Publicação de Certimine

Minas de diamantes: o que falta no Brasil? A produção de diamantes no Brasil tem um grande potencial de crescimento, de acordo com Ken Johnson, presidente da Lipari Mineração Ltda. Diamond Mines. Ele destacou que o Brasil possui mais de 1.300 kimberlitos identificados, o que sugere a possibilidade de operar ao menos dez minas de diamantes. Atualmente, a Mina Braúna, localizada na Bahia, é responsável por mais de 85% da produção nacional de diamantes, com um total de 1.144.675 quilates de diamantes naturais produzidos entre 2016 e 2023. Apesar de desafios históricos na exploração de diamantes durante o período colonial, Johnson acredita que o Brasil pode novamente ocupar um papel relevante no mercado global. No entanto, ele enfatiza que esse crescimento depende de investimentos em pesquisa mineral e da implementação de incentivos que atraiam novos investidores. Um ponto importante levantado pelo diretor-presidente do IBRAM - Instituto Brasileiro de Mineração, Raul Jungmann, é que apenas 27% do território brasileiro foi mapeado para exploração mineral, enquanto países como os Estados Unidos e o Canadá já alcançaram 95%. Essa lacuna de conhecimento sobre o potencial geológico do país pode ser um obstáculo para o desenvolvimento do setor de diamantes. A Lipari também está investindo na transição da mina Braúna de uma operação a céu aberto para uma subterrânea, com um investimento de US$ 5,5 milhões. Esse movimento visa aumentar a produção e alinhar o Brasil aos grandes produtores mundiais, como África do Sul e Canadá. Esses esforços mostram que o Brasil tem o potencial de se tornar um protagonista na produção de diamantes, desde que os incentivos e investimentos necessários sejam feitos. #mineração #diamantes #Lipari #mercadomineral #Brasil

Potencial da Nova Mina de Prata na Bolívia: Resultados do PFS A New Pacific Metals Corp., listada em Toronto, revelou os resultados do estudo de pré-viabilidade (PFS) para o projeto Silver Sand, na Bolívia. Os resultados confirmam o potencial do projeto para se tornar um produtor de prata pura de alta qualidade e baixo custo. Segundo o CEO Andrew Williams, isso destaca o projeto como um ativo raro e valioso na indústria. A mina a céu aberto Silver Sand terá uma vida útil de 13 anos, produzindo cerca de 157 milhões de onças de prata, com uma produção anual superior a 15 milhões de onças nos primeiros três anos. O custo médio sustentado ao longo da vida útil é de $10,69/oz. O PFS calcula um valor presente líquido pós-impostos de $740 milhões e uma taxa interna de retorno de 37% a um preço base de $24/oz de prata. O projeto requer um custo de capital inicial de $358 milhões e um retorno pós-impostos de 1,9 anos a $24/oz. “O próximo passo em nossa jornada será alcançar um acordo com as comunidades locais para garantir os direitos de superfície para a área do projeto. Além disso, nossa equipe continuará a colaborar com as comunidades locais e autoridades para garantir que a riqueza mineral em Silver Sand beneficie todos os bolivianos e partes interessadas", afirmou Andrew Williams. #NewPacificMetals #SilverSand #Bolívia #Prata #Mineração #RetornoFinanceiro #DesenvolvimentoSustentável #femto #femtomining

Breve histórico do Lítio Araçuaí! Na história da mineração de Araçuaí, os viajantes naturalistas alemães Spix e Martius rumaram para região de Minas Novas até Araçuaí no circuito das pedras preciosas. Da mesma forma que os botânicos abordaram a geografia física da drenagem dos rios Calhauzinho e Piauí nos territórios garimpeiros, o protagonista de Grande Sertão Veredas, Riobaldo, justifica sua ausência nas atividades de jagunço para dedicar a mineração (Rosa,1967,p.56). Na década de 1950, sr. Khalil Afgouni em pesquisa no subsolo da região descobre quantia expresssiva de cassiterita. Na mesma época foi identificada a presença de ambligonita. No ano de 1952, instalou na região a Fumal com intuito de obter Lepdolita. Também ocorria o comércio de crisólita ou "cambalacho"termo utilizado por garimpeiros para referir a inferioridade da gema quando comparada ao crisoberilo. A empresa de exploração de cassiterita, Companhia Estanífera do Brasil permaneceu em Araçuaí até 1972. Em 1974, o professor Haroldo de Sá chegou a Araçuaí para desenvolver sua tese de doutorado: Pegmatitos LitinÍferos em Araçuaí. A pesquisa detalhada do professor somado ao histórico de vivências dos garimpeiros representou o diferencial do território. De um lado, Kalil Afgouni manteve olhar visionário sobre os recursos minerais e, portanto, impulsionou o desenvolvimento de novas pesquisas em Araçuaí. Por outro, os garimpeiros tradicionais contribuíam com as prospecções em suas investigações diárias. O material construído na área da antiga Estanifera, produtora de Estanho em Araçuaí representam legado importante à mineração. A Arqueana é resultado do projeto desenvolvido por Kalil Afgouni. Nessa perspectiva, os alicerces da indústria do lítio despontaram em Araçuaí e Itinga . A CBL -Companhia Brasileira de Lítio desenvolveu tecnologia robusta para obter lítio em 1991. As pesquisas e tecnologias desenvolvidas pela empresa pioneira reforçam o papel inovador da CBL e, ainda, tornam o território atrativo.Cabe mencionar que a produção química de hidróxido de Lítio e carbonato de Lítio ocorrem em Divisa Alegre MG. A Sigma Lithium é outra empresa que está em operação desde 2022, tanto em Araçuaí quanto em Itinga no processo da indústria do lítio. O primeiro curso de Mineração em Araçuaí foi estruturado na escola Hagromemito pelo Bispo italiano Dom Enzo, altamente preocupado com a formação educacional na região. Inicialmente o processo da mineração ocorria por catacão manual para obtenção do espodumênio. O alicerce científico foi montado por Haroldo de Sá, destacado por geólogos como Antônio Carlos Pedrosa e embasados por garimpeiros como Zé da Estrada e outros pesquisadores que seguiram passos decisivos que ajudaram a inserir o Vale do Jequitinhonha nos caminhos da transição energética. Texto; Aureliane Araújo Freire

A Mina de Duas Barras, situada no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, foi explorada pela Vaaldiam a partir de 2005 com o intuito de avaliar os depósitos aluvionares de diamantes, que por séculos foram a base econômica da região. Entre os séculos XVIII e XIX, o Brasil foi o maior produtor mundial de diamantes, e o Vale do Jequitinhonha se destacou como uma das áreas mais produtivas, especialmente pela província diamantífera da Serra do Espinhaço. Embora essa atividade tenha diminuído ao longo do tempo, e hoje a lavra diamantífera na região esteja inativa, o legado histórico e geológico da exploração de diamantes ainda é relevante. As jazidas aluviais exploradas por mais de 250 anos resultam de um complexo processo geológico que começou no Pré-Cambriano, com intrusões de kimberlitos, passando por múltiplos ciclos de erosão, retrabalhamento e deposição nos sistemas fluviais da bacia do Espinhaço. Mesmo com o foco atual no lítio na região, o passado diamantífero do Vale do Jequitinhonha ainda marca profundamente a história mineral do Brasil, sendo um exemplo de como a riqueza geológica pode moldar o desenvolvimento de uma área.

A mina de ouro Telfer, na Austrália "No árido outback da Austrália Ocidental, mineradoras escavaram o solo cor de ferrugem para alcançar os preciosos minerais abaixo, dentre os quais, o ouro. Os poços abertos e as lagoas da mina Telfer podem ser vistos na imagem abaixo de 15 de Dezembro de 2.023. A mina Telfer está localizada a cerca de 400 quilômetros à sudeste de Port Hedland, na terra do povo indígena Martu no Grande Deserto Arenoso. Os solos têm uma tonalidade avermelhada dos óxidos de ferro que se acumularam em milhões de anos de intemperismo. Essa parte da Austrália Ocidental é conhecida por ser rica em recursos naturais, incluindo petróleo, minério de ferro, cobre e certos metais preciosos. Abaixo dos solos, veios de ouro e de prata correm por rochas sedimentares, como arenito de quartzo e siltito, que se formaram durante o final do Proterozóico, cerca de 600 milhões de anos atrás, quando grande parte da Austrália estava submersa. A mina é composta por poços abertos e operações subterrâneas (não visíveis) onde o minério é extraído, bem como lagoas onde os resíduos de mineração são gerenciados e armazenados. Sombras são visíveis nos bancos em forma de terraço dentro dos poços abertos no lado norte da mina. Esses bancos suportam equipamentos de trabalho e capturam material de detritos que caem. Na extremidade sul da mina, lagoas represadas armazenam subprodutos de mineração, ou rejeitos. Uma vez que os minerais são extraídos e processados no local, eles são transportados para Port Hedland e exportados para várias fundições, principalmente no Leste Asiático. Ao lado da mina, há moradias para uma pequena comunidade, que inclui um aeroporto. Telfer é uma das minas de ouro mais produtivas da Austrália. Em 2023, ela produziu 349.000 onças de ouro (10.854 Kg)." Fonte: NASA, 22/07/2024. https://lnkd.in/ddSHQSB5

Processo de cominuição na mineração ⚒A etapa de fragmentação de minérios tem por objetivo utilizar diferentes técnicas e equipamentos para reduzir o material vindo da mina até um tamanho que possa ser prosseguido o beneficiamento. Geralmente a cominuição é a primeira etapa do tratamento de minérios e visa, a partir de uma rocha, liberar o mineral valioso do mineral de ganga e, a partir daí, reduzi-lo até o tamanho desejado.⚒ ⚒A fragmentação de rochas ou minérios é um processo que pode ser muito extenso e ter várias etapas até sua conclusão. O início desse processo é desde a fase do desmonte da rocha na lavra, em que são gerados os primeiros blocos que devem ter um tamanho ideal para que se possa prosseguir para a fase de britagem.⚒ ⚒A partir desse material vindo da mina, a primeira operação a ser realizada é a britagem, que fragmenta esses blocos utilizando britadores até que sejam reduzidos a uma fração que permita ser feita a moagem do minério. A britagem pode ser composta, também, por múltiplas etapas (primária, secundária, terciária e até quartenária) dependendo do material britado e para cada um desses estágios, podem ser usados diferentes britadores.⚒ ⚒MOAGEM, Nessa etapa, a última da fragmentação de minérios, são trabalhados os materiais finos vindos da britagem para que sejam reduzidos ao tamanho adequado para a concentração do minério. As partículas são reduzidas por impacto, compressão, abrasão e atrito para que seja o mineral de interesse seja liberado para as próximas fases.⚒ ⚒A depender do material e da operação da usina, serão empregados diferentes tipos de moinhos. Os que são mais utilizados são: os moinhos cilíndricos, que pode ser de barras, de bolas ou seixos, moinho de martelos, dentre outros.⚒ ( fonte: Latram . UFOP ) Obs:⚒Na moagem, a principal motivação da fragmentação fina é que além de liberar o mineral minério do ganga, é a geração de novas superfícies. Ou seja, terá um aumento de área de superfície no material (minério) para as etapas de concentração subsequentes.⚒

Estima-se que entre os anos 1503 e 1660, cerca de 185 toneladas de ouro e 17 mil toneladas de prata tenham chegado a Espanha vindos das Américas. De acordo com os números calculados pelo serviço americano de geologia, o Peru produziu 120 toneladas de ouro em apenas um ano (2020). Em relação à prata do México, 5,6 mil toneladas, foram extraídos em 2020. Imagine a grande quantidade de ouro e prata que as repúblicas latino-americanas produziram desde a sua independência no século XIX. Além disso, o ouro tomado (ou roubado, se preferir) pelos espanhóis foi obtido através de uma mineração limitada e rudimentar, nada a ver com as tecnologias de mineração e extracção de minerais atualmente.

Estima-se que entre os anos 1503 e 1660, cerca de 185 toneladas de ouro e 17 mil toneladas de prata tenham chegado a Espanha vindos das Américas. De acordo com os números calculados pelo serviço americano de geologia, o Peru produziu 120 toneladas de ouro em apenas um ano (2020). Em relação à prata do México, 5,6 mil toneladas, foram extraídos em 2020. Imagine a grande quantidade de ouro e prata que as repúblicas latino-americanas produziram desde a sua independência no século XIX. Além disso, o ouro tomado (ou roubado, se preferir) pelos espanhóis foi obtido através de uma mineração limitada e rudimentar, nada a ver com as tecnologias de mineração e extracção de minerais atualmente.

#GeologiaDoBrasil | ⛰️⚒️ O Quadrilátero Ferrífero é uma região do estado de Minas Gerais descoberta no século XVII. Sua extensão é de aproximadamente 7000 km² e tem grande importância nacional. Esta região é considerada a mais importante província mineral do país. As estimativas do início do século apontam que dali se extraía cerca de 55 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, e hoje, é responsável por cerca de 60% da produção nacional deste minério. A região foi nomeada a partir de uma observação do geólogo Gonzaga de Campos, nos anos 50. Ele percebeu que a região c está próxima às linhas que conectam as cidades de Rio Piracicaba, Itaúna, Casa Branca, Congonhas, Mariana e Itabira. A região também é formada por Ouro Preto, Itabirito, Ouro Branco, Santa Bárbara, Belo Horizonte, Brumadinho e outras cidades mineiras. O Quadrilátero Ferreiro passou por intensa exploração, na maioria das vezes sem o devido planejamento e ocasionou uma série de impactos na natureza. Atualmente, o local é fiscalizado por órgãos ambientais, sendo necessário o cumprimento de leis rígidas para a exploração dos minérios, garantindo, assim, a redução dos transtornos provocados pela mineração.

Foi revelada uma mina colossal de 300 toneladas de ouro, explorada há mais de 2.000 anos pelo Império Romano. Descubra mais sobre essa fascinante descoberta histórica!