Publicação de Personal Broker

O tempo e o caminho percorrido A pergunta sobre o que nos leva a adquirir experiência é multifacetada, mas hoje, minha resposta é simples: o passar do tempo. Apenas ao olhar para trás, podemos compreender verdadeiramente o trajeto que percorremos. Cada passo dado carrega consigo fragmentos do que somos hoje: vivências, eventos, dores e alegrias. Permita-me compartilhar uma história que ilustra essa jornada. Lembro-me de uma época em que trabalhei em uma empresa do Grupo Abril, uma marca de renome, quando a TV por assinatura ainda era uma novidade. Muitas vezes, após meu chefe da época chamar minha atenção por algo que eu havia feito, eu me encontrava no banheiro, lágrimas nos olhos. Minhas ações não estavam alinhadas com suas expectativas. Hoje, com a sabedoria que o tempo proporcionou, percebo que ele é quem deveria ter sentido vergonha de sua própria atitude, ou melhor dizendo, de sua falta de atitude. Naquela época, era comum as empresas contratarem funcionários inexperientes e exigirem resultados comparáveis aos dos veteranos. Prometiam treinamentos que, na prática, eram meras imersões superficiais sobre os supostos “benefícios” de determinadas marcas, benefícios que muitas vezes nem os vendedores acreditavam ou desfrutavam. Anos se passaram, e trilhamos o longo caminho de nossa profissão. No entanto, agora enfrentamos outra dificuldade relacionada ao tempo: o excesso de experiência. Nem todas as empresas conseguem valorizar essa bagagem acumulada. Recentemente, um cliente compartilhou comigo uma proposta tentadora: deixar de ser atendido por mim e usufruir dos diferenciais de uma empresa que é considerada uma “referência” em minha área de atuação. Essa empresa possui inúmeros funcionários à disposição do cliente, faz parte de um dos maiores grupos do nosso segmento e ocupa uma parte significativa de um prédio nobre na cidade. Quando eu era “sozinha”, sem sede própria, etc... A resposta dele me alegou, porque eu confio em você, menina! Afinal, não são os prédios grandiosos ou o número de funcionários que definem, mas sim a jornada que percorremos, trajetórias que foram escolhidas e as lições que aprendemos. Que todos nós, independentemente do ponto em que nos encontramos, continuemos a valorizar nossa experiência e a escrever nossa história com autenticidade, resiliência e amor! O tempo não volta, mas ele pode ser ladrilho no nosso presente e no futuro também. Experiência é algo pessoal e intransferível. Use com sabedoria. Cindy Ferreira - viveReal

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