Como participante do Painel 2 "Infraestrutura para gás natural - desafios para a expansão":
Os altos preços atuais de compra de gás, para todas as distribuidoras e, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, são destacadamente o maior desafio para a expansão das infraestruturas para o Gás Natural.
A SCGÁS entregou ao Estado de Santa Catarina, o "Projeto Serra Catarinense", em 16 de outubro de 2024. Trata-se de uma obra grandiosa, com mais de 200 km de gasoduto em aço, percorrendo 16 cidades, desde Indaial até Lages, subindo a Serra do Mar, em terrenos rochosos e muito acidentados. Foram investidos no projeto mais de R$ 350 milhões, ao longo de mais de 10 anos. A cidade de Lages já era abastecida com Gás Natural através de transporte rodoviário, em uma rede isolada, construída em 2019.
O projeto foi concebido e aprovado com a perspectiva de consumo de 125 mil m³ diários, predominantemente em indústrias de papel e celulose, produtos de madeira, uso veicular, instalações comerciais e domésticas. O consumo do novo gasoduto está em 11 mil m³/dia. Porém, o fato preocupante é a atual reticência destes potenciais usuários. Os mesmos que no passado clamavam pela aceleração da obra, e hoje relutam em aderir ao Gás Natural. É compreensível: o preço do Gás Natural era entre U$ 7 e 8 / MMBTU no início do projeto e hoje está em U$ 14 MMBTU. Já o óleo combustível, diesel, gasolina, GLP, carvão e lenha, tiveram a evolução de preços muito inferior aos 100% ocorridos no Gás Natural.
Em Santa Catarina, o desequilíbrio entre os preços também levou clientes tradicionais a retornar a combustíveis alternativos. A SCGÁS perdeu 450 mil m³/dia, ou seja, -22% de 2020 para 2024. A queda de consumo se reflete na mesma proporção em aumento do custo unitário de distribuição. Uma espiral negativa.
Este cenário torna-se ainda mais preocupante ao olharmos os atuais contratos de suprimento com a Petrobrás. Com duração até 2032 e/ou 2034, mantém os caros preços vigentes da molécula. Os acenos de redução apresentados recentemente pela supridora majoritária são ainda meramente irrisórios. A isto soma-se o custo do transporte pela aplicação acelerada das tarifas locacionais, penalizando os consumidores mais distantes das fontes de suprimento. E no transporte adiciona-se a ausência de investimentos para ampliação de capacidade ao Gasbol para Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
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Abegás | Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado
Lideranças do setor de gás natural, biometano e energia estiveram reunidas em Recife durante o seminário “Gás Natural para uma Transição Energética Sustentável e Igualitária”, organizado pela Abegás | Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado e COPERGÁS.
Nosso diretor-presidente, Otmar Josef Müller, integrou o Painel 2 do evento com o tema “Infraestrutura de gás natural: desafios para a expansão”. Junto dele, participaram Patricia Huguenin Baran, superintendente de Infraestrutura e Movimentação da ANP; Ovidio Quintana, diretor Comercial & Regulatório da TAG; Miguel Nery, diretor-presidente da CEGÁS; e o palestrante Bruno Armbrust, da ARM Consultoria.
Além da oportunidade de debater os próximos passos para o desenvolvimento de uma matriz energética mais sustentável, o encontro propôs a discussão sobre como o gás natural e o biometano podem contribuir para a eficiência e segurança no abastecimento energético do Brasil.
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Projetos de biogás/metano/hidrogênio verde com tecnologias de ponta.
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