Assim como na Embaixadores da Educação, muitas ONGs começam com uma causa muito forte, movidas pela vontade de fazer a diferença e gerar impacto positivo na sociedade. É essa causa que dá vida aos nossos projetos e atrai pessoas para se engajarem. No entanto, na correria do dia a dia, é mais comum do que se imagina que a gestão e a governança acabem ficando em segundo plano. O propósito muitas vezes nos envolve tanto que acabamos não priorizando 100% a gestão das nossas organizações, o que pode levar a problemas até mesmo nas tomadas de decisão. Com o tempo, isso compromete a sustentabilidade e o impacto que tanto buscamos. E sabe de uma coisa? Nunca é tarde para começar a estruturar a governança. Talvez o momento certo para investir tempo e dedicação nisso seja agora! Precisamos ter essa consciência para dar os próximos passos. Fortalecer a gestão e a governança das nossas ONGs vai nos trazer mais clareza, eficiência e, o mais importante, ajudar nossas organizações a crescerem de forma sustentável. Com uma estrutura bem definida, vamos aumentar nosso impacto, atrair mais recursos e, principalmente, continuar transformando vidas. Então, se esse é o momento de dar um passo à frente, não deixe passar. Assim como estamos fazendo com a nossa organização, decida priorizar a governança, para nos tornarmos ainda mais fortes e preparadas para enfrentar os desafios que virão. E, para ajudar nessa decisão, compartilho quatro benefícios de tantos outros, que nossas ONGs podem conquistar ao investir em uma governança sólida. #Governança
Publicação de Polyane Costa
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🔍 Enfrentando os Desafios Críticos das ONGs: Legitimidade, Eficiência, Continuidade e Colaboração 📊 Dados alarmantes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) revelam que 1/3 de todas as organizações da sociedade civil (OSCs) fundadas no Brasil nos últimos 120 anos já encerraram suas atividades. E o cenário é ainda mais desafiador desde a década passada: para cada duas organizações que abriram até 2009, uma fechou. Entre 2010 e 2019, os fechamentos representaram quase metade (46%) do número de novas aberturas. 📈 Para reverter esse quadro, é fundamental que as ONGs enfrentem quatro desafios críticos destacados por Falconer (1998): Desafio da Legitimidade: Precisamos investir na difusão de informações sobre o Terceiro Setor e na conscientização pública sobre a atuação das ONGs. A educação pública é essencial para reforçar a credibilidade e importância do nosso trabalho. Desafio da Eficiência: Mostrar a competência do setor é crucial. Devemos aperfeiçoar nossos sistemas de administração e desempenho, garantindo liderança e transparência para a sociedade. Desafio da Continuidade: A sustentabilidade financeira é vital em um contexto de escassez de recursos e alta competitividade. Uma gestão inteligente de captação de recursos pode garantir a continuidade das nossas atividades. Desafio da Colaboração: A colaboração deve ocorrer em três esferas: com o Estado, com o setor empresarial e entre as próprias ONGs. Parcerias sólidas podem fortalecer nossa atuação e impacto. 🚀 E é por isso que sou apaixonada por gerenciamento de programas e projetos, acredito que um gerenciamento eficaz pode ser a chave para superar esses desafios. Ao alinharmos projetos estratégicos e otimizarmos recursos, podemos garantir que cada iniciativa contribua significativamente para nossos objetivos a longo prazo. A integração e priorização correta dos projetos dentro de um portfólio bem gerido permite não apenas a maximização do impacto social, mas também a sustentabilidade e eficiência operacional. 🤝 Convido todos a compartilhar suas experiências e ideias sobre como podemos fortalecer nossas OSCs e garantir sua continuidade. #ONGs #TerceiroSetor #GerenciamentoDeProjetos #Sustentabilidade #Eficiência #Colaboração #Legitimidade #ImpactoSocial #GestãoInteligente
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Existem no Brasil 897.054 Organizações Não Governamentais (ONGs) criadas i) sem finalidade lucrativa, ii) sem distribuição de resultados financeiros e iii) que aplicam sua receita na finalidade estatutária e no Brasil, sob as naturezas jurídicas de associação ou fundação. TERCEIRO SETOR é a denominação que se dá ao nicho de mercado que reúne as ONGs que realizam atividades de interesse social, que promovam impacto social positivo e auxiliam o Estado na solução de problemas sociais. Há quem defenda que o Terceiro Setor deveria se chamar SETOR UM E MEIO, termo que descreveria a interação entre o setor público (setor um) e o setor privado (setor dois), com características híbridas que combinam aspectos dos dois setores. Outros sustentam que o Terceiro Setor deveria se chamar SETOR DOIS E MEIO, fruto da intersecção entre o setor público e ONGs que operam com modelos de negócios sustentáveis e geradores de receita. Não basta às ONGs não possuírem fins lucrativos para se enquadrar no conceito de Terceiro Setor. É preciso mais, diante da vastidão das atividades desenvolvidas por elas. Elas precisam desenvolver atividade promocional de interesse público e ter por finalidade essencial a garantia, defesa e/ou promoção de direitos fundamentais, estes nas suas quatro dimensões. A ONG que i) não desenvolver atividades de interesse social, ii) não realizar benefícios à população e iii) não prestar serviços de relevância pública voltados à concretização de direitos fundamentais NÃO pode ser considerada como integrante do Terceiro Setor. Doutrinadores sugerem que entidades que assim atuam poderiam compor o QUARTO SETOR, terminologia ainda relativamente desconhecida e sobre a qual não há consenso. Escrevi no meu livro “O Terceiro Setor em Perspectiva – da Estrutura à Função Social”, de 2011: “Nossa sugestão de classificação das entidades se resume a separar aquelas que trazem benefício direto à população e cujas atividades têm interesse social daquelas que trazem benefício direto somente àqueles que delas participam e que são os seus únicos destinatários.” Você sabia dessas denominações, caro leitor?
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Sempre entendi que a importância dos dirigentes e conselheiros voluntários nas organizações sociais é multifacetada, além de vital para o sucesso e #sustentabilidade dessas entidades. A boa governança das organizações sociais deve partir de uma base sólida de princípios e práticas que garantam a sua eficácia e credibilidade, como a adoção dos critérios #ESG (Ambiental, Social e Governança), a transparência, responsabilidade social, prestação de contas (accountability), e equidade - como preconizam os principais modelos internacionais. Estou celebrando a grande oportunidade de contribuição que me foi oferecida (e agora venho relatar), por intermédio de duas organizações muito sérias e que até dispensam maiores apresentações, que são o IDIS - Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e a Fundação FEAC, para abraçar a sua iniciativa recente, com a criação do "Programa de Formação e Matching de Dirigentes Voluntários". Os dirigentes voluntários desempenham um papel fundamental ao oferecer segurança, amor pela causa, experiência em boa governança, e conhecimentos para a construção de soluções inovadoras. Sem falar, por exemplo, na contribuição efetiva da adição das suas próprias redes de relacionamentos, abrindo novos caminhos e perspectivas para as organizações que apoiam. Os dirigentes e conselheiros voluntários em tempos complexos do cenário que vivemos aqui no Brasil e no mundo, também são essenciais para fortalecer e ampliar os serviços e programas das organizações de interesse social, quer seja otimizando os recursos materiais, como capacitando e fortalecendo as habilidades e competências dos recursos humanos: Com eles, são trazidos novos saberes, talentos e conhecimentos, que são fundamentais para a relação com a comunidade e também com investidores e parceiros, aproximando os benfeitores dos mais vulneráveis e das causas. Entendo também, com a experiência profissional e de vida no #terceirosetor, #filantropia e #ONGs como gestor em organizações de impacto conhecidas, como o ICLEI, o Senac Minas, a ChildFund Brasil, a Rede Marista, o GIFE, o Seconci-SP - Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo, a UEVOM, o @CNEP, entre tantos outros, que a presença de voluntários em cargos de liderança e aconselhamento também tem um impacto econômico significativo: Essa monetização, contabilização (accountability) ou valoração é importante para promover o #voluntariado, e reconhecer os resultados e o impacto das ações sociais desenvolvidas por voluntários, numa demonstração - muitas vezes para além do valor social e pessoal, da contribuição para as organizações, seus beneficiários diretos, e para a sociedade como um todo. Parabéns pela iniciativa, a todos que se mobilizam para colocá-la em prática e aos demais que aceitaram esse desafio comigo! Que ela possa se consolidar, criar #capilaridade e multiplicar por todo o #Brasil. Vamos em frente! Exponentialis Aprendizagem e Educação Transformadora educaZAP 4mentors
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Em janeiro, contei aqui - https://lnkd.in/dE-E4YaU - que meu modelo de desenvolvimento institucional é sustentado pelo tripé: planejamento, pessoas e parcerias. 🔶 #Planejamento: O primeiro P enfatiza a importância de um planejamento adequado, ou seja, a capacidade de uma ONG de definir seus objetivos, estratégias e metas (gosto de começar esse trabalho a partir da identificação de problemas específicos). Como costumo dizer às organizações que acompanho: planejamento não é tudo, mas é 100%. ⚠ Muitas ONGs enfrentam dificuldades para priorizar o planejamento. No dia a dia, é comum que as urgências e demandas imediatas consumam a maior parte dos recursos e da atenção dos gestores e equipes (cenário comum por aí?). Esse foco no curto prazo pode levar à negligência do planejamento, comprometendo a capacidade da organização de se adaptar a mudanças rapidamente, identificar oportunidades de desenvolvimento e trabalhar pela sua sustentabilidade. 🔶 #Pessoas: O segundo P se relaciona com os indivíduos. Funcionários, voluntários e beneficiários são o coração de qualquer ONG. Não é nenhuma novidade que cuidar das pessoas e investir em relacionamento saudável, treinamento e bem-estar delas fomenta um ambiente de trabalho motivador, inspirador e transformador, para dentro e para fora. ⚠ Nesse pilar, um dos maiores desafios das ONGs é assegurar o bem-estar dos funcionários em meio a altas demandas de trabalho e remuneração nada competitiva, o que pode levar ao estresse e criar um ambiente de trabalho desmotivante e potencialmente tóxico. Lidar com burnout, conflitos interpessoais e uma cultura de sacrifício pessoal (insustentável) são aspectos críticos que exigem estratégias focadas no cuidado com a equipe e na promoção de um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal. 🔶 #Parcerias: O terceiro P destaca a importância de construir e manter parcerias estratégicas. Em um mundo cada vez mais interligado, as ONGs podem realizar muito mais quando trabalham em conjunto com outras organizações do seu território, setor privado, governos e a sociedade civil. Afinal de contas, não se gera impacto positivo sozinho! ⚠ Um dos principais desafios nas parcerias para ONGs está em construir e manter relações de confiança em meio às complexas dinâmicas de poder. Estabelecer parcerias genuínas e equitativas muitas vezes esbarra na dificuldade de alinhar objetivos entre organizações com diferentes níveis de influência, recursos e prioridades. A negociação de interesses pode ser desafiadora, especialmente quando há um desequilíbrio significativo de poder. Manter a integridade e a independência da organização enquanto se busca colaborar efetivamente com parceiros mais poderosos ou com agendas divergentes requer habilidade, diplomacia e uma forte aderência aos valores fundamentais da organização. Faz sentido? Para as ONGs com as quais trabalho, tem sido eficaz! (:
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Estamos na Revista Pequenas Empresas & Grande Negócios! O impacto da Phomenta na construção de um Terceiro Setor mais fortalecido foi tema da matéria “Este negócio de impacto fatura R$ 3 milhões com modelo autossustentável para apoiar ONGs” Enquanto integrante do time de círculo Saúde Organizacional da organização, essa notícia me enche de orgulho e me inspira ainda mais a seguir apoiando as ONGs Confira o texto completo:
Este negócio de impacto fatura R$ 3 milhões com modelo autossustentável para apoiar ONGs
revistapegn.globo.com
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Captar recursos para manter suas atividades acaba sendo uma das principais dores para qualquer organização social. Esse é o meu principal desafio, e também o de todas as lideranças da área com quem converso. Esta semana vou compartilhar algumas das ações que realizamos na Cidadão Pró-Mundo para aumentar nossa captação nos últimos anos, e que podem ajudar outras ONGs. Vou adorar ouvir outras ideias de quem está por aqui. 😉 A primeira delas, que é uma das mais recentes, foi a criação de um Comitê de Captação de Recursos. Como funciona? Basicamente, temos um grupo de pessoas, a maioria voluntárias mas com alguns membros da equipe contratada, que trabalham com o objetivo de promover as melhores práticas na busca de captação de recursos, relacionamento institucional e promoção de parcerias na organização. Os passos para criar o Comitê foram: 1. Abrimos para voluntários que atuam ou já atuaram conosco, especialmente em posições de gestão e governança, e que tivessem interesse em compor o grupo. Também identificamos e convidamos pessoas externas, mas próximas da ONG, com perfil técnico para essa área. 2. Foi elaborado um regimento interno, aprovado pelo Conselho de Administração, que detalha os objetivos, número e perfil de participantes (com a possibilidade de membros efetivos e convidados), além das atribuições e funcionamento (frequência de reuniões, como são as votações etc.). 3. Estabelecemos uma periodicidade para as reuniões, com pautas prioritárias para cada uma delas, além da abertura para que cada membro possa trazer oportunidades, cases e novas ideias. Ter um grupo maior de pessoas se envolvendo ativamente na captação de recursos de forma estratégica tem sido muito produtivo, e nos ajuda a pensar novas possibilidades, fazer outras conexões e melhorar nosso pitch e posicionamento. Aproveito para agradecer todos os membros que embarcaram nessa empreitada para tornarmos a CPM cada vez mais sustentável: Bruno Justino, Gabrielly Moretti, Marlon Sousa PMP, DASM, PMDPro, MBA, Rodrigo Simões, Arthur Dassan, Renato F., Fabio Takahashi, Daniel Cleffi, Cristiane Naco Sassatani e Aline Ferreira. Thank you! 💙 #impactosocial #captaçãoderecursos #terceirosetor #governança
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Existem mais de 800 mil Organizações da Sociedade Civil (OSCs) no Brasil, segundo mapeamento do Ipea. Essas OSCs abraçam uma série de causas e refletem uma diversidade cultural expressiva. São Paulo é o Estado que mais têm OSCs registradas no país, contribuindo para o sudeste ser a região mais povoada por elas. A capital paulista é a cidade que conta com o maior número: 50.021. Já Roraima e o Norte são o Estado e a região com menor número de OSCs presentes. Apesar da concentração no Sudeste, os agentes da filantropia e do investimento social têm expandido seu alcance, construindo uma potência regional antes inédita. Não há uma única cidade brasileira que não tenha pelo menos uma instituição sem fins lucrativos, sendo Taquaral, no interior de São Paulo, o município com o menor número delas: três. A Incentiv, ecossistema de impacto social, tem hoje sede em Floripa, reforçando o compromisso com a descentralização do investimento social e o fortalecimento de iniciativas regionais. Seu objetivo é potencializar o impacto positivo em diversas regiões do Brasil. O terceiro setor contribui com 4,27% do produto interno bruto brasileiro, segundo a Fipe, percentual que dá ideia do peso da filantropia para a economia nacional, superior ao de fabricação de automóveis, ônibus e caminhões no país, cuja contribuição ao PIB é de cerca de 1,73 %. Paralelamente, muitas empresas têm redirecionado recursos para atender às necessidades das comunidades locais onde operam, integrando-se de maneira mais eficaz às especificidades regionais. A intenção é promover o desenvolvimento social local e fortalecer causas importantes para a sociedade, ao mesmo tempo em que diversificam o mercado. E você, quais estratégias ou iniciativas tem adotado para impulsionar o desenvolvimento social em sua região e fortalecer o ecossistema local? Compartilhe suas experiências nos comentários e junte-se à conversa!
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As ONGs são instituições sem fins lucrativos que fazem parte do Terceiro Setor, conhecido como setor produtivo público não estatal ou setor sem fins lucrativos. Elas desempenham um papel importante no desenvolvimento social, ambiental e econômico, investindo em projetos sociais e oferecendo serviços para a sociedade. No Brasil, as ONGs atuam em áreas como meio ambiente, saúde, assistência social, cultura, educação, desenvolvimento e defesa dos direitos, e habitação. As maiores ONGs brasileiras estão concentradas no sul e sudeste do país, com destaque para São Paulo. Elas geralmente se focam nas áreas de saúde, assistência social, educação e preservação ambiental, e empregam um grande número de colaboradores. A internet e as redes sociais têm potencializado sua visibilidade e impacto. Entre as principais ONGs do Brasil estão: SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina): Atua na área médica com mais de 40 mil colaboradores. ISJB (Inspetoria São João Bosco): Focada em educação e cultura, com cerca de 8 mil colaboradores. Fundação Bradesco: Promove inclusão social por meio da educação, com cerca de 4 mil colaboradores. SOS Mata Atlântica: Trabalha pela preservação da floresta Atlântica e conta com mais de 300 mil afiliados. Instituto Ethos: Ajuda empresas a adotarem práticas socialmente responsáveis. Instituto Natura: Focado na melhoria da Educação Básica, sustentado pelos lucros da empresa Natura. Fundação Abrinq: Protege os direitos das crianças e adolescentes, atuando em educação, proteção e saúde. A Chiapin Contadores oferece consultoria, mentoria e serviços para ONGs e empresas sem fins lucrativos, ajudando-as a alcançar resultados de alto impacto social. #ChiapinContadores #Contabilidade #ONGs #Transparência #GestãoEficiente #ConformidadeLegal #CaptaçãoDeRecursos #ImpactoSocial
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Redes são fundamentais para fortalecer agendas, promover a troca de conhecimento, ampliar discussões e potencializar soluções. Quando filantropias se organizam, elas potencializam seu alcance ao alinhar objetivos comuns, colaborar e direcionar esforços na mesma direção, em vez de trabalharem isoladamente frente a complexidade dos desafios existentes. Redes favorecem diferentes contribuições e acesso à conhecimentos e experiências, além de proporcionar uma visão ao nível local. Elas também podem gerar mais visibilidade dos problemas existentes junto a atores estratégicos para a solução – algo que pode ser mais desafiador quando se atua de forma isolada. De maneira não exaustiva, recomendaremos coletivos e organizações que têm trabalhado para disseminar a atuação da filantropia em prol da agenda de mudanças de clima. Tem outros conteúdos para indicar? Comente aqui também! #MêsdaFilantropiaqueTransforma #EuApoioTransformação Rede Comuá
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Uma leitura necessária aos que atuam no Terceiro Setor.
Descentralizadora de recursos e informação no terceiro setor | Doutoranda e Mestra em Mudança Social (EACH/USP) | PMDPro | YLAI Fellow | 92Y Ford Fellow | S4D Fellow | ForbesBLK Member | GSMP Alumna
Quando falamos em terceiro setor, não estamos falando de uma coisa só. Acredito que todos concordamos que o chamado #terceirosetor abrange uma diversidade de organizações que atuam em diferentes contextos e com diferentes capacidades. Nesse sentido, tenho olhado -- e criado soluções -- para o nosso campo considerando três principais aspectos: 🔻 1. Origem dos fundadores: O perfil dos fundadores influencia, e muito, a natureza e a atuação das organizações do terceiro setor. ONGs fundadas por indivíduos locais ou líderes comunitários, que muitas vezes não possuem, ou possuem menos, capital simbólico, social, econômico e cultural (Pierre Bourdieu), são mais fieis às necessidades e prioridades específicas de suas comunidades. Por outro lado, aquelas fundadas por indivíduos ou famílias ricas, pessoas famosas ou influentes, de fora dos territórios, podem nascer recheadas de distorções que não necessariamente correspondem às demandas locais. 🔻 2. Localização geográfica: Aqui, as organizações do terceiro setor podem ser "centrais" ou "periféricas". Como sabemos, as ONGs localizadas nos centros econômicos no país, especialmente SP, RJ e MG, geralmente têm maior acesso a recursos, redes de contato e visibilidade na mídia. Em contraste, as ONGs periféricas, ou do "Brasil profundo", como prefiro, frequentemente enfrentam maiores desafios como a falta de infraestrutura adequada, menos recursos financeiros de doações e mais dificuldades de comunicação e reconhecimento. 🔻 3. Poder financeiro: Eu diria que essa é uma combinação, ou resultado, das duas anteriores. As organizações fundadas por indivíduos com maior capital econômico, social e cultural tendem a ter mais recursos financeiros à sua disposição. Enquanto, sabidamente, a localização geográfica também influencia o poder de captação de recursos. O que gera um abismo profundo entre as próprias ONGs, criando relações de subcontratação e subalternidade, prejudicando diretamente as comunidades mais vulnerabilizadas. 🔹 Nesse sentido, ao compreender as dinâmicas e diversidades no terceiro setor, tenho refletido e me esforçado para fomentar redes de apoio, promover a colaboração entre organizações centrais e periféricas e contribuir com programas e políticas que fortaleçam as pequenas ONGs. Não é trivial, claro. Tampouco é para já. É um processo que exige um mergulho profundo no entendimento das necessidades e desafios específicos das organizações, além de um comprometimento contínuo, sobretudo dos investidores sociais, para superar barreiras estruturais e culturais que impendem, sistematicamente, uma colaboração efetiva. Sigo com esperança e sangue no olho.
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Gerente de Projetos | Aprendizagem | Educação Corporativa | Desenvolvimento de líderes e equipes
5 mOlá Polyane, Bom dia! Espero que você esteja bem! Excelente texto e dicas! Abraços, Érika