baixa qualidade do ar. A solução passa por integrar espaços verdes e promover o contato com a natureza em todos os bairros. 🏙️ Crescimento desordenado e periferização: sem políticas habitacionais que favoreçam a ocupação ordenada, temos um processo de segregação que leva populações a áreas distantes e menos favorecidas. O Estatuto da Cidade e os Planos Diretores são ferramentas para corrigir isso, promovendo o acesso à moradia digna próxima aos centros urbanos. 🔍 Desafios para o futuro: melhorar o planejamento exige uma visão integrada, que envolva meio ambiente, transporte, habitação e qualidade de vida. Esses erros históricos ensinam que construir cidades melhores passa por transformar a maneira como encaramos o espaço urbano e a gestão pública. . . . . . . . . . . . . . . . #direitourbanistico #arquiteturaeurbanismo #planejamentourbano #urbanistas #mobilidadeurbana #transportepublico #infraestruturaverde #arborizaçãourbana
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Está chegando o momento de iniciar a Reconstrução de cidades no RS. É agora a oportunidade dos governos pensarem na aplicação de conceitos e métodos de planejamento urbano, além de ações de proteção, preservação e conservação ambiental, tendo por objetivo proteger a vida das pessoas que moram, trabalham, visitam esses lugares. Como temos visto, a corda sempre arrebenta do lado mais fraco. O planeta não se adapta ao ser humano, o contrário é verdadeiro.
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O cuidado faz parte da transformação. Cidades e pessoas se conectam das formas mais belas e profundas possíveis. É quase como se fossem conectados, onde um depende do outro e vice-versa. Por isso, precisamos cuidar das nossas cidades. Assim, elas podem cuidar de nós também. Por cidades mais belas e planejadas! #Urbanismo #Convivência #EspaçosUrbanos
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Hoje, 31 de outubro, é o Dia Mundial das Cidades. A data traz uma importante reflexão: como criar ambientes urbanos que acolham e respeitem tanto seus habitantes quanto o meio ambiente? Para Rodrigo Faria G. Iacovini, diretor-executivo do Instituto Pólis, o caminho para uma cidade do Bem Viver consiste em colocar pessoas e Natureza no centro do planejamento urbano. Rodrigo, que também é membro do Conselho Nacional das Cidades, do Conselho Municipal de Política Urbana de São Paulo e integrante da coordenação do Fórum Nacional da Reforma Urbana e da Habitat International Coalition (HIC), enfatiza que o desenvolvimento urbano no Brasil precisa de uma profunda revisão. "O modelo atual, voltado para maximizar lucros, deixou uma dívida social e ambiental. A mudança só será possível com uma reorganização coletiva, que tenha o cuidado, a cooperação e a redução das desigualdades como pilares para o avanço do país." >> Leia a matéria na íntegra: https://lnkd.in/dt7KQzN4
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- Os sistemas de gestão urbana foram atravessados por acontecimentos que desafiaram seus modelos de operação, sua relação com o tempo, seu entendimento técnico: como agir? - Quando se tem acesso aos dados, o maior desafio passa a ser responder às necessidades que eles revelam em igual velocidade em que elas emergem. - Nesta edição, convidamos os gestores urbanos municipais e estaduais, os técnicos, os teóricos, os voluntários e a sociedade civil organizada a se unirem por dois dias, para compartilhar suas experiências, descortinar as soluções possíveis para lidar com os acontecimentos inesperados e aguçar a nossa capacidade de regeneração urbana. 》100% dos recursos destinados à ações de reconstrução do RS. 》PARTICIPE PELO LINK https://lnkd.in/dpzqUPtA —————————————— Instituto Cidades Responsivas
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https://lnkd.in/dzZEt37E "As chamadas SbN tentam imitar, para as transformadas cidades, o que sempre ocorreu de forma natural – com áreas mais verdes, permeáveis e resilientes. As infraestruturas devem ser menos “cinzas” e mais “verdes” e “azuis”: com sistemas de Drenagem Urbana Sustentáveis (SuDs), as águas podem encontrar um caminho em meio a cidade; com mais ruas verdes e completas, há mais resiliência climática e serviços ecossistêmicos. Tudo isso, é claro, aliado a infraestruturas tradicionais – nas quais Porto Alegre já tem protagonismo – e a eficientes e efetivos sistemas de alerta, que minimizem as perdas humanas...."
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Para mim, a educação, a segurança e o saneamento básico são fundamentais para a construção de cidades sustentáveis e prósperas. A educação, permite o acesso ao conhecimento e competências fundamentais para o desenvolvimento pessoal e profissional de um indivíduo. A segurança por sua vez, dá-nos o sentimento de estabilidade e confiança. Segundo a organização humanitária internacional, Médicos Sem Fronteiras, a falta de saneamento básico em comunidades remotas, está na base do elevado número de casos de malária em Angola, sendo a principal causa de morte no país. Assim sendo, é de extrema importância que estes e outros elementos essenciais sejam levados em conta durante o mapeamento urbano.
O planeamento urbano é essencial para criar cidades habitáveis, sustentáveis e prósperas. Ele define a qualidade de vida das futuras gerações, integrando soluções inteligentes e recursos renováveis para fomentar a convivência e a inovação. Imagine viver numa cidade onde cada espaço é desenhado para o bem-estar da comunidade, promovendo colaboração, segurança e harmonia. Junte-se a nós na construção de um futuro urbano mais sustentável. Comente abaixo o que considera essencial para uma cidade próspera! #PlaneamentoUrbano #MitrelliUrbanizationSector #CidadesSustentáveis #QualideDeVida #Mitrelli
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