Como os festivais realmente lucram?
Com a chegada do Rock in Rio, essa é uma pergunta frequente , pois muitos acreditam que os patrocínios e ativações de marcas cobrem todos os custos do evento, mas a realidade é bem mais complexa.
Aproveito essa imagem Lirim Zenuni que analisa festivais como Lollapalloza e Coachela, para fazer um paralelo ao Rock in Rio. Eventos desse tamanho têm múltiplas linhas de receita. As principais fontes incluem a venda de ingressos, que abrange desde os bilhetes, patrocínios e parcerias de marcas, vendas de mercadorias, alimentos e bebidas, e taxas de estacionamento. Cada uma dessas fontes contribui para o caixa, mas é preciso mais do que isso para equilibrar o balanço financeiro.
Quando olhamos para os custos, a lista é extensa. Além dos cachês pagos aos artistas, há despesas substanciais com produção, logística, infraestrutura, marketing, segurança e seguros. A montagem e desmontagem de palcos, áreas de alimentação, camarotes e espaços de marcas ativadas são operações caras e complexas, exigindo uma vasta equipe de profissionais para garantir que tudo seja feito com precisão e segurança.
Para se ter uma ideia, em um evento como a Expert XP, que abrangeu a montagem da plenária, do espaço do Banco de Atacado e mais três estandes, aproximadamente 400 pessoas foram credenciadas apenas para a montagem. Agora, imagine o Rock in Rio, com mais de seis palcos, inúmeras áreas comuns, espaços de marcas e camarotes. Uma estimativa simples sugeriria que milhares de profissionais estão envolvidos na produção, montagem, segurança e operação do festival, cada um desempenhando um papel crucial na criação dessa experiência gigantesca.
Por isso, temos que tirar o chapéu para todos os profissionais de eventos que aceitam com coragem o desafio de realizar festivais como o Rock in Rio. Esses eventos não apenas trazem alegria a milhares de pessoas, mas também movimentam a economia do nosso país, gerando empregos e fomentando o turismo. A cada show, a cada ativação de marca, a cada momento de diversão, vemos o resultado de um trabalho árduo e apaixonado.
Sou apaixonado por esse mercado.
Diretor Executivo na CCIFB-RJ
3 semFechando o ano com chave de ouro!