Recebemos a visita de representante da Ação Cidadania nesta quarta 31 de julho de 2024, na sede da Secretaria Municipal de Assistência Social de Vitória. A instituição foi fundada pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, em 1993, formando uma imensa rede de mobilização de alcance nacional para ajudar 32 milhões de brasileiros que, segundo dados do Ipea, estavam abaixo da linha da pobreza. Criada no auge do Movimento pela Ética na Política, a Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida se transformou no movimento social mais reconhecido do Brasil. Em 1993 eu tinha 12 anos e lembro de Betinho na mídia, trazendo para a pauta, a fome. Lembro das imagens chocantes e reais da fome no Brasil e no mundo, da desnutrição (especialmente infantil), do trabalho feito pela pastoral da criança de ir nas casas e monitorar o ganho de peso das crianças com certa frequência, das campanhas em torno do uso da água filtrada ou fervida, do soro fisiológico que salvava vidas. São lembranças de uma adolescente, residente em um sítio e acostumada com a fartura na mesa e o conforto de um lar protetor. Pra mim a fome estava distante, em grandes centros urbanos ou em determinada região do país que eu costumava ver estampada nas capas de revista e ler sobre nas páginas amarelas da Revista Veja. Hoje adulta, socióloga e na função de Secretária de Assistência Social da capital, Vitória-ES, sei o quanto a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) precisa estar na pauta do poder público e das Organizações da Sociedade Civil. Acredito que Vitória tem feito seu dever de casa, implantando Vix + Cidadania, melhorando a cesta de alimentos adquirida pela prefeitura (fizemos uma pesquisa com os beneficiários e mudamos itens e acrescentamos proteína), aumento das arrecadações do Banco de Alimentos Herbert de Souza, Compra Direta de Alimentos (CDA), oficinas de SAN, pensar o que ofertamos nos nossos serviços, a Reforma e a proposta do Restaurante Popular de Vitória, no Plano Municipal pela Primeira Infância (PMPI) tem uma parte inteira destinada a SAN, melhorando a oferta de merenda escolar, investindo em ações de aleitamento materno (ainda precisamos insistir: leite materno é o melhor alimento do mundo!!!). Hoje a adulta e profissional sabe que a fome está bem perto, está do lado, o que eu continuo sabendo é que a desigualdade afeta mais uns que os outros. E quem está com fome precisa ser prioridade das políticas públicas, não só da Assistência Social, não só da Saúde, não só da Educação, não só do Trabalho, não só da Cidadania, não só dos Direitos Humanos...não só, mas de todas as políticas juntas.
Publicação de Cintya Schulz
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A fome assola milhões de cidadãos brasileiros. Na tentativa de minimizar este grave problema social, inúmeros projetos sociais pelo país afora, buscam colaborar com os menos favorecidos, entregando alimentos , fazendo orientação vocacional, dentre outros projetos de assistencialismo básico. E pasmem os senhores e senhoras, que em pleno ano de 2024, está sendo discutida a possibilidade de multar em R$ 17.680,00 projetos sociais e ONGS que tenham O nobre e simples ato de doar alimentos, para pessoas em Situação de vulnerabilidade social e alimentar. O PL 445/2023, estabelece a necessidade de autorização prévia da Secretaria Municipal de Subprefeituras e da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social. Não concordamos e nos colocamos como opositores a esse abjeto projeto de lei. Alimentar, multiplicar e semear o alimento é um ato de amor ao próximo e deve ser encarada com máxima seriedade e caridade. Portanto, estaremos sempre ao lado dos menos favorecidos.
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Projeto Alimentação: Uma Parceria pela Dignidade e Esperança A fome ainda é uma realidade para muitas famílias em situação de vulnerabilidade social, e enfrentar essa adversidade exige mais do que boas intenções — é preciso ação. Foi com esse propósito que nasceu o Projeto Alimentação, uma iniciativa transformadora que une forças com a @laboratoriobravet , trazendo mais do que alimentos às mesas: levamos dignidade, alívio e esperança para quem mais precisa. Por meio dessa parceria, cestas básicas são distribuídas a famílias que vivem em situações de vulnerabilidade social. Cada cesta vai além do básico; representa a certeza de que ninguém precisa lutar sozinho para sobreviver. É o resultado da união entre empresas, organizações sociais e a comunidade em um esforço conjunto para combater a insegurança alimentar. Os impactos são profundos: não apenas a fome é amenizada, mas também a autoestima é resgatada e vínculos comunitários são fortalecidos. Cada entrega simboliza um passo em direção a uma sociedade mais justa, onde todos têm direito ao essencial. O Projeto Alimentação, com o apoio da Bravet, é um lembrete poderoso de que a solidariedade pode transformar vidas. Quando empresas e organizações se unem pelo bem comum, multiplicam-se as chances de um futuro mais digno para todos. Afinal, alimentar o corpo também é nutrir a alma com esperança e renovação. Juntos, continuamos a construir um amanhã onde a fome não seja mais um obstáculo para as famílias que merecem oportunidades e uma vida plena. Faça parte dessa corrente de transformação! Projeto Alimentação: porque a fome tem pressa, mas a solidariedade não tem limites. https://lnkd.in/d-qbA6Xg
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Em 2022, o Brasil retornou ao Mapa da Fome contabilizando 33 milhões de pessoas passando fome. O Plano Brasil Sem Fome é a resposta do governo federal a essa calamidade. O eixo 1 do Plano: Acesso à renda, redução da pobreza e promoção da cidadania, propõe identificar a população em situação de insegurança alimentar e nutricional e apoiar seu acesso às políticas públicas que proporcionem renda, redução da pobreza, proteção e promoção social. Mas quais são as estratégias e ações que podem permitir alcançar esses objetivos? 1º Estratégia Criar e fortalecer mecanismos e processos de identificação, mapeamento e territorialização dos grupos mais afetados pela fome e pela insegurança alimentar e nutricional. Como fazer isso: 1. Através do Programa de Fortalecimento Emergencial do Cadastro Único no SUAS (PROCAD-SUAS) – Busca Ativa e Qualificação 👉 A meta é que R$ 200 milhões sejam repassados à rede socioassistencial em 2023 para cadastramento, atualização cadastral, Busca Ativa e outras atividades visando a inclusão de públicos prioritários, prevendo inscrever 71% das famílias com renda per capita de ½ salário mínimo no Cadastro Único até 2026. 👉 A ideia é que 85% das informações das famílias de baixa renda sejam atualizadas no Cadastro Único até 2026. 2. Por meio do mapeamento dos públicos e territórios prioritários do Brasil Sem Fome 👉 O Mapeamento da Insegurança Alimentar e Nutricional (Mapa InSAN) publicado anualmente permite identificar famílias em risco de insegurança alimentar a partir dos dados do CadÚnico, com recortes para cor/raça, sexo, faixa etária, PCDs e outras categorias de análise. 👉 O objetivo também é ampliar no CadÚnico, a inclusão de uma ampla diversidade da população brasileira, com ênfase ao acesso e visibilidade de comunidades tradicionais, como é o caso dos pescadores artesanais e aquicultores familiares. 👉 Os territórios em insegurança alimentar e nutricional marcados nos planos Nordeste+Sustentável e Amazônia+Sustentável devem ser priorizados. 2º Estratégia Incluir prioritariamente o público do BSF nos programas de acesso a alimentos, transferência de renda, inclusão produtiva, e nos serviços de saúde e de assistência social. Como fazer isso: Por meio da Plataforma Integrada de Informações Sociais 👉 A ideia é que a Plataforma Integrada de Informações Sociais disponibilize dados agrupados dos programas federais até 2026 Através da Ampliação e qualificação da cobertura das condicionalidades do Programa Bolsa Família 👉 O Programa Bolsa Família tem como meta atingir 80% de cobertura do acompanhamento das condicionalidades de saúde dos beneficiários até 2026.
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Número de domicílios de insegurança alimentar grave cresce 37% em 5 anos em São Paulo. De acordo com a matéria do G1, atualmente 1,3 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar grave no estado, ou seja, não sabem se terão o que comer no dia. Para combater este problema, a ONG Caminhando Juntos possui o objetivo de garantir refeições a estas pessoas em situações de vulnerabilidade através de doações de alimentos. Para impactarmos um número maior de pessoas, reforçamos a necessidade de ampliar nosso time e de alcançar a meta estabelecida de 80 cestas. Você já conferiu as vagas abertas? Pode nos apoiar doando? Para doação monetária 💰Pix: caminhandojuntos20@gmail.com (por favor, encaminhar o comprovante para que possamos realizar a transferência de prestação de contas). Fonte: https://lnkd.in/d5nbU7Sy
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Os municípios têm um papel central no enfrentamento da fome e na garantia de acesso a programas sociais. Entenda melhor: ✅ Os CRAS (Centro de Referência da Assistência Social), geridos pelas prefeituras, são a porta de entrada para benefícios, como o Bolsa Família, mas muitos estão sem equipe e recursos. ✅ É necessário que os municípios façam uma busca ativa por pessoas vulneráveis para inclusão no CadÚnico. ✅ Outro ponto essencial que depende das prefeituras é a boa gestão dos recursos que vêm do governo federal para a merenda escolar, impactando diretamente na alimentação de crianças e jovens. Nesse sentido, prefeitos e vereadores terão muitos desafios a partir de 2025. Por isso, votar com consciência e em candidatos verdadeiramente comprometidos é essencial para a construção de um Brasil com mais igualdade e direitos básicos para todo cidadão. #Eleições #SegurançaAlimentar #Prefeituras #PolíticasPúblicas
Prefeitos e vereadores terão desafio de combater fome no Brasil
agenciabrasil.ebc.com.br
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A população de rua de São Paulo que sempre esteve abandonada agora está sendo atacada novamente por um projeto de lei que, além de burocratizar a operação das ONGs que trabalham por quem luta para sobreviver sem teto, prevê uma multa de 17 mil reais para quem doar comida a quem tem fome, nas ruas de São Paulo. Parece mentira, mas é isto que está sendo proposto na câmara dos vereadores. O PL 0445 estabelece, por exemplo, que deve existir um cadastro atualizado das pessoas atendidas (impossível saber previamente quem vamos atender); limpeza e zeladoria urbana com tendas, mesas, cadeiras, talheres e guardanapos (as calçadas não tem estrutura para isso e zeladoria urbana é obrigação da prefeitura); autorização prévia da SMSUB e da SMADS; registro do CNPJ (existem uma série de dificuldades para a formalização das organizações); cadastro atualizado de todos os voluntários participantes (os nossos voluntários mudam a cada ação); ações em locais e horários previamente agendados e autorizados e plano detalhado de distribuição dos alimentos, com local, datas, horários e quantidades. Vários entraves burocráticos que têm intenção de dificultar a atuação das organizações. A fome não espera autorizações, cadastros e planos. A fome é urgente. É um absurdo que, no cenário de abandono em que a população de rua de São Paulo vive, a grande preocupação seja com as ONGs e não com a fome. Por isso, é muito importante que todos que também acham isso um absurdo ajudem a compartilhar, a cobrar os vereadores e juntem-se a nós nessa luta! 👊🏼 São mais de 74 mil pessoas em situação de rua em São Paulo e que estão precisando da gente. Não vamos parar!
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#chaoseffect #cyberpunk Uns roubam por necessidade; alguns por vingança; outros porque querem riqueza acumular. Esses que roubam por necessidade ou por vingança, já nasceram roubados, por aqueles que se empenharam em capital concentrar_ "Cerca de 500 mil cariocas estão vulneráveis à fome, que passaram o dia inteiro sem comer ou fizeram uma única refeição ao dia. Quanto menor a renda maior em insegurança alimentar grave ou seja maior a fome dos lados das famílias cariocas. Famílias que são chefiadas por mulheres ou pessoa com a cor da pele preta ou parda você olha maior vulnerabilidade em insegurança alimentar grave. Podemos colocar também nesse resultado que a menor escolaridade também está relacionada a maior insegurança alimentar como também quando eu olho o chefe da família e que ele estava ou com o emprego informal ou principalmente desempregado. Esse relatório traz bastante subsídio para o debate da discussão da política voltada a redução da fome da desigualdade na nossa população e que assim a gente pretende contribuir para redução das desigualdades sociais". https://lnkd.in/dhQ8F47a
Fome no Rio: meio milhão de cariocas não têm o que comer ou se alimentam apenas uma vez por dia, diz estudo
g1.globo.com
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Quase 500 mil cariocas não têm o que comer. É o que mostra um estudo inédito feito pelo Instituto de Nutrição Josué de Castro, da UFRJ, em parceria com a Frente Parlamentar Contra a Fome e a Miséria, da Câmara Municipal do Rio, e divulgado pela GloboNews. As principais vítimas são mulheres negras, com baixa escolaridade e que vivem do trabalho informal. A fome extrema é mais frequente nos bairros da Penha, Madureira, Complexo do Alemão, da Maré, e Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro. Ao todo, mais de 2 milhões de habitantes da cidade do Rio vivem com algum nível de insegurança alimentar na capital, seja leve, moderado ou grave. Ou seja, a fome está presente em 7,8% das casas do município. Vamos juntos lutar para que a comida chegue na mesa de todos? Acesse: https://lnkd.in/ddzCTCvE Fonte | GloboNews: https://lnkd.in/de2tGE6q #brasil #justiça #convergênciabrasil #manifesto
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Sim, o Governo do Estado de São Paulo possui o Programa Viva Leite, que é voltado para a distribuição gratuita de leite pasteurizado a famílias em situação de vulnerabilidade social. 💡 Sabia que já temos três anos de parceria com o programa? Durante esse período, conseguimos distribuir mais de 13 mil litros de leite, ajudando a transformar a vida de muitas famílias vicentinas. Principais informações sobre o programa: - Público-alvo: crianças de 6 meses a 5 anos e 11 meses, e pessoas idosas acima de 60 anos (em algumas regiões). - Critério de renda: renda mensal de até 1/4 do salário mínimo por pessoa. - Distribuição: cada beneficiário recebe até 15 litros de leite por mês. O objetivo principal é garantir uma melhor nutrição para crianças e apoiar idosos em situação de fragilidade. 👉 Como participar? Procure o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) ou a prefeitura da sua região para se inscrever. 📢 Ajude a espalhar essa informação! Se você conhece alguém que precise, compartilhe para que mais famílias possam acessar esse direito e viver com mais dignidade! #programavivaleite #ongfrutosdoamanhã #solidariedade #sãovicente #Inclusão #direitoshumanos #projetosocial #ong #crianças #trabalhosocial #terceirosetor #mudarfuturos #doacao
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Há causas que tocam a gente porque entendemos "na pele" o que significam. Nunca passei fome. Meus pais viveram isso. Quando contam como foi esse tempo, é uma narrativa que dói, incomoda. Pra quem está bem distante disso, alguns dados podem ajudar a elucidar: • 65,5% dos moradores de SP já deixaram de comprar alimentos para pagar contas básicas (água, luz, aluguel); • 36,6% estão parcelando a comida, como se fosse uma TV nova ou um computador; • 40,4% deixaram de comer pra conseguir pagar a condução. Incrível, não é mesmo? Organizações como a Julita fazem um trabalho de combate à fome e à insegurança alimentar muito relevante. Na Julita, são servidas 2.250 refeições por dia, beneficiando 1.000 crianças, adolescentes e jovens em vulnerabilidade social. Imagina o quanto isso significa pra suas famílias? E para o futuro dessas crianças e jovens? No Dia Mundial da Alimentação (16/10), a Julita iniciou uma campanha de financiamento coletivo para a compra de alimentos para complementar as refeições servidas na organização. Esse tipo de campanha é uma forma de ONGs conseguirem arrecadar recursos de maneira mais rápida e efetiva, para necessidades emergenciais, enquanto buscam parcerias mais sólidas e perenes para continuarem promovendo tais iniciativas sociais. Contribuir com essa campanha é bem diferente de doar comida no farol. A Fundação Julita, além de oferecer refeições, também promove um projeto de educação integral que busca desenvolver crianças e jovens em seu pleno potencial, apoiando famílias e abrindo portas para superarmos as desigualdades sociais. Você pode fazer a diferença na vida de crianças e jovens vulneráveis! Junte-se à nossa missão de garantir que cada um deles tenha acesso à alimentação necessária para crescer forte e alcançar um futuro melhor. Para nos apoiar, o link está no primeiro comentário! #Doacao #Voluntariado #Filantropia #ONG
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Aposentada
5 mEm 1993 estava já na ativa na prefeitura de Vitória e fizemos parte da comissão para o projeto de combate a fome. Importante reunião