Qual o saldo da Cop29? Num contexto complexo, de dificuldade de criação de confiança e muita insatisfação de diversos países em desenvolvimento, a COP29 se encerra com um acordo de viabilizar a ampliação do financiamento para os países em desenvolvimento, a partir de todas as fontes públicas e privadas, para alcançar pelo menos USD 1,3 trilhão por ano até 2035, com um chamado os países desenvolvidos de assumir a liderança no montante de pelo menos USD 300 bilhões por ano até 2035. O texto deixa muitas questões em aberto sobre o papel de fontes públicas, privadas, recursos concessionados, e outros aspectos qualitativos desta mobilização. Há muito trabalho pela frente para que os recursos cheguem aos países em desenvolvimento em tempo adequado, com processos transparentes, e apoiem a promoção do desenvolvimento sustentável e redução de vulnerabilidades, sem levar a maior endividamento. Também ficaram aquém do esperado os resultados das negociações de outros itens relevantes, em especial para países em desenvolvimento, como adaptação e transição justa, bem como as saídas para a implementação do Global Stocktake em sua integridade. Serão tarefas para a COP30. Em relação a sinais positivos, é importante reconhecer a decisão a respeito de elementos do Artigo 6º do Acordo de Paris, que poderá potencializar a descarbonização por meio de mercados de carbono com integridade ambiental e respeito a salvaguardas, assim como a operacionalização do Fundo de Perdas e Danos. Os resultados da COP29 trazem para o Brasil grandes desafios em sua preparação para a presidência da COP30. Mas se abre também uma oportunidade de apoiar no restabelecimento da confiança no multilateralismo e de alinhar a discussão sobre mudança do clima a novos modelos de desenvolvimento, com redução de desigualdades e mais inclusão. Em um contexto geopolítico complexo, construir pontes e encontrar consensos é primordial. Isso só será possível com ampla participação social e inovação. A liderança brasileira do G20 demonstrou a habilidade do país em navegar por essas complexidades. Agora, com a presidência do BRICS+ e a caminho da COP30, será necessário ter foco, estabelecer prioridades e boas parcerias. Esta é uma responsabilidade que vai além do governo federal: governos de Estados e cidades, organizações da sociedade civil, movimentos sociais, academia e setor privado serão atores fundamentais para que o Brasil seja reconhecido como liderança climática. O iCS se coloca à disposição para apoiar na mobilização da sociedade em torno desta grande oportunidade e responsabilidade que se apresenta ao nosso país. Veja também resumos dos resultados da COP29 disponíveis por donatários do ICS: https://lnkd.in/dUc2ViJ9; https://lnkd.in/dSm6UWzm
Publicação de Instituto Clima e Sociedade (iCS)
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Compartilho nosso artigo publicado no Valor Econômico, os pesquisadores do FGVces Guilherme Lefèvre e Guarany Osório analisam os resultados da COP29, o novo compromisso climático brasileiro e o caminho até a COP30. Fazendo uma análise crítica da NDC brasileira, Lefèvre e Osório chamam a atenção para a condicionalidade da meta mais ambiciosa à “transferência internacional de resultados de mitigação”. Isso quer dizer que se o Brasil for além do compromisso de 59%, qualquer resultado adicional poderá ser transacionado para outro país e, consequentemente, contabilizado por este país para fins do cumprimento de sua meta. "O verdadeiro compromisso assumido pelo País perante a Convenção parece ser o menos ambicioso", esclarecem. Voltando às atenções para Belém, os pesquisadores apontam o que esperar e como avançar para a COP30. Além da responsabilidade de sediar o evento, o Brasil enfrentará a pressão de liderar avanços em pontos que não avançaram na COP29. "A COP30 em Belém carrega a responsabilidade de transformar as demandas não atendidas de Baku em avanços tangíveis, desafiando o protagonismo do Brasil na transição climática global", declaram. Leia na íntegra em: https://lnkd.in/dnBkhZux #COP29 #COP30 #MudançasClimáticas #FinanciamentoClimático #JustiçaClimática
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A COP29 acabou, mas as discussões continuam, pois o Brasil terá grande responsabilidade para resolver as questões em aberto no próximo ano. A NCGQ (Nova Meta Coletiva Quantificada) era um dos pontos principais para esse ano. A COP29 terminou com um acordo de US$ 300 bilhões por ano, valor bem abaixo do US$ 1,3 trilhão defendido pelos países em desenvolvimento. Além de não ter incluído no texto final a eliminação gradual dos combustíveis fósseis, marco histórico na COP28. Por outro lado, avançou na regulamentação do mercado global de carbono. No artigo do Prof. Dr. Paulo Artaxo no Um Só Planeta, ele pontua que o desfecho da COP29 reforça que os países desenvolvidos estão fugindo das suas responsabilidades e deixam em aberto a conta do financiamento. Além disso, defende que o modelo atual de governança das COPs não funciona, é necessário mudar e o Brasil pode começar essa mudança na COP30. Apesar dos pontos levantados por diversos especialistas na matéria da Revista FAPESP, a Dra. Miriam Garcia nos dá esperança nas COPs e negociações globais. Ela pontua que as COPs ainda são um espaço de alinhamento e o melhor caminho que temos hoje para chegar a um acordo de forma coordenada no sistema internacional. Sem dúvidas, as negociações e discussões ainda precisam avançar de forma mais acelerada, pois as ações não urgentes. Espero ver na COP30 ações concretas. E você, o que espera da COP30? Revista Fapesp: https://lnkd.in/dnN6JzKs Um Só Planeta: https://lnkd.in/dREfrTn5
Acordo de financiamento fechado na COP29 é considerado insuficiente
https://revistapesquisa.fapesp.br
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🌳📆FALTAM 2 MESES PARA A COP29 Não perca o prazo para solicitação de credenciamento para integrar a delegação brasileira na COP29! Faltam exatamente 2 meses para o início da COP29, principal conferência global dedicada a discutir e negociar ações e políticas voltadas para a mitigação das mudanças climáticas e a adaptação aos seus impactos. Governos, sociedade civil e setor privado se reúnem para definir os próximos passos no combate ao aquecimento global e na construção de um futuro sustentável. Não perca o prazo de solicitações de credenciamento para integrar a deleção brasileira na COP29! O prazo se encerra nesta sexta-feira, 13 de setembro! A participação do setor privado é essencial, pois são as empresas que desenvolvem as soluções tecnológicas e operacionais que permitem a realização das metas de redução de emissões acordadas internacionalmente. Em uma dinâmica essencial, enquanto a sociedade civil pressiona por ações urgentes e o governo estabelece metas de redução de emissões, o setor privado é quem viabiliza as inovações e implementa as soluções para que essas metas sejam atingidas. Participar da COP29 vai além de acompanhar as discussões. É uma oportunidade para as empresas se posicionarem como líderes globais em economia de baixo carbono, alinhando suas estratégias aos novos padrões exigidos por investidores, consumidores e parceiros focados em ações contra as mudanças do clima. Com quase 10 anos de experiência assessorando o setor privado nas COPs, a Perspectivas reforça a importância da participação ativa e estratégica das empresas brasileiras nesse fórum global. Para a maioria dos países, a econômica de baixo carbono é um grande DESAFIO. No entanto, para o Brasil, que tem vantagem natural, essa é uma grande OPORTUNIDADE para oferecermos soluções de baixo carbono ao mundo, contribuindo para a preservacao do meio ambiente, ao mesmo tempo em que atraímos investimentos, desenvolvimento tecnológico e geração de empregos de qualidade para a nossa nação. Não perca essa oportunidade de se posicionar entre os grandes líderes globais de soluções para a economia de baixo carbono. #PerspectivasBR #COP29 #Azerbaijão #ConferênciaGlobal #TransiçãoEnergética
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COP29 aprova US$ 300 bilhões anuais para financiamento climático. Foi na prorrogação que o acordo final da COP 29 foi assinado. Prevista para acabar em 22/11, o encontro teve que se estender até o dia 23 para que os países chegassem num acordo, que deixou muito gente insatisfeita. Ambientalistas e delegados buscavam o investimento de US$ 1.3 trilhão anuais até 2035, enquanto os países ricos lutavam para rebaixar o valor. O texto final estabeleceu que os países ricos vão financiar US$ 300 bilhões anuais, ultrapassando o compromisso atual e defasado de US$ 100 bilhões. No encontro também foi lançado um programa de trabalho Baku-Belém, que tem como objetivo aumentar estes valores, num novo acordo que será realizado em novembro de 2025, durante a COP30, quando o Brasil, será o país sede. O jogo não está ganho, vale a sua torcida e participação. Quer participar de forma mais pró ativa na COP30? Entre em contato. #COP30 #AgirAgora #Impacto #ResiliênciaClimática
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Acompanhando a COP29: Um Ponto de Virada Climática Acompanho meus sócios Filipe Bonaldo, Vinícius Daher e Guilherme Henriques que estão na COP29 em Baku com uma expectativa: transformar os discursos em ações concretas. Desde 2015, com o Acordo de Paris, vimos avanços em tecnologias de energia limpa, mas, na prática, essas inovações ainda não se traduziram em impacto suficiente, especialmente para os países mais vulneráveis. A COP29 precisa ser mais do que uma vitrine de promessas – deve se tornar o ponto de virada que todos aguardam. A escolha do Azerbaijão, um país cuja economia ainda é fortemente baseada em petróleo e gás, traz à tona um debate urgente: como garantir uma transição que una sustentabilidade e viabilidade econômica? É um cenário desafiador, mas repleto de oportunidades para redefinir o que significa liderar em tempos de crise climática. Estou particularmente atento às discussões sobre a “Nova Meta Coletiva Quantificada” e aos mecanismos de financiamento que efetivamente apoiem as nações em desenvolvimento. Minha expectativa é que a COP29 inspire confiança e promova a ação. Precisamos de decisões ousadas, que não só reforcem o Acordo de Paris, mas avancem ainda mais, criando uma base sólida para uma transição justa e efetiva. É hora de alinhar inovação com pragmatismo e transformar compromissos em resultados. E você, o que espera da COP29? Vamos debater os caminhos para uma transição justa e eficaz. #COP29 #Sustentabilidade #TransiçãoEnergética #EnergiaLimpa #AcordoDeParis #LiderançaClimática #FinanciamentoClimático #InovaçãoSustentável #DesenvolvimentoSustentável #TransformaçãoEmpresarial
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A COP29, iniciada em Baku, Azerbaijão, nesta segunda-feira (11/11), é o novo capítulo da Convenção das Partes sobre Mudanças Climáticas. Com o foco no financiamento climático, a “COP do financiamento” vai até o dia 22 e tem como objetivo estabelecer a Nova Meta Quantificada Coletiva, um compromisso financeiro anual para apoiar os países em desenvolvimento nas iniciativas de adaptação e mitigação às mudanças climáticas. A expectativa é que os países ricos assumam a responsabilidade histórica e contribuam com valores significativos, possibilitando uma resposta justa à crise. Além do financiamento, outra questão central na COP29 é a regulamentação dos mercados de carbono, conforme previsto pelo artigo 6 do Acordo de Paris. Espera-se que os países avancem em um acordo para operacionalizar os mecanismos de cooperação entre nações, promovendo a transparência e garantindo salvaguardas ambientais e sociais. A conferência também traz a discussão sobre a necessidade urgente de eliminar gradualmente os combustíveis fósseis dos sistemas energéticos, uma medida decisiva para limitar o aquecimento global a 1,5°C. As atenções também estão voltadas para o papel do Brasil, que se prepara para sediar a COP30 em 2025, com a missão de impulsionar a liderança climática global. Com as novas metas climáticas (NDCs) previstas para 2025, o país participa ativamente das negociações sobre financiamento e adaptação, defendendo a unidade dos países em desenvolvimento e pressionando os países ricos a cumprirem seus compromissos financeiros. Em meio às negociações, a COP29 também aborda questões de direitos humanos. O Azerbaijão, anfitrião do evento, enfrenta críticas por seu histórico em relação à liberdade de expressão e segurança de ativistas, o que coloca uma camada adicional de tensões e expectativas na cúpula.
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Em um momento decisivo para a implementação do Acordo de Paris, a COP30, que será realizada em Belém no próximo ano, traz à tona questões-chave para limitarmos o aquecimento global a 1,5°C até o fim do século. 🌡️ Com o lema “Missão 1,5°C”, o Brasil assume o papel de anfitrião e líder em uma conferência que busca finalmente transformar ambição em ação e o Presidente Lula deve confirmar em breve o embaixador André Corrêa do Lago na presidência da COP30. 🌎 Entre os desafios da próxima COP, Gustavo Pinheiro pontua em novo artigo em nosso site a atualização das NDCs, a ampliação do financiamento climático, o ambiente geopolítico desafiador, a integração das discussões sobre clima, biodiversidade e combate à desertificação, entre outros aspectos. 📲 Leia na íntegra: https://lnkd.in/dvT3-8V4 #COP30 #COPemBelém #NDCs #opinião #AcordoDeParis
Os 7 maiores desafios da COP30 em Belém
umsoplaneta.globo.com
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🌍 Inovação na COP29: Justiça Climática e Justiça Social em Foco Pela primeira vez, a COP29 vincula justiça climática e justiça social em temas essenciais como clima, saúde, educação e habitação. É uma visão que amplia os debates e prioriza a resiliência das populações mais vulneráveis. Os especialistas Sergio Myssior e Thiago Metzker, Dr., do Grupo MYR, destacam as 14 ações práticas estabelecidas para promover finanças, resiliência e transparência no enfrentamento das mudanças climáticas. O apoio a pequenas e médias empresas e a criação de um fundo de ação climática são alguns dos esforços que visam reduzir emissões e impulsionar uma economia verde. Essa edição da COP também projeta novos financiadores, como China e países do Golfo, no suporte a nações em desenvolvimento. Com um compromisso de US$ 1 trilhão ao ano, o desafio é claro: garantir segurança climática e avançar para uma transição verde, com novas metas sendo definidas. Acompanhe nosso time na COP29 e veja como contribuímos para cidades e comunidades mais sustentáveis e justas. 🌱🤝 Acesse o Blog do Grupo MYR e confira o nosso Boletim Diário: https://lnkd.in/dSG56UgV #GrupoMYR #COP29 #JustiçaClimática #JustiçaSocial #ESG #DesenvolvimentoSustentável #CidadesMelhores
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🌍 Inovação na COP29: Justiça Climática e Justiça Social em Foco Pela primeira vez, a COP29 vincula justiça climática e justiça social em temas essenciais como clima, saúde, educação e habitação. É uma visão que amplia os debates e prioriza a resiliência das populações mais vulneráveis. Os especialistas Sergio Myssior e Thiago Metzker, Dr., do Grupo MYR, destacam as 14 ações práticas estabelecidas para promover finanças, resiliência e transparência no enfrentamento das mudanças climáticas. O apoio a pequenas e médias empresas e a criação de um fundo de ação climática são alguns dos esforços que visam reduzir emissões e impulsionar uma economia verde. Essa edição da COP também projeta novos financiadores, como China e países do Golfo, no suporte a nações em desenvolvimento. Com um compromisso de US$ 1 trilhão ao ano, o desafio é claro: garantir segurança climática e avançar para uma transição verde, com novas metas sendo definidas. Acompanhe nosso time na COP29 e veja como contribuímos para cidades e comunidades mais sustentáveis e justas. 🌱🤝 Acesse o Blog do Grupo MYR e confira o nosso Boletim Diário: https://lnkd.in/dSG56UgV #GrupoMYR #COP29 #JustiçaClimática #JustiçaSocial #ESG #DesenvolvimentoSustentável #CidadesMelhores
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💼 Afinal, por que a COP29 está sendo chamada de COP do financiamento? Nessa edição da Conferência, um dos principais debates gira em torno de garantir os recursos financeiros necessários para enfrentar as mudanças climáticas, especialmente em países em desenvolvimento. As discussões buscam ampliar o financiamento para ações de mitigação e adaptação, assegurar o cumprimento das promessas financeiras anteriores e encontrar formas de mobilizar capital privado. 🌍 Nesta primeira semana da COP29, que ainda conta com mais dias de evento, o CEBDS liderou importantes discussões sobre o papel do setor financeiro e privado na transição para uma economia verde: 🎯 Bancos e Financiamento Verde: discutimos o aumento dos investimentos sustentáveis e a importância de encontrar soluções criativas para apoiar projetos em regiões mais vulneráveis. Destacamos que a transformação rumo a uma economia mais sustentável é um trabalho conjunto. Contamos com a participação de representantes da ApexBrasil, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Banco da Amazônia e BNDES. 🌳 Taxonomia Sustentável Brasileira: com o Ministério da Fazenda, Boston Consulting Group (BCG) e empresas associadas (Itaú e Vale), ter um conjunto de regras claras para aumentar os investimentos em projetos de baixo carbono e fortalecer a confiança nas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG). 🤝 Facilitadores para Agendas Climáticas: em painel com líderes globais, destacou-se o papel de dados e normas para desbloquear ações e recursos climáticos, com o Brasil como exemplo de cooperação público-privada. #CEBDS #EconomiaVerde #Sustentabilidade #ReducaodeCarbono
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