Publicação de Paulo Aniceto

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Estudando para CPA 20/ Autônomo /pós graduado - controladoria geral e finanças

CRIs e CRAs são títulos securitizados de renda fixa. A securitização é um mecanismo que cria liquidez por meio do agrupamento de dívidas contratuais e venda dos direitos creditórios a investidorese reduz o risco dos credores (empresas), já que divide a propriedade da obrigação das dívidas. Quem compra os papéis está tomando o risco e assumindo a posição de credor. Assim, as empresas criam capital de giro e transferem o risco do balanço. Os investidores são, então, recompensados com uma taxa de retorno e juros. Na prática, a securitização é uma maneira de transformar créditos a receber em papéis que podem ser negociados e comprados por investidores. No caso do CRI, uma construtora, por exemplo, pode empacotar os pagamentos futuros que os clientes farão ao longo de 10 anos, 20 anos ou 30 anos e vendê-los no mercado. Para organizar esses processos, as securitizadoras compram as dívidas, emitem os CRIs e os disponibilizam para investidores. À medida que os recebíveis são quitados, os investidores vão sendo remunerados conforme o acordado na compra. Efetivamente, CRIs e CRAs funcionam como qualquer outro investimento de renda fixa: os títulos são comprados e os proprietários recebem remunerações por manter o dinheiro aplicado. A diferença entre o CRI e o CRA está na origem dos recebíveis securitizados. Os CRIs são créditos ligados ao setor imobiliário, como financiamentos de imóveis e contratos de aluguéis de longo prazo. Já os CRAs têm origem em títulos ligados ao agronegócio, como empréstimos relacionados a produção, comercialização e industrialização de produtos, insumos ou máquinas agrícolas.

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