a era da "autenticidade" de marca acabou porque a demanda pelo "autêntico" está diminuindo. estamos saturados de slogans sinceros, de histórias emocionantes cuidadosamente embaladas para nos fazer sentir que as marcas realmente se importam. a verdade? elas não se importam. e, finalmente, começamos a perceber isso.
estamos mudando do sério para o bobo; abraçando o lúdico, a paródia, a peculiaridade e a performance. por quê? porque o mundo está uma bagunça e, em meio ao caos, o humor e o absurdo são nossas últimas linhas de defesa. estamos cansados de procurar significados profundos e encontrar apenas vazios bem disfarçados. então, rimos. fazemos piada. tornamos tudo uma brincadeira.
chame isso de niilismo, de mecanismo de enfrentamento, de desespero mascarado de alegria. seja o que for, o tom definitivamente mudou. estamos cansados de ser manipulados por promessas vazias e de procurar autenticidade onde ela nunca existiu. agora, queremos o estranho, o extravagante, o que nos faz rir e nos distrai, mesmo que por um breve momento.
as marcas que entenderem isso, que souberem capturar esse zeitgeist de absurdo, serão as que prosperarão. não queremos mais ser convencidos de que somos especiais para elas. queremos que nos entretenham, que nos surpreendam, que aceitem a loucura do mundo e brinquem com ela.
esqueça a autenticidade. isso é coisa do passado. abrace o absurdo, a loucura, a diversão sem sentido. porque, no fim das contas, talvez a única maneira de sobreviver a este circo insano seja rir dele, participar da brincadeira e transformar cada dia em uma performance que, mesmo que por um instante, nos faça esquecer de que estamos todos navegando em um oceano de incertezas.