A Black Friday, oficialmente marcada para 29 de novembro, já tomou conta das lojas e da internet no Brasil. Eu consigo entender a empolgação por descontos e o apelo comercial da data, mas também vejo um convite a consumo sem limites ou sem consequências. E essa parte eu não gosto.
Sob a perspectiva ambiental, o incentivo ao consumo desenfreado vai na contramão de um mundo mais sustentável. A fabricação, o transporte e o descarte de produtos adquiridos impulsivamente geram são um grande problema. Ao preparar uma apresentação para uma outra rede social, me deparei com dados que mostram que uma certa parcela dos consumidores nem mesmo usa aquilo que comprou na data. Isso, para mim, foi chocante.
Para as famílias, a Black Friday pode ser tanto uma chance de economia quanto uma armadilha. Promoções mal planejadas e compras impulsivas podem desequilibrar orçamentos já apertados. A euforia dos “superdescontos” muitas vezes mascara endividamentos a longo prazo.
Se leu até aqui, você pode até achar que sou contra a data. Não sou.
O que eu defendo é que mais do que aproveitar ofertas, você deve se questionar: **estou comprando porque preciso ou porque está barato?** Este é o primeiro passo para você praticar um consumo consciente. Escolher por produtos duráveis e que não irão para o lixo num curto prazo são outros caminhos válidos para alinhar vendas e responsabilidade.
Se este tipo de mentalidade guiar suas decisões, a #BlackFriday pode se transformar de uma corrida pelo preço em conta para uma oportunidade de impacto positivo — para o bolso, para as empresas e para o planeta. Consumir conscientemente é um ato de poder: como compramos e de quem compramos molda o mercado e protege o nosso futuro.
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