Publicação de Marisa Graziela de de Souza Gomes

Estratégias como colocar a erva de chimarrão nos vasos e fazer uma compostagem com lixo orgânico são extremamente válidas para que possamos lidar com a quantidade de lixo produzido. Mas... Nós não vivemos em Alice no país das maravilhas. A realidade é que temos muito lixo a ser reciclado. É muito lindo falar que qualquer lata ou caixa pode virar uma composteira. A ideia é genial. Fato. Mas se dependesse apenas da boa vontade, o Brasil não reciclaria se apenas 1% dos seus resíduos orgânicos. A gente já tem que erguer as mãos pro céu se a população separar o lixo seco do orgânico. No condomínio onde eu moro, nem isso se faz direito pelo simples fato de que as placas que indicam a separação desses resíduos foram se deteriorando com o tempo e não foram recolocadas. A inoperância administrativa começa com os síndicos, que deveriam ser mais cobrados. O tempo que a funcionária da limpeza demora para separar o lixo adequadamente, colocando em grandes sacos, poderia ser destinado à compostagem por exemplo. Porém, se isso acontecesse seria muito lixo para pouco jardim. Só eu, com 2 filhas, produzo um balde de 5 litros de lixo orgânico a cada 3 dias. Multiplique isso por 3 torres com 30 moradores. Será que as praças e áreas verdes dão conta de receber todo esse lixo vindo de casas e condomínios? E quanto às vilas? A chance de alguém que tem banheiro em casa, esgoto tratado e coleta seletiva no bairro onde mora fazer uma composteira em casa é maior do que alguém que nem sequer possui acesso a essas condições básicas de sobrevivência. Portanto, as práticas sustentáveis devem começar de maneira simples, didática e de acordo com os costumes e desafios regionais para que atendam todas as classes sociais. #lixoorganico #descarteconsciente #sustentabilidade

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