Publicação de Fátima Pacheco de Sousa

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Mestre e Enfermeira Especialista em Saúde Infantil e Pediatria. Investigadora no CIDNUR /ESEL

Quando regressei ao SNS, regressei melhor, transformada, pronta para abraçar os desafios do maior hospital do país, a sua missão! Fui muito bem recebida e acarinhada, afinal estava a regressar à casa onde passei 25 anos e 7 meses! E a UCIN ficava com uma perita e especialista na sua equipa de enfermagem, que conhecia demasiado bem a casa. Aquela que considerei e considero a minha segunda casa. Romântico, não é? Deveria ser sempre assim com todos aqueles que querem regressar ao SNS. Todos regressam com mais competências, com mais vontade de trabalhar, de contribuir para a mudança! Mas ficamos com um amargo na boca, uma frustração, uma vontade de deixar, novamente, o SNS porque a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas diz que "... a descontinuidade obsta a que, por exemplo o tempo anterior à cessação de funções possa ser considerado, por exemplo, para efeitos de carreira ou categoria." OBSTA - e por isto perdemos tudo e reiniciamos posicionados no 1º nível da carreira, como um recém-formado. E assim, perdemos 25 anos para posicionamento de carreira. E assim perco cerca de 600 euros no vencimento, o que se traduz posteriormente na reforma. Perco auto estima porque estou ao nível de um recém-formado. Perco vontade de ser melhor e investir no SNS. Os enfermeiros que se encontram nesta posição, e outros colaboradores do estado, só pedem que esta lei seja alterada! Que considerem todo o tempo de exercício para efeitos de progressão na carreira. Que considerem a experiência e competências de quem reingressa e se faça JUSTIÇA! Queremos Justiça e equidade!! Não queremos ser esquecidos nas negociações que os #sindicatos travam com o MS! Lutem, também, por nós!

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