Existem no Brasil 897.054 Organizações Não Governamentais (ONGs) criadas i) sem finalidade lucrativa, ii) sem distribuição de resultados financeiros e iii) que aplicam sua receita na finalidade estatutária e no Brasil, sob as naturezas jurídicas de associação ou fundação. TERCEIRO SETOR é a denominação que se dá ao nicho de mercado que reúne as ONGs que realizam atividades de interesse social, que promovam impacto social positivo e auxiliam o Estado na solução de problemas sociais. Há quem defenda que o Terceiro Setor deveria se chamar SETOR UM E MEIO, termo que descreveria a interação entre o setor público (setor um) e o setor privado (setor dois), com características híbridas que combinam aspectos dos dois setores. Outros sustentam que o Terceiro Setor deveria se chamar SETOR DOIS E MEIO, fruto da intersecção entre o setor público e ONGs que operam com modelos de negócios sustentáveis e geradores de receita. Não basta às ONGs não possuírem fins lucrativos para se enquadrar no conceito de Terceiro Setor. É preciso mais, diante da vastidão das atividades desenvolvidas por elas. Elas precisam desenvolver atividade promocional de interesse público e ter por finalidade essencial a garantia, defesa e/ou promoção de direitos fundamentais, estes nas suas quatro dimensões. A ONG que i) não desenvolver atividades de interesse social, ii) não realizar benefícios à população e iii) não prestar serviços de relevância pública voltados à concretização de direitos fundamentais NÃO pode ser considerada como integrante do Terceiro Setor. Doutrinadores sugerem que entidades que assim atuam poderiam compor o QUARTO SETOR, terminologia ainda relativamente desconhecida e sobre a qual não há consenso. Escrevi no meu livro “O Terceiro Setor em Perspectiva – da Estrutura à Função Social”, de 2011: “Nossa sugestão de classificação das entidades se resume a separar aquelas que trazem benefício direto à população e cujas atividades têm interesse social daquelas que trazem benefício direto somente àqueles que delas participam e que são os seus únicos destinatários.” Você sabia dessas denominações, caro leitor?
Publicação de Josenir Teixeira
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Uma leitura necessária aos que atuam no Terceiro Setor.
Descentralizadora de recursos e informação no terceiro setor | Doutoranda e Mestra em Mudança Social (EACH/USP) | PMDPro | YLAI Fellow | 92Y Ford Fellow | S4D Fellow | ForbesBLK Member | GSMP Alumna
Quando falamos em terceiro setor, não estamos falando de uma coisa só. Acredito que todos concordamos que o chamado #terceirosetor abrange uma diversidade de organizações que atuam em diferentes contextos e com diferentes capacidades. Nesse sentido, tenho olhado -- e criado soluções -- para o nosso campo considerando três principais aspectos: 🔻 1. Origem dos fundadores: O perfil dos fundadores influencia, e muito, a natureza e a atuação das organizações do terceiro setor. ONGs fundadas por indivíduos locais ou líderes comunitários, que muitas vezes não possuem, ou possuem menos, capital simbólico, social, econômico e cultural (Pierre Bourdieu), são mais fieis às necessidades e prioridades específicas de suas comunidades. Por outro lado, aquelas fundadas por indivíduos ou famílias ricas, pessoas famosas ou influentes, de fora dos territórios, podem nascer recheadas de distorções que não necessariamente correspondem às demandas locais. 🔻 2. Localização geográfica: Aqui, as organizações do terceiro setor podem ser "centrais" ou "periféricas". Como sabemos, as ONGs localizadas nos centros econômicos no país, especialmente SP, RJ e MG, geralmente têm maior acesso a recursos, redes de contato e visibilidade na mídia. Em contraste, as ONGs periféricas, ou do "Brasil profundo", como prefiro, frequentemente enfrentam maiores desafios como a falta de infraestrutura adequada, menos recursos financeiros de doações e mais dificuldades de comunicação e reconhecimento. 🔻 3. Poder financeiro: Eu diria que essa é uma combinação, ou resultado, das duas anteriores. As organizações fundadas por indivíduos com maior capital econômico, social e cultural tendem a ter mais recursos financeiros à sua disposição. Enquanto, sabidamente, a localização geográfica também influencia o poder de captação de recursos. O que gera um abismo profundo entre as próprias ONGs, criando relações de subcontratação e subalternidade, prejudicando diretamente as comunidades mais vulnerabilizadas. 🔹 Nesse sentido, ao compreender as dinâmicas e diversidades no terceiro setor, tenho refletido e me esforçado para fomentar redes de apoio, promover a colaboração entre organizações centrais e periféricas e contribuir com programas e políticas que fortaleçam as pequenas ONGs. Não é trivial, claro. Tampouco é para já. É um processo que exige um mergulho profundo no entendimento das necessidades e desafios específicos das organizações, além de um comprometimento contínuo, sobretudo dos investidores sociais, para superar barreiras estruturais e culturais que impendem, sistematicamente, uma colaboração efetiva. Sigo com esperança e sangue no olho.
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Quando falamos em terceiro setor, não estamos falando de uma coisa só. Acredito que todos concordamos que o chamado #terceirosetor abrange uma diversidade de organizações que atuam em diferentes contextos e com diferentes capacidades. Nesse sentido, tenho olhado -- e criado soluções -- para o nosso campo considerando três principais aspectos: 🔻 1. Origem dos fundadores: O perfil dos fundadores influencia, e muito, a natureza e a atuação das organizações do terceiro setor. ONGs fundadas por indivíduos locais ou líderes comunitários, que muitas vezes não possuem, ou possuem menos, capital simbólico, social, econômico e cultural (Pierre Bourdieu), são mais fieis às necessidades e prioridades específicas de suas comunidades. Por outro lado, aquelas fundadas por indivíduos ou famílias ricas, pessoas famosas ou influentes, de fora dos territórios, podem nascer recheadas de distorções que não necessariamente correspondem às demandas locais. 🔻 2. Localização geográfica: Aqui, as organizações do terceiro setor podem ser "centrais" ou "periféricas". Como sabemos, as ONGs localizadas nos centros econômicos no país, especialmente SP, RJ e MG, geralmente têm maior acesso a recursos, redes de contato e visibilidade na mídia. Em contraste, as ONGs periféricas, ou do "Brasil profundo", como prefiro, frequentemente enfrentam maiores desafios como a falta de infraestrutura adequada, menos recursos financeiros de doações e mais dificuldades de comunicação e reconhecimento. 🔻 3. Poder financeiro: Eu diria que essa é uma combinação, ou resultado, das duas anteriores. As organizações fundadas por indivíduos com maior capital econômico, social e cultural tendem a ter mais recursos financeiros à sua disposição. Enquanto, sabidamente, a localização geográfica também influencia o poder de captação de recursos. O que gera um abismo profundo entre as próprias ONGs, criando relações de subcontratação e subalternidade, prejudicando diretamente as comunidades mais vulnerabilizadas. 🔹 Nesse sentido, ao compreender as dinâmicas e diversidades no terceiro setor, tenho refletido e me esforçado para fomentar redes de apoio, promover a colaboração entre organizações centrais e periféricas e contribuir com programas e políticas que fortaleçam as pequenas ONGs. Não é trivial, claro. Tampouco é para já. É um processo que exige um mergulho profundo no entendimento das necessidades e desafios específicos das organizações, além de um comprometimento contínuo, sobretudo dos investidores sociais, para superar barreiras estruturais e culturais que impendem, sistematicamente, uma colaboração efetiva. Sigo com esperança e sangue no olho.
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O Impacto do Marco Regulatório do Terceiro Setor nas ONGs Brasileiras O Terceiro Setor, composto por fundações, associações e organizações não governamentais (ONGs), desempenha um papel crucial no desenvolvimento social do Brasil. O Marco Regulatório do Terceiro Setor (Lei nº 13.019/2014) foi criado para aumentar a transparência, gestão e sustentabilidade dessas organizações. Este artigo examina os principais efeitos dessa legislação nas ONGs brasileiras e seu impacto nas atividades e contribuições sociais. Uma das mudanças mais significativas trazidas pelo Marco Regulatório é o aumento da transparência nas operações das ONGs. A legislação exige que as organizações apresentem relatórios detalhados sobre suas operações e finanças, o que aumenta a confiança pública e facilita a captação de recursos, pois financiadores e doadores se sentem mais seguros sobre o uso dos fundos. O marco regulatório também regulamenta a colaboração entre ONGs e o governo, tornando o processo de formalização dessas parcerias mais claro e acessível. Isso resultou em uma cooperação mais eficaz entre o governo e as organizações do Terceiro Setor, beneficiando projetos sociais em setores como saúde, educação e assistência social. A lei incentiva uma melhor gestão e governança nas ONGs, exigindo planejamento estratégico e avaliação de impacto. Isso leva à implementação de práticas de gestão mais técnicas e eficazes. A criação de conselhos fiscais e a obrigatoriedade de auditorias independentes são esforços para melhorar a transparência e a responsabilidade administrativa. Além disso, as ONGs têm acesso facilitado a incentivos fiscais e linhas de crédito específicas para o Terceiro Setor. Isso é essencial para a sustentabilidade financeira das organizações, permitindo que ampliem suas atividades e aumentem seu impacto social. A isenção de impostos para certos benefícios também promove a filantropia e o investimento social por parte de empresas privadas. No entanto, as ONGs enfrentaram desafios após a implementação do Marco Regulatório. Os investimentos necessários em capacitação e tecnologia para se adaptar às novas exigências legais podem ser significativos, especialmente para organizações menores. Além disso, a burocratização dos procedimentos de cooperação com o governo pode dificultar a execução de estratégias urgentes. O Marco Regulatório do Terceiro Setor representa um avanço significativo para as ONGs brasileiras, proporcionando um ambiente mais transparente, profissional e sustentável. Embora existam obstáculos, os benefícios em termos de transparência, gestão eficaz e captação de recursos são inquestionáveis. Com a adaptação e melhoria de suas práticas, as organizações terão um impacto social maior, fortalecendo o papel vital do Terceiro Setor no desenvolvimento do Brasil. Siga nossa página no LinkedIn para mais. Juntos, podemos construir um futuro mais justo e sustentável!
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Daiany França Saldanha 🏳️🌈✊🏿 essa reflexão e constatação com a minha trajetória nos fala de oportunidades, invisibilidade, conhecimentos, falta de repertório e muitas outras discrepâncias que o terceiro setor apresenta. As instituições de base(periféricas) têm uma visão das necessidades locais imediatas e isso precisa mudar, tenho refletido e buscado estratégias para avaliar e mudar.... Suas provocações precisam virar tema de fórum, políticas públicas e ações dos grandes empresários desse país! Bora lá criar o Fórum Terceiro Setor Periférico?
Descentralizadora de recursos e informação no terceiro setor | Doutoranda e Mestra em Mudança Social (EACH/USP) | PMDPro | YLAI Fellow | 92Y Ford Fellow | S4D Fellow | ForbesBLK Member | GSMP Alumna
Quando falamos em terceiro setor, não estamos falando de uma coisa só. Acredito que todos concordamos que o chamado #terceirosetor abrange uma diversidade de organizações que atuam em diferentes contextos e com diferentes capacidades. Nesse sentido, tenho olhado -- e criado soluções -- para o nosso campo considerando três principais aspectos: 🔻 1. Origem dos fundadores: O perfil dos fundadores influencia, e muito, a natureza e a atuação das organizações do terceiro setor. ONGs fundadas por indivíduos locais ou líderes comunitários, que muitas vezes não possuem, ou possuem menos, capital simbólico, social, econômico e cultural (Pierre Bourdieu), são mais fieis às necessidades e prioridades específicas de suas comunidades. Por outro lado, aquelas fundadas por indivíduos ou famílias ricas, pessoas famosas ou influentes, de fora dos territórios, podem nascer recheadas de distorções que não necessariamente correspondem às demandas locais. 🔻 2. Localização geográfica: Aqui, as organizações do terceiro setor podem ser "centrais" ou "periféricas". Como sabemos, as ONGs localizadas nos centros econômicos no país, especialmente SP, RJ e MG, geralmente têm maior acesso a recursos, redes de contato e visibilidade na mídia. Em contraste, as ONGs periféricas, ou do "Brasil profundo", como prefiro, frequentemente enfrentam maiores desafios como a falta de infraestrutura adequada, menos recursos financeiros de doações e mais dificuldades de comunicação e reconhecimento. 🔻 3. Poder financeiro: Eu diria que essa é uma combinação, ou resultado, das duas anteriores. As organizações fundadas por indivíduos com maior capital econômico, social e cultural tendem a ter mais recursos financeiros à sua disposição. Enquanto, sabidamente, a localização geográfica também influencia o poder de captação de recursos. O que gera um abismo profundo entre as próprias ONGs, criando relações de subcontratação e subalternidade, prejudicando diretamente as comunidades mais vulnerabilizadas. 🔹 Nesse sentido, ao compreender as dinâmicas e diversidades no terceiro setor, tenho refletido e me esforçado para fomentar redes de apoio, promover a colaboração entre organizações centrais e periféricas e contribuir com programas e políticas que fortaleçam as pequenas ONGs. Não é trivial, claro. Tampouco é para já. É um processo que exige um mergulho profundo no entendimento das necessidades e desafios específicos das organizações, além de um comprometimento contínuo, sobretudo dos investidores sociais, para superar barreiras estruturais e culturais que impendem, sistematicamente, uma colaboração efetiva. Sigo com esperança e sangue no olho.
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Você já parou para pensar se uma ONG precisa dar lucro? No Brasil, os setores 1º (público), 2° (privado) e 3° (social) têm papéis distintos, mas complementares. Enquanto o setor privado busca lucro, o terceiro setor, representado pelas ONGs, foca em impactos sociais e no bem-estar da comunidade. Entender essa dinâmica é fundamental para empresários que desejam contribuir para a transformação social. Afinal, parcerias entre o setor privado e ONGs podem gerar benefícios mútuos e fortalecer a sociedade. Vamos discutir? O que você pensa sobre a relação entre lucro e impacto social? Compartilhe suas ideias nos comentários! #ongs #terceirosetor #empreendedorismodeimpacto #responsabilidadesocial #inovação #tecnologia
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🔍 Enfrentando os Desafios Críticos das ONGs: Legitimidade, Eficiência, Continuidade e Colaboração 📊 Dados alarmantes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) revelam que 1/3 de todas as organizações da sociedade civil (OSCs) fundadas no Brasil nos últimos 120 anos já encerraram suas atividades. E o cenário é ainda mais desafiador desde a década passada: para cada duas organizações que abriram até 2009, uma fechou. Entre 2010 e 2019, os fechamentos representaram quase metade (46%) do número de novas aberturas. 📈 Para reverter esse quadro, é fundamental que as ONGs enfrentem quatro desafios críticos destacados por Falconer (1998): Desafio da Legitimidade: Precisamos investir na difusão de informações sobre o Terceiro Setor e na conscientização pública sobre a atuação das ONGs. A educação pública é essencial para reforçar a credibilidade e importância do nosso trabalho. Desafio da Eficiência: Mostrar a competência do setor é crucial. Devemos aperfeiçoar nossos sistemas de administração e desempenho, garantindo liderança e transparência para a sociedade. Desafio da Continuidade: A sustentabilidade financeira é vital em um contexto de escassez de recursos e alta competitividade. Uma gestão inteligente de captação de recursos pode garantir a continuidade das nossas atividades. Desafio da Colaboração: A colaboração deve ocorrer em três esferas: com o Estado, com o setor empresarial e entre as próprias ONGs. Parcerias sólidas podem fortalecer nossa atuação e impacto. 🚀 E é por isso que sou apaixonada por gerenciamento de programas e projetos, acredito que um gerenciamento eficaz pode ser a chave para superar esses desafios. Ao alinharmos projetos estratégicos e otimizarmos recursos, podemos garantir que cada iniciativa contribua significativamente para nossos objetivos a longo prazo. A integração e priorização correta dos projetos dentro de um portfólio bem gerido permite não apenas a maximização do impacto social, mas também a sustentabilidade e eficiência operacional. 🤝 Convido todos a compartilhar suas experiências e ideias sobre como podemos fortalecer nossas OSCs e garantir sua continuidade. #ONGs #TerceiroSetor #GerenciamentoDeProjetos #Sustentabilidade #Eficiência #Colaboração #Legitimidade #ImpactoSocial #GestãoInteligente
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KPIs e Dados: A Bússola para Medir o Impacto Real nas ONGs 🧭📊 No setor social, o sucesso de um projeto vai além das intenções. Para garantir que os esforços realmente transformem vidas, é essencial acompanhar de perto o que está funcionando e o que precisa ser ajustado. E é aqui que entram os indicadores de performance (KPIs). Indicadores-chave de Desempenho (KPIs) são como uma bússola 🧭: eles guiam as ONGs no caminho certo, mostrando onde os recursos estão sendo bem aplicados 💡 e onde é necessário ajustar a rota para atingir os objetivos 🎯. Por que os KPIs são tão importantes para as ONGs? 1. Medir o que importa: 📈 Ao criar KPIs, ONGs conseguem acompanhar métricas essenciais, como número de beneficiários atendidos, fundos arrecadados 💰 e resultados obtidos. Isso permite que as organizações saibam, com precisão, o impacto real que estão gerando. 2. Ajustes em tempo real: ⏱️ Com a análise de dados, as ONGs podem monitorar continuamente o desempenho de seus projetos e fazer ajustes rápidos 🔄, garantindo que cada ação seja mais eficiente. Imagine uma ONG de saúde que, ao monitorar o número de consultas médicas realizadas 🏥, descobre que pode aumentar a capacidade com pequenos ajustes logísticos. Isso é agir com base em evidências. 📊 3. Transparência e confiança: 🤝 Relatórios claros e dados sólidos geram confiança em doadores e parceiros. Quando uma ONG pode mostrar o impacto de cada centavo investido 💵, ela ganha credibilidade e abre portas para novas colaborações. Quando as ONGs conseguem medir seu impacto de forma precisa e em tempo real ⏳, elas podem agir com mais foco 🔍 e maximizar o retorno de cada iniciativa. Mais do que números, os KPIs representam vidas transformadas❤️.
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Assim como na Embaixadores da Educação, muitas ONGs começam com uma causa muito forte, movidas pela vontade de fazer a diferença e gerar impacto positivo na sociedade. É essa causa que dá vida aos nossos projetos e atrai pessoas para se engajarem. No entanto, na correria do dia a dia, é mais comum do que se imagina que a gestão e a governança acabem ficando em segundo plano. O propósito muitas vezes nos envolve tanto que acabamos não priorizando 100% a gestão das nossas organizações, o que pode levar a problemas até mesmo nas tomadas de decisão. Com o tempo, isso compromete a sustentabilidade e o impacto que tanto buscamos. E sabe de uma coisa? Nunca é tarde para começar a estruturar a governança. Talvez o momento certo para investir tempo e dedicação nisso seja agora! Precisamos ter essa consciência para dar os próximos passos. Fortalecer a gestão e a governança das nossas ONGs vai nos trazer mais clareza, eficiência e, o mais importante, ajudar nossas organizações a crescerem de forma sustentável. Com uma estrutura bem definida, vamos aumentar nosso impacto, atrair mais recursos e, principalmente, continuar transformando vidas. Então, se esse é o momento de dar um passo à frente, não deixe passar. Assim como estamos fazendo com a nossa organização, decida priorizar a governança, para nos tornarmos ainda mais fortes e preparadas para enfrentar os desafios que virão. E, para ajudar nessa decisão, compartilho quatro benefícios de tantos outros, que nossas ONGs podem conquistar ao investir em uma governança sólida. #Governança
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"Mas por que vocês são uma ONG?" Escuto essa pergunta literalmente todos os dias, em especial de pessoas do setor privado, após apresentar nosso trabalho na ImpulsoGov. Muitas vezes essa pergunta não é apenas uma pergunta. É um julgamento. Que me incomoda. A pergunta é natural dado que parte do que fazemos lembra uma empresa/startup. Desenvolvemos produtos digitais. Metas claras de crescimento. Visão de escala nacional. Disputamos talentos com as melhores empresas nacionais e internacionais. Mas a resposta é também muito natural: quando eu e a Isabel Opice fundamos a ImpulsoGov, nos perguntamos o que era mais importante para nós: ter o maior impacto social possível, ou o maior lucro possível? A resposta era clara. O modelo de ONG foi consequência. O julgamento implícito é “vocês parecem estar fazendo um trabalho sério, dedicado, profissional, ambicioso - por que são uma ONG?”. Eu entendo de onde vem isso. Fico muito incomodado até hoje, mas entendo. Para muita gente a reputação do terceiro setor ainda é de amadorismo. Lentidão. Falta de metas. Visão pouco clara. Como se boas intenções tornassem desnecessário o profissionalismo. Me incomoda saber que a conversa começou com esse estereótipo, e cabe a mim ou a outros representantes da ImpulsoGov reverter uma primeira impressão negativa. Eu mesmo já interagi com incontáveis ONGs que se encaixam no estereótipo. Mas também já interagi com ONGs melhor organizadas do que boa parte das empresas que eu conheço. (Me formei em Economia, a maior parte do meu círculo social está no mercado privado). Vejo um enorme desafio: gestão de excelência em cenário de escassez de recursos, problema crônico do terceiro setor. Escreverei mais sobre isso em breve. Enquanto não resolvemos essa parte, compartilho aqui duas ideias que, acredito, podem tornar esses diálogos mais produtivos: 1. Se você é do setor privado → não assuma que ONGs são mal geridas ou pouco ambiciosas. 2. Se você é do terceiro setor → não deixe sua organização ser mal gerida ou pouco ambiciosa. Seu trabalho tem mais potencial de impacto do que 99% das empresas. Você precisa trabalhar muito melhor do que elas. #terceirosetor #impactosocial #gestão
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🌍 A Realidade do Terceiro Setor no Brasil 🌍 O terceiro setor no Brasil desempenha um papel crucial na promoção da justiça social, no combate à desigualdade e no apoio às comunidades mais vulneráveis. Composto por ONGs, associações, fundações e outras organizações sem fins lucrativos, o setor é movido pelo compromisso de transformar vidas e gerar impacto positivo. No entanto, a realidade do terceiro setor no Brasil é desafiadora. Muitas organizações enfrentam dificuldades financeiras e operacionais, especialmente em tempos de crise econômica. A sustentabilidade financeira é uma preocupação constante, e a dependência de doações e financiamento público pode limitar a capacidade de ação dessas entidades. Além disso, a burocracia e a falta de incentivos fiscais adequados tornam o ambiente ainda mais complexo. Mesmo assim, a resiliência e a criatividade dessas organizações são notáveis. Elas continuam a inovar e a buscar parcerias estratégicas para garantir que suas missões sejam cumpridas. 🤝 O papel de todos nós: Empresas, governos e indivíduos podem fazer a diferença apoiando o terceiro setor, seja por meio de doações, voluntariado ou parcerias. Juntos, podemos fortalecer essas instituições e contribuir para um Brasil mais justo e inclusivo. Vamos continuar a apoiar e valorizar o trabalho incrível realizado por essas organizações que são a verdadeira espinha dorsal da mudança social no país! #TerceiroSetor #ImpactoSocial #InovaçãoSocial #Sustentabilidade #ResponsabilidadeSocial
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