Publicação de Ministério das Relações Exteriores de Angola

O Dia da Assinatura do Acordo de Paz entre Moçambique e Portugal, celebrado em 7 de setembro de 1974, constitui um marco significativo na história de Moçambique, simbolizando o término de séculos de colonização portuguesa e o início do processo de independência do país. Este acordo foi firmado em Lusaka, Zâmbia, após intensas negociações entre o governo português e a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), que liderou a luta armada pela emancipação do território moçambicano desde 1964. A assinatura do acordo ocorreu em um contexto de profundas mudanças políticas tanto em Portugal quanto em suas colônias africanas. Em Portugal, a Revolução dos Cravos, ocorrida em abril de 1974, resultou na queda da ditadura do Estado Novo, acelerando o processo de descolonização. Paralelamente, em Moçambique, após uma década de conflito armado, o anseio por liberdade e autodeterminação tornava-se cada vez mais evidente. O Acordo de Lusaka, como é comumente denominado, estabelecia a transferência de poder à FRELIMO e previa a proclamação oficial da independência de Moçambique, que se concretizou em 25 de junho de 1975. Este momento representou não apenas o fim do domínio colonial, mas também o início de uma nova fase de construção nacional, marcada por desafios significativos, porém permeada pela esperança de um futuro de paz e desenvolvimento. Este dia é celebrado por sua relevância histórica, destacando a resiliência e a determinação do povo moçambicano, ao mesmo tempo em que simboliza o início de uma nova era de soberania. O acordo de paz entre Moçambique e Portugal é, ainda hoje, considerado um marco da luta anticolonial em África, servindo de inspiração para outros movimentos de libertação no continente.

11 de Novembro 1975 ! A independência de Angola constituiu desde o início do processo político pos-25 de abril um dos assuntos mais complexos e problemáticos, um dos que gerou maiores tensões entre os militares. Angola era a joia da coroa entre as colónias portuguesas, a mais rica, a que concentrava a maior comunidade de colonos brancos, aquela onde a situação militar era a mais favorável às forças portuguesas e onde, pelo contrário, os movimentos independentistas eram mais fracos e se encontravam em pior situação, divididos e dependentes de apoios externos antagónicos: a FNLA dependente dos EUA e da República do Zaire, o MPLA na órbita da URSS e apoiado pela Zâmbia, a UNITA ligada à China e formalmente aliada do governo português de Marcelo Caetano. A intervenção das grandes potências na independência de Angola era inevitável e o general Spínola aproveitou uma viagem de regresso da Europa aos Estados Unidos de Richard Nixon para se reunir com o presidente americano a 19 de junho de 1974 nos Açores, numa reunião onde terá abordado a independência da grande colónial. A 28 de julho, depois do governo português ter reconhecido no dia anterior o direito à independência das colónias, o MPLA e a FNLA concordam em criar uma frente comum para negociar com Portugal a independência de Angola. O futuro de Angola interessava à comunidade internacional e em particular aos seus vizinhos. A 15 de Setembro, o general Spínola e Mobutu, presidente do Zaire, reuniram-se no Sal, em Cabo Verde, para conversações sobre a independência. Spínola tentava obter um compromisso de não intervenção do Zaire na descolonização de Angola e tinha um plano para declaração de independência unilateral. À data da independência, o território angolano encontrava-se dividido entre os três movimentos nacionalistas, pelo que todos proclamaram unilateralmente a independência. O Acordo de Alvor define um modelo de transferência de poderes e cria os instrumentos-base do esforço comum para que Angola se venha a tornar um estado independente a 11 de Novembro de 1975. A todos que lutaram nas matas, nas cidades de Angola e a todos aqueles,que foram parte da actividade Clandestina em Angola e no exterior do País,para que o Povo Angolano podesse chegar a esta data gloriosa que ficou nas memórias dos que já partiram e dos que ainda estão vivos,e que assistiram ao resgate das terras dos nossos antepassados,que se encontravam em posse dos colonos ! O nosso muito obrigado Reforçar de força simplista que Independência não é apenas liberdade para nos tornamos independentes, é necessário, justamente, desenvolver distintas formas de encarar a realidade, além de conseguir resolver de forma estratégica os problemas que se apresentam, ou seja, encontrar saídas saudáveis, adaptáveis e funcionais, para todos vivermos de forma saudável e aceitável! Um muito obrigado e bom feriado para todos 🙏🏾🙏🏾 Fonte: - Aniceto Afonso, Carlos Matos Gomes e Maria Inácia Rezola. - Sérgio Araújo

RELAÇÕES EXTERIORES I Objetivos incluem reduzir tensões, aumentar a assistência humanitária, condenar o uso de armas de destruição em massa e propor uma conferência internacional de paz.  #guerra #acordo #proposta #paz #acordodepaz #ucrania #russia #brasil #relaçõesexteriores #foz #china https://lnkd.in/e-cXw8fj

Memorando de entendimento entre RDC e Rwanda sob mediação de Angola, uma conquista para a Diplomacia Angolana, para a região e para o Continente Africano de forma geral É uma conquista diplomática para Angola o facto de ter tido sucesso no papel de mediadora do conflito envolvendo o Rwanda e a RDC, cessar fogo que entrou em vigor hoje, dia 04 de Agosto de 2024, reforçando mais uma vez a grande importância do país sobre as questões de paz e segurança. Esta paz é benéfica pois propiciará o desenvolvimento não apenas dos dois países, como também terá uma grande relevância sobre as relações dentro da região, podendo vir a impactar directamente sobre a SADC Os dois governos envolvidos, a par de Angola que apareceu como mediadora do conflito, estão também de parabéns pois percebem que os dias de hoje exigem um elevado nível de maturidade política para por via disso puderem guiar de uma maneira mais tranquila os seus interesses e relações, é demasiado importante que tanto de um lado como outro exista agora a capacidade de se cumprir de facto com este memorando de entendimento no sentido de não serem levantadas novamente questões entre ambas as partes. Se pode afirmar de maneira categórica que o principal instrumento da Política Externa dos Estados, que é a Diplomacia teve o maior sucesso e um belo efeito, e que a República de Angola aparece cada vez mais como um player demasiado relevante para as Relações Internacionais não apenas na sua região como também no continente de uma forma geral, já que o conflito desde o seu surgimento sempre foi tema de destaque nos principais fóruns continentais de África e poderá aumentar a influência de Angola até mesmo dentro da União Africana que fruto dos vários conflitos que afectam os Estados dentro do continente africano se vê impedida de dar segmento aos seus objectivos acabando por reflectir negativamente sobre o modo de actuação da organização apesar de que não apenas as questões de paz e segurança são as bases dos problemas do nosso continente, entretanto, para que os outros desafios e necessidades actuais a nível continental, possam ser superados há a necessidade de serem de forma contínua dados passos em direcção à paz já que sem a mesma é quase impossível por exemplo, a consolidação das várias fases de integração regional a nível da SADC, ou até mesmo de outros blocos regionais aqui existentes, para por via disso serem usadas as forças que caracterizam cada um dos mesmos em termos de recursos naturais, capital humano e não só de maneira eficiente afim de as mesmas contribuírem para a superação dos desafios que se impõem ao desenvolvimento e para o devido aproveitamento das oportunidades. Cipriherlânio Gonçalves #Angola #Politica #Diplomacia #KinshasaKigali

Espanha, Irlanda e Noruega anunciam reconhecimento do Estado da Palestina Reconhecimento oficial dos três países de um Estado Palestino independente entrará em vigor na terça-feira (28). Israel convocou diplomatas em Tel Aviv para prestar esclarecimentos. Desde a incursão militar israelense em Gaza, países têm marcado oposição ao governo Netanyahu. Em maio de 2024, a Palestina é reconhecida como um país – isto é, como um Estado soberano – por 143 dos 193 países-membros da Organização das Nações Unidas, isto é, por 74% dos membros da ONU. As relações entre Brasil e Palestina datam de 1975 e são as relações entre a República Federativa do Brasil e o Estado da Palestina, governado pela Autoridade Nacional Palestina. Conversei com a Kelly Godoy sobre esse e outros temas, no Conexão Record News. Assista a entrevista completa aqui: https://linktr.ee/vbru #Israel #Palestina #EstadosUnidos #Europa #Ocidente #Guerra #Clausewitz #EstudosEstrategicos #StrategicStudies #Realismo #Realism #Realpolitik #DireitoInternacional #InternationalLaw #Geopolitica #RelacoesInternacionais #Geopolitics #InternationalRelations #VitelioBrustolin #estudosestratégicos #ConselhoDeSeguranca #ONU #Brasil #UN #SecurityCouncil

A Raínha Europa não está a agir bem no conflito no Médio-oriente Neste conflito no Médio- oriente é a segunda vez que a Presidente da Comissão Europeia, a Raínha Europa, o petit nom que lhe atríbuem em Bruxelas, age como uma alemã, estado-membro que apoia Israel qualquer que seja a ação que cometa, numa clara assunção de mea culpa, pela sua atitude contra os Judeus na II Guerra Mundial, e vem afirmar publicamente que o ataque do Irão a Israel foi injustificado, tendo a primeira sido a de no início do conflito ter ido a Israel apoiá-lo na sua ofensiva generalizada na Faixa de Gaza. A Raínha Europa não tem esse poder, de acordo com o que está consignado no Tratado de Lisboa, e essa atitude compromete a possibilidade da União Europeia, agir como parte independente e imparcial na possível tentativa de mediar este conflito, evitando assim uma guerra na Zona de Vizinhança próxima e de interesses da UE. Infelizmente tanto neste conflito, como no da Ucrânia o único Estado do Mundo capaz de desempenhar esse papel parece ser a China, que se vai paulatinamente afirmando como uma Potência Global que priveligia a diplomacia e a utilização do seu Soft Power como elemento de afirmação é consolidação de seu poder como grande Potência. Nuno Pereira da Silva Coronel na Reforma

Compreenda o histórico sociopolítico do Haiti, qual o papel das missões de paz coordenadas pela ONU no país e a mais recente liderada pelo Quênia. #Geopolítica #Quênia #Haiti #ONU https://lnkd.in/dP3qRpti

🤝 | O Grupo dos Sete (G7), composto pelas maiores economias do mundo, anunciou sua intenção de propor na Organização das Nações Unidas (ONU) um projeto para a criação de um Estado Palestino. A proposta visa contribuir para a resolução do conflito israelo-palestino, que se estende há décadas e continua a gerar tensões no Oriente Médio. Detalhes da proposta O projeto, que será formalmente apresentado durante a Assembleia Geral da ONU em setembro de 2024, busca o reconhecimento internacional do Estado da Palestina, com fronteiras baseadas nas linhas anteriores à Guerra dos Seis Dias de 1967, incluindo a Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental. A proposta também prevê garantias de segurança para Israel, além do estabelecimento de um acordo de paz duradouro entre os dois lados. O G7, composto por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão, defende que a criação de um Estado Palestino é essencial para garantir a estabilidade e a paz na região. O grupo argumenta que a coexistência pacífica de dois Estados, Israel e Palestina, é a única solução viável para pôr fim ao conflito. 📲 Leia mais no link - https://lnkd.in/gwsp_6_t #superfinanças #economia #financaspessoais

Há 50 anos, a 27 de julho de 1974, foi publicada, no Diário do Governo, a Lei n.º 7/74, que estabelecia o reconhecimento do direito à autodeterminação dos territórios ultramarinos, de acordo com a Carta das Nações Unidas. Esta lei afirmava que a solução da Guerra Colonial Portuguesa (ou Guerra do Ultramar) era política e não militar. A Guerra Colonial Portuguesa, que ocorreu entre 1961 e 1974, envolveu confrontos entre as Forças Armadas Portuguesas e os movimentos de libertação nos territórios ultramarinos. O regime do Estado Novo nunca reconheceu a existência de colónias, considerando os territórios como províncias portuguesas. A Guerra eclodiu em Angola em 1961. Em 1963, alastrou-se à Guiné-Bissau e, em 1964, a Moçambique. Em 24 de setembro de 1973, a Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau declarou unilateralmente a sua independência, tendo o Estado Português reconhecido formalmente a independência deste país apenas depois do 25 de Abril, em 10 de setembro de 1974. Moçambique alcançou a independência em 25 de junho de 1975, Cabo Verde, em 12 de julho de 1975 e Angola em 11 de novembro de 1975. #Diários1974 #50anos25abril #25deAbril #50x2 #50xTodos #OperaçãoViragemHistórica #FitaDoTempo #diariodarepublica #incm

A NARRATIVA IRANIANA DA UNIDADE MUÇULMANA SOBRE O CONFLITO EM GAZA A estratégia de comunicação do Irão, no que toca ao apoio a grupos como o Hamas e o Hezbollah, tem gerado diferentes interpretações entre os media de vários países muçulmanos, sublinhando as divisões geopolíticas e interesses regionais. Se o Tehran Times defende que o Irão assume um papel de liderança na defesa dos direitos dos palestinianos, justificando o seu apoio a movimentos de resistência como o Hamas como parte de uma luta contra o "imperialismo ocidental". Por outro lado, os órgãos de comunicação de países muçulmanos do Golfo, como a Al Arabiya, criticam fortemente a influência iraniana. Ou seja, este discurso iraniano - por vezes repetido em meios de comunicação ocidentais - de uma visão de solidariedade entre países muçulmanos, que promove o Irão como guardião da causa palestiniana não convence países como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, que têm procurado normalizar as suas relações com Israel. Os meios de comunicação social dos países do golfo afirmam que o Irão está a instrumentalizar o conflito palestiniano para expandir a sua influência geopolítica na região, exacerbando divisões sectárias entre sunitas e xiitas. Consideram que o apoio iraniano ao Hamas não é genuíno na sua defesa dos palestinianos, mas sim uma ferramenta para aumentar o poder de Teerão e desestabilizar a região, comprometendo potenciais avanços para a paz. #EstratégiaDeComunicação #NarrativaGeopolítica #InfluênciaNosMedia