Quando regressei ao SNS, regressei melhor, transformada, pronta para abraçar os desafios do maior hospital do país, a sua missão! Fui muito bem recebida e acarinhada, afinal estava a regressar à casa onde passei 25 anos e 7 meses! E a UCIN ficava com uma perita e especialista na sua equipa de enfermagem, que conhecia demasiado bem a casa. Aquela que considerei e considero a minha segunda casa. Romântico, não é? Deveria ser sempre assim com todos aqueles que querem regressar ao SNS. Todos regressam com mais competências, com mais vontade de trabalhar, de contribuir para a mudança! Mas ficamos com um amargo na boca, uma frustração, uma vontade de deixar, novamente, o SNS porque a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas diz que "... a descontinuidade obsta a que, por exemplo o tempo anterior à cessação de funções possa ser considerado, por exemplo, para efeitos de carreira ou categoria." OBSTA - e por isto perdemos tudo e reiniciamos posicionados no 1º nível da carreira, como um recém-formado. E assim, perdemos 25 anos para posicionamento de carreira. E assim perco cerca de 600 euros no vencimento, o que se traduz posteriormente na reforma. Perco auto estima porque estou ao nível de um recém-formado. Perco vontade de ser melhor e investir no SNS. Os enfermeiros que se encontram nesta posição, e outros colaboradores do estado, só pedem que esta lei seja alterada! Que considerem todo o tempo de exercício para efeitos de progressão na carreira. Que considerem a experiência e competências de quem reingressa e se faça JUSTIÇA! Queremos Justiça e equidade!! Não queremos ser esquecidos nas negociações que os #sindicatos travam com o MS! Lutem, também, por nós!
Publicação de Fátima Pacheco de Sousa
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Somos cerca de 300 enfermeiros. Um dia regressámos ao SNS, mas como interrompemos o contrato com o empregador público, ficámos posicionados na 1a posição da carreira tal como um enfermeiro recém-formado. Apesar de ter 28 anos de carreira, 25 anos de SNS, Mestre, Especialista e perita na minha área e avaliações que me conferiram 4,5 pontos para efeitos de posicionamento, o DL 80-B, de 2022, não permite a contagem dos pontos para posicionamento e por isso quem regressa ao SNS começa do zero! Isto é impensável em qq empresa! Não reconhecer as competências, a experiência, o conhecimento dos profissionais! Sou eu e mais uns 299 enfermeiros. Outros querem regressar, mas ao saber deste DL 80-B, 2022, preferem ficar no estrangeiro. Apenas pedimos que nos seja contado todo o tempo que demos ao SNS. Que sejamos posicionados onde merecemos estar. Perdi 25 anos da minha vida profissional. https://lnkd.in/dVEzfiNc
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Olhando fotos antigas do meu início na enfermagem (2007 😁), me veio a lembrança de como era simples atuar na área. Os processos eram mais simples, os relacionamentos também... tinham os encontros depois do plantão da tarde para tomar uma sopinha com vinho no inverno, ou a cervejinha no verão... Na atualidade, temos certamente processos necessários e mais seguros, não há dúvidas. Temos mais burocracias? Também. Já no ano de 2014 eu lembro de passar horas e horas abrindo plano de enfermagem no noturno. Apesar disso tudo, vamos ver os benefícios dos avanços também? Nunca foi tão fácil ter acesso à metodologias de desenvolvimento pessoal, de liderança, de carreira... Só fica parado na década passada quem ainda não despertou para as mudanças! Quem é você nessa jornada? O que está parado esperando acordar do dia para noite sabendo se relacionar melhor, ou já agilizou sua evolução?
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Nossa DESUNIÃO gera DESVALORIZAÇÃO ! Apenas uma reflexão, concordam comigo ? É uma triste realidade nossa categoria é desunida ! Somos imediatistas, e muitas vezes nós profissionais, auxiliares, técnicos, enfermeiros, nos "pegamos" em determinadas situações que sem medir as consequências acabamos criticando os colegas de profissão, aceitamos trabalhar por remunerações abaixo. Em outras palavras nós mesmos somos os principais responsáveis por expor nossa profissão. Não devemos deixar de lutarmos por nossas melhorias, e ter forças para almejar conquistas, afinal somos uma categoria grande e forte e temos o poder de mudar a situação caótica em que nos profissionais da saude nos encontramos ( baixa remuneração, depressão, stress, dores articulares e etc). Deveríamos nos preocupar cada vez mais com a nossa formação, aprimoramento continuo, para prestar uma assistência de qualidade, independente da estrutura do local onde trabalhamos, sempre procurar fazer o melhor. Penso que é só começarmos a mudar essa situação com o fortalecimento da nossa categoria, ter ética profissional, união, postura e comprometimento visando um bem estar comum, evitar julgamentos ou criticas e se preocupar na melhor assistência aos nossos clientes. Sem enfermagem não se faz saúde ! estamos presentes em ambulatórios, hospitais, clínicas, UBS. Enfim,nos mais diversos locais que necessitam de assistência a saúde. somos donos da mão de obra especializada e temos o dom de cuidar e para a valorização somente a UNIÃO. #Enfermagem #TécnicoDeEnfermagem #Reflexão #União #Bomdia
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As constatações e fatos de João Fael A farsa. Criação da nova categoria e carreira especial de "Técnico Auxiliar de Saúde". Está a acontecer uma situação gravíssima, inadmissível e inaceitável, fazendo a passagem para esta nova e repito nova categoria e carreira especial pessoas que nada tem que passar, como telefonistas, funcionários dos serviços de instalações e equipamentos, pois não estão englobadas no conteúdo funcional do "Técnico Auxiliar de Saúde." Perante o Dec.Lei Nº. 120/2023 de 2023-12-22. Muitas ULS estão a fazer a transição de pessoas que nada têm a ver com o que está no respetivo Dec. Lei acima referenciado. O que é inadmissível tendo estas instituições serviços de recursos humanos e departamentos jurídicos que em principio deviam saber interpretar um Dec. Lei, mas ao que parece não sabem. Para ajudar na festa os famosos sindicatos Portugueses, que para aproveitarem esta situação e angariar sócios, visto que nos últimos anos perderam mais de 80 % de quem estava sindicalizado e para isso é o vale tudo, processos de transição que há 50 anos existiam os também famosos "Ad Hoc". (Não obstante, de entre as atribuições dos assistentes operacionais integrados nas carreiras gerais, há tarefas específicas dos assistentes operacionais que laboram em serviços ou estabelecimentos de saúde integrados no SNS que os diferenciam do conteúdo funcional previsto para a carreira geral de assistente operacional, que igualmente se traduzem na exigência e cumprimento de deveres específicos. Neste contexto, e porque as atividades e tarefas realizadas por estes profissionais, que apoiam também outros profissionais de saúde na prestação de cuidados ao utente, nomeadamente no que respeita à sua higiene e alimentação e na preparação para intervenções cirúrgicas - impõe-se a criação de uma carreira especial no âmbito dos serviços e estabelecimentos de saúde integrados no SNS que acomode a especificidade das funções desenvolvidas, algumas íntimas e diárias, as quais, de facto, aproximam os correspondentes trabalhadores dos diversos utentes doentes, e que, por essa razão, os distingue dos demais assistentes operacionais que exerça funções em serviços que não estejam integrados no SNS ou conexos com a prestação de cuidados de saúde. Adicionalmente, o desenvolvimento do correspondente conteúdo funcional, exige a posse de habilitações e qualificações profissionais adequadas ao desenvolvimento das citadas funções de técnico auxiliar de saúde, assegurado pela realização de um curso de formação específico, a realizar, em regra, durante o período experimental. Procede-se, assim, à criação da carreira de regime especial de técnico auxiliar de saúde e estabelece regras relativas à transição dos assistentes operacionais integrados na carreira geral, que exerçam essas funções nos serviços e estabelecimentos de saúde integrados no SNS.). Perante esta situação aqui fica o meu total desagrado depois de 16 anos de luta. Esta situação tem de ser alvo de uma queixa.
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Devido às condições de trabalho cada vez mais insustentáveis, os enfermeiros estão a pedir demissão em massa. Embora estas taxas de demissão não sejam novas, foram exacerbadas pela pressão e sofrimento moral provocados pela pandemia de Covid-19. A decisão de um enfermeiro de deixar a profissão não é algo que ele toma levianamente. Muitos consideram essa sua vocação e passaram por anos de escolaridade, treinamento e exames rigorosos. Então, o que está a levar os enfermeiros a abandonar o emprego e como podem ser motivados a permanecer? Alguns enfermeiros mudam para cargos com melhores salários na profissão de saúde. Outros abandonam completamente o campo. Embora cada situação seja única, existem razões tangíveis e evitáveis pelas quais muitos profissionais de saúde abandonam a enfermagem. Buscar melhores oportunidades e sucesso profissional pode ser um caminho. Se você está em busca de se diferenciar e mostrar o seu valor em qualquer ambiente, o Eleva Experience é a sua chance de elevar sua carreira e mentalidade a níveis nunca atingidos antes. Para saber mais informações sobre o evento mais disruptivo da área da saúde e garantir seu ingresso a um valor mais competitivo do primeiro lote, acesse o link 👉 grupoibes.com/lk_eleva2024
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🌟 Os últimos dias foram de muita reflexão sobre a profissão que estou. Estar ENFERMEIRA nunca foi tão desafiador como os dias atuais. 💉🌟 A carga de trabalho excessiva que leva ao esgotamento profissional e à diminuição da qualidade do cuidado; a subvalorização profissional no âmbito salarial e social, a falta de investimentos em educação continuada, o estresse e o Burnout impactam diretamente na qualidade da assistência prestada aos pacientes e no bem estar dos profissionais. 🌟 Tais desafios nunca me fizeram desistir da profissão, óbvio, que a gente "enverga", mas cair, a gente não cai. Sigo nela, as vezes frustrada, as vezes animada. Talvez o grande desafio não seja na verdade da Enfermagem e sim da vida. É Sobre saber lidar com as adversidades que surgem. 🌟 Não quero que seja um discurso conformista e nem romântico sobre a vida ou profissão, mas acredito sim na possibilidade de mudança para melhorias profissionais, pessoais, sociais e mentais. Sigamos em frente. #enfermagem #enfermeira https://lnkd.in/dnwy6aP5
Liana Guimarães - Enfermeira on Instagram: "🌟 Os últimos dias foram de muita reflexão sobre a profissão que estou. Estar ENFERMEIRA nunca foi tão desafiador como os dias atuais. 💉🌟 A carga de trabalho excessiva que leva ao esgotamento profissional e à diminuição da qualidade do cuidado; a subvalorização profissional no âmbito salarial e social, a falta de investimentos em educação continuada, o
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Reflexão necessária e muito interessante!
Devido às condições de trabalho cada vez mais insustentáveis, os enfermeiros estão a pedir demissão em massa. Embora estas taxas de demissão não sejam novas, foram exacerbadas pela pressão e sofrimento moral provocados pela pandemia de Covid-19. A decisão de um enfermeiro de deixar a profissão não é algo que ele toma levianamente. Muitos consideram essa sua vocação e passaram por anos de escolaridade, treinamento e exames rigorosos. Então, o que está a levar os enfermeiros a abandonar o emprego e como podem ser motivados a permanecer? Alguns enfermeiros mudam para cargos com melhores salários na profissão de saúde. Outros abandonam completamente o campo. Embora cada situação seja única, existem razões tangíveis e evitáveis pelas quais muitos profissionais de saúde abandonam a enfermagem. Buscar melhores oportunidades e sucesso profissional pode ser um caminho. Se você está em busca de se diferenciar e mostrar o seu valor em qualquer ambiente, o Eleva Experience é a sua chance de elevar sua carreira e mentalidade a níveis nunca atingidos antes. Para saber mais informações sobre o evento mais disruptivo da área da saúde e garantir seu ingresso a um valor mais competitivo do primeiro lote, acesse o link 👉 grupoibes.com/lk_eleva2024
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A situação dos enfermeiros e sua crescente taxa de demissão são questões críticas que precisam ser abordadas urgentemente pelas instituições de saúde e governos. As razões por trás dessas demissões em massa são multicausais e complexas, mas explorar e entender esses fatores pode ajudar a criar soluções eficazes. Enquanto muitos enfermeiros consideram a enfermagem como uma vocação, as pressões insustentáveis da profissão podem levar até os mais dedicados a reconsiderar sua escolha de carreira. Implementar mudanças estruturais e sistêmicas que abordem essas questões não só pode diminuir as taxas de demissão, mas também revitalizar a profissão, tornando-a mais atraente e sustentável a longo prazo. Essas ações são essenciais para garantir uma força de trabalho de enfermagem saudável e robusta, capaz de enfrentar os desafios futuros da saúde pública. #enfermagem #saúdePública #retençãodeprofissionais #bemestarnotrabalho #desenvolvimentoprofissional #reconhecimentoprofissional #profissionaisdesaúde #melhoriacontínua #cuidadosdesaúde #cuidandodequemcuida
Devido às condições de trabalho cada vez mais insustentáveis, os enfermeiros estão a pedir demissão em massa. Embora estas taxas de demissão não sejam novas, foram exacerbadas pela pressão e sofrimento moral provocados pela pandemia de Covid-19. A decisão de um enfermeiro de deixar a profissão não é algo que ele toma levianamente. Muitos consideram essa sua vocação e passaram por anos de escolaridade, treinamento e exames rigorosos. Então, o que está a levar os enfermeiros a abandonar o emprego e como podem ser motivados a permanecer? Alguns enfermeiros mudam para cargos com melhores salários na profissão de saúde. Outros abandonam completamente o campo. Embora cada situação seja única, existem razões tangíveis e evitáveis pelas quais muitos profissionais de saúde abandonam a enfermagem. Buscar melhores oportunidades e sucesso profissional pode ser um caminho. Se você está em busca de se diferenciar e mostrar o seu valor em qualquer ambiente, o Eleva Experience é a sua chance de elevar sua carreira e mentalidade a níveis nunca atingidos antes. Para saber mais informações sobre o evento mais disruptivo da área da saúde e garantir seu ingresso a um valor mais competitivo do primeiro lote, acesse o link 👉 grupoibes.com/lk_eleva2024
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“Pendurar as chuteiras” Ninguém nunca explicou como é difícil a transição do enfermeiro assistencialista para o administrativo. Poucos sabem o misto de sentimentos que habita o coração de quem gosta de estar com as pessoas, de cuidar delas. Não é que lidar com papéis não seja importante — entenda bem. Para oferecer uma assistência de qualidade, é essencial que a base administrativa seja sólida. Não há mérito ou demérito em qualquer uma dessas funções. Este desabafo não é sobre isso, mas sobre o quão doloroso é esse processo de mudança. Veja bem, eu sou alguém do verbo agir. Gosto do toque, da cura, de ser um instrumento no cuidado. Sou indiscutivelmente apaixonada pela minha profissão, e é justamente por isso que decidi mudar de lado. Porque acredito que a verdadeira melhoria na saúde não está apenas na gestão do cuidado, mas na conexão dessa gestão com as cinco dimensões: individual, familiar, profissional, organizacional e societal. E por acreditar que a mudança também acontece através da “papelada” (rs), aceitei esse novo desafio. Sei que não será fácil; na verdade, já não está sendo. Mas quem me conhece bem sabe que eu não tenho medo do escuro.
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