Quando uma criança negra ouve xingamentos relacionados a seu cabelo ou cor da pele, esse ataque não fere unicamente a ela que ouviu, mas a toda uma coletividade. Não é o mesmo que bullying. É racismo. Às vezes, crianças negras precisam lidar com o combo bullying + racismo. Contudo, é fundamental saber diferenciar essas duas coisas. Esse assunto rolou hoje mais cedo em um bate papo no 8o Congresso de Jornalismo da Jeduca: Associação de Jornalistas de Educação. A professora Edineia Gonçalves, da Ação Educativa, fez comentários pertinentes sobre essa diferenciação e como é premente que as escolas compreendam essa questão. Texto no Porvir. #educação #antirracismo
Publicação de Ruam Oliveira
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Segundou com emoção e indignação! Toda segunda usaremos este espaço para sentir, mas não se ressentir calado Dia após dia, os jornais noticiam outros episódios de bullying nas escolas. Desta vez, segundo reportagem do jornal O Globo, temos um episódio de racismo. Racismo é crime, bullying é crime. Acredito que respeito e empatia devam acontecer por ser natural, por sermos seres sociais. Discriminação, violência falta de respeito, exclusão, acusações indevidas, dentro do ambiente escolar, ou melhor em nossa sociedade não necessitariam de leis para não ocorrerem, dependem de educação, de respeito de políticas claras de inclusão. Já está mais que na hora de pensarmos como cidadãos que educam em casa seus filhos e no seu dia a dia, usam a empatia e o respeito como regra, e não como tu uma formalidade legal. As escolas, por sua vez precisam ter programas de prevenção, trabalhar o respeito à diversidade e a inclusão. Muito mais que trabalhar conteúdos, precisamos desenvolver cidadãos respeitosos, íntegros e com valores morais. Que entendam que todos somos diferentes e que isto só acrescenta. Família, escola e sociedade precisam se unir na busca de uma cultura de paz onde nossa crianças e adolescentes possam desenvolver todo seu potencial! Não ao racismo, não ao bullying #racismo #podbullying #cidadadao #indignacao Leia resportagem na íntegra: https://lnkd.in/dXy3uEHw https://lnkd.in/dwMZnN8R
Samara Felippo quer a expulsão de alunas acusadas de racismo contra filha: 'Poderão humilhar novamente'
g1.globo.com
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UM BOM EDITORIAL Bons editoriais são aqueles que tocam em um assunto sensível e conseguem trazer perspectivas importantes para o momento. A eclosão de casos de racismo - e a eclosão são dos casos, porque o racismo já existia - nas escolas mostra o quão relevante é o papel da educação na formação dos nossos jovens, mas também a obrigação das famílias. Nesse sentido, o Jornal O Globo fez um bom editorial nesta segunda e destaco alguns pontos: ✔ "A dor de ver um filho alvo de racismo ou perseguição costuma provocar nos pais o desejo de punição exemplar, geralmente na forma de expulsão. Não é, obviamente, opção que deva ser descartada. Mas crianças e adolescentes são sujeitos em estágio de formação. Bem concebida e realizada, a educação é um instrumento de transformação. Desistir de incutir nelas princípios éticos e morais é um desserviço ao combate à discriminação. Cada situação deve ser examinada em suas particularidades antes de decisões extremas". ✔ "Mas, por óbvio, educadores não têm o poder de manter o racismo, a intolerância religiosa e outros preconceitos fora das instituições de ensino. O que está ao alcance da direção e do corpo docente é fazer um trabalho contínuo de prevenção, criar canais de denúncia eficientes, acolher e cuidar das vítimas e de suas famílias, identificar jovens agressores e tomar medidas corretivas. Tudo isso sem atropelo. A pior das decisões é tentar apenas agradar ao tribunal das redes sociais ou dos grupos de mensagens quando o horror vem à tona". https://lnkd.in/dK56McbS
Racismo nas escolas é desafio para pais e educadores
oglobo.globo.com
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"Racismo nas escolas é desafio para pais e educadores O Globo, 06/05/24 Casos recentes em redutos da elite paulistana revelam dificuldades para lidar com o problema A sociedade brasileira não deveria desperdiçar a oportunidade para refletir com os casos recentes de racismo e antissemitismo em escolas de elite da capital paulista. No dia 22 de abril, duas alunas de 14 anos da Escola Vera Cruz pegaram o caderno da filha da atriz Samara Felippo e do ex-jogador de basquete Leandrinho, arrancaram folhas de um trabalho escolar e escreveram uma ofensa abjeta de cunho racista. Um mês e meio antes, no início de março, seis alunos de 15 anos da Beacon School intimidaram um colega judeu, desenhando suásticas num caderno e fazendo a saudação nazista. Casos assim têm chamado mais a atenção nos últimos tempos. Eles têm surgido não apenas em colégios caros de São Paulo, mas em escolas particulares e públicas de todas as regiões do Brasil. O racismo é em geral invisível quando as vítimas são negros pobres da periferia. Crianças e jovens são alvos frequentes de humilhação hedionda em razão de cor da pele, religião, características físicas ou intelectuais. Não se pode esquecer que a legislação brasileira pune esses atos como crimes e que, perante a lei, os pais são responsáveis pelo que seus filhos fazem. Tais atitudes são, além disso, intoleráveis num ambiente que quer formar cidadãos. Mas, por óbvio, educadores não têm o poder de manter o racismo, a intolerância religiosa e outros preconceitos fora das instituições de ensino. O que está ao alcance da direção e do corpo docente é fazer um trabalho contínuo de prevenção, criar canais de denúncia eficientes, acolher e cuidar das vítimas e de suas famílias, identificar jovens agressores e tomar medidas corretivas. Tudo isso sem atropelo. A pior das decisões é tentar apenas agradar ao tribunal das redes sociais ou dos grupos de mensagens quando o horror vem à tona. A dor de ver um filho alvo de racismo ou perseguição costuma provocar nos pais o desejo de punição exemplar, geralmente na forma de expulsão. Não é, obviamente, opção que deva ser descartada. Mas crianças e adolescentes são sujeitos em estágio de formação. Bem concebida e realizada, a educação é um instrumento de transformação. Desistir de incutir nelas princípios éticos e morais é um desserviço ao combate à discriminação. Cada situação deve ser examinada em suas particularidades antes de decisões extremas. O caso de racismo contra a filha de Samara Felippo ilustra a complexidade. O Vera Cruz é uma escola popular entre famílias progressistas da Zona Oeste de São Paulo. Foi uma das primeiras da cidade a adotar um programa antirracista consistente. Formou equipes de orientadores pedagógicos e professores atentos. Em vez de decretar o fracasso de todo esse esforço, a escola precisa identificar se houve erros, para torná-lo mais eficaz, sabendo que nunca estará livre de novos casos."
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Dificilmente uma escola deixa de chamar pais de alunos que brigam com professores, batem nos colegas, ou se recusam a fazer tarefas. Também é improvável que a escola deixe de convocar pais de alunos que tiram notas baixas. Por quê será que o mesmo não acontece quando o problema dentro do território escolar envolve a questão racial? O que vemos nesses casos são ações que acontecem somente após solicitação dos pais. Por vezes o corpo escolar nega a existência do racismo e/ou diminui a queixa da criança/adolescente. Raramente há conversas com as famílias dos alunos que tenham proferido as ofensas racistas. Nos melhores cenários, quando a escola não nega a queixa trazida pelas famílias, a atuação é atrapalhada, muitas vezes protocolar e no máximo pontual. Fazem como se o racismo na escola fosse algo exclusivo do caso em questão. Entretanto não é. A primeira experiência racista de uma criança negra acontece na escola (https://lnkd.in/dxuCWiNB), como no recente caso da menina de 4 anos em uma escola privada no Guarujá. E vale lembrar que isso não é sobre a índole dessas crianças, mas sim sobre como escolas tem pautado o antirracismo nos seus projetos político pedagógicos, na formação do corpo técnico, e também no dialogo com as famílias. Até que o antirracismo se transforme em uma agenda, ou seja, uma pauta transversal no projeto educacional das escolas, na formação universitária dos educadores, até que não haja melindres em abordar o tema, crianças negras continuarão sofrendo suas primeiras experiências de violência racial dentro de uma escola. E isso é muito grave. A novidade do momento é que enquanto boa parte das escolas ainda se cala diante das situações de racismo, nossas crianças e famílias negras estão cada dia nomeando mais e mais alto - não sem um custo emocional, sabemos.
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Voltando aqui às “Sextas do Ódio”, aproveitando que é Shabbat, para compartilhar informações - e manifestações - de ódio Brasil afora. Comecei com casos de discurso de ódio – tema da brilhante pesquisa do pessoal do CEPI FGV Direito SP, e resolvi expandir: ódio não acaba, não se manifesta apenas no discurso, tendo facetas múltiplas, e cada vez mais reais. Os casos que trago hoje retratam a triste realidade das manifestações recentes de racismo nas escolas brasileiras. Adolescentes de diversas cidades do país têm sido alvo de manifestações racistas durante as aulas, em um ambiente que deveria protegê-los. No DF, no 2o caso registrado em um mês, estudante de escola particular sofreu ofensas durante jogo de queimada. Os xingamentos foram compartilhados posteriormente entre os alunos em grupos de mensagens. Em SP, a filha da atriz Samara Felippo, estudante em tradicional colégio da elite paulistana, também sofreu ataques racistas, com direito a ofensas escritas em seu caderno de classe. As escolas sempre emitem notas dizendo que o problema será devidamente abordado, medidas serão tomadas, agressores serão punidos... Cabe discutir se essa abordagem está sendo suficientemente educativa para não apenas reprimir novos casos, mas mudar o cenário e a cabeça desses seres-humanos-em-construção para que eles não aconteçam mais. Realmente, parece que está difícil. As redes sociais têm sido importantes para disseminar o ódio, que perpassa os muros das escolas. Ele certamente pode vir de uma criação exposta a esse tipo de (discurso de) ódio, ou pode ser incutido e fomentado dentro das próprias instituições de ensino. É preciso entender o quanto disso vem de casa, o quanto disso vem de fora, dessa exposição a um conteúdo muitas vezes tóxico que as crianças e adolescentes têm, dia após dia. Diversos estudos demonstram uma ligação profunda entre o uso de celulares nas escolas, o bullying e o declínio na saúde mental de crianças e adolescentes. Lembrando que bullying é uma coisa, racismo é outra. Notícia sobre racismo em escola do DF, aqui: https://lnkd.in/eeN86F-y Notícias sobre racismo em escolas de SP, aqui: https://lnkd.in/efpt5pz5 Publicação do World Economic Forum sobre a restrição do uso de smartphones nas escolas - e como ela promove a melhora no desempenho e nas notas; além da clara diminuição de problemas de saúde mental e do bullying, pode ser encontrada aqui: https://lnkd.in/eXgN6t_K Bem, seguimos, esperançosas por um futuro melhor - apesar das muitas manifestações, cada vez mais trágicas, que podem ser encontradas por aqui. Shabbat shalom para tod@s!! Até 6af que vem.
Adolescente de 15 anos sofre ataques racistas em escola particular de Brasília
g1.globo.com
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O recente caso de um estudante negro e LGBTQIAPN+ vítima de suicídio em uma escola de elite da capital paulista reacendeu o debate sobre o racismo vivenciado por pessoas pretas no ambiente escolar. Diversas escolas do Brasil possuem programas educativos antirracistas que, nem sempre, surtem o efeito necessário. Entre os entraves para endereçar corretamente ações voltadas para essa temática está a dificuldade que muitas escolas têm em diferenciar o que é bullying e o que é racismo. Daniel Helene, coordenador pedagógico dos anos iniciais do ensino fundamental na Escola Vera Cruz, reforçou que apesar de reconhecer o papel fundamental da escola – em um sentido amplo do termo –, também entende que “historicamente, no Brasil, ela recria o racismo, reforça as desigualdades e colabora para manter os privilégios e as opressões”. O coordenador destacou que a escola faz isso quando invisibiliza situações de violência racista que acontecem em seu cotidiano; quando perpetua um currículo que celebra a agência e subjetividade dos brancos, ao mesmo tempo em que apresenta negros, indígenas e outros grupos em posição subalterna; e quando trazem materiais didáticos e da cultura em geral que reforçam esses posicionamentos. Via: Porvir Leia matéria completa abaixo! https://lnkd.in/dCz5GpUh
Racismo na escola deve ser entendido como violência coletiva
cgceducacao.com.br
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“O Problema Com Que Todos Vivemos” é o título desta pintura de Norman Rockwell e retrata o calvário de uma menina de 6 anos, Ruby Bridges, a ir para a escola, diariamente, sob agressões racistas e maus tratos. Remonta a outra geografia e a outros tempos mas lembrei-me dela enquanto lia a perturbadora e revoltante notícia de uma criança nepalesa de 9 anos que foi vítima de linchamento numa escola de Lisboa. Porque este é um problema de todos, com que todos estamos a viver, e que nos convoca a todos. As escolas devem ser lugares onde as crianças são felizes, onde realizam o seu potencial e onde estão em segurança. Não são lugares onde vão para ser agredidas física e psicologicamente, vítimas de racismo e de xenofobia quer por adultos quer por outras crianças. Isto parece, e é, básico. Mas, então, pergunto, em primeiro lugar, como é possível que isto tenha acontecido, e em segundo, como é possível que a escola não tenha denunciado a situação às autoridades? Não denunciar perpetua o ciclo de violência e discriminação e passa uma mensagem errada e perigosa para toda a comunidade educativa, a começar nas outras crianças, sobre a desvalorização e a tolerância a estes comportamentos. (...) Converso frequentemente sobre racismo e xenofobia com crianças e jovens em escolas. Uma das perguntas que faço é o que devemos fazer quando sofremos racismo ou sabemos da existência de uma situação de racismo? A expectativa é fazer uma sensibilização para a importância de falar com um adulto, seja um professor, um auxiliar, a família, a polícia, instituições. As respostas (...) desarmam-me quando se queixam que os adultos lhes dizem: “Não ligues”, “Ignora”, “Não dês importância”. Acontece com frequência, a desvalorização por parte dos adultos, mesmo aqueles com responsabilidades institucionais e que têm obrigação de saber (...) que as escolas devem ter canais de prevenção, de denúncia, de resposta e de combate. Li esta notícia logo a sair de uma sala de aula e de uma escola multicultural de Lisboa,(...) onde, estou convicta, uma situação destas não ocorreria e se ocorresse teria uma resposta institucional muito diferente. Logo a seguir cruzei-me, por acaso, com o presidente da câmara e não fui capaz de não atravessar o passeio para lhe perguntar como se deve posicionar um município quando as suas escolas são palco desta violência... O que leva à primeira questão, como é que isto aconteceu? As escolas são espelho da sociedade e se a sociedade permite manifestações racistas, discursos de ódio e anti-imigração que culpam o lado mais vulnerável, diabolização e desumanização de pessoas em razão da sua origem ou nacionalidade, ataques violentos no interior da casa das próprias pessoas imigrantes, sem uma censura e repulsa inequívoca, o que esperar que as crianças e jovens façam perante os exemplos que os adultos lhes estão a dar? Sim, este é um problema com que todos estamos a viver. A notícia aqui: https://lnkd.in/dyTfQBYg
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Mais uma matéria de escola feita em que o preconceito é presente. Desta vez, o racismo foi o ponto principal. Apurar desde o início, buscar os detalhes, e ir atrás de informações faz a adrenalina correr pelas veias. Não só isso, questionar, enquanto jornalista, é o que me move nessa profissão em que tudo pode mudar em minutos. Hoje eu fiquei o dia todo na apuração de duas escolas de Niterói que foram denunciadas por racismo através de uma mãe. Meu dia se resumiu a buscar informações, esperar a famosa ''nota de esclarecimento'' e acima de tudo, questionar as informações que chegavam até a mim. Afinal, jornalista é um ser questionador. Demorou, mas saiu. A matéria completa você pode ler neste link: https://lnkd.in/ev6ERCMy
Dois irmãos sofrem racismo em escolas particulares de Niterói - Super Rádio Tupi
https://www.tupi.fm
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💔 A menina também foi jogada ao chão e pisoteada pelos estudantes, ainda conforme a mãe. A mulher pediu uma medida protetiva para a filha, que foi concedida pela Justiça. A vítima também passou por exame de corpo de delito e o boletim de ocorrência foi registrado no dia 11 de março por preconceito de raça ou cor. Até quando vamos ler repostagens como essa? 👊🏾🚫🙅🏾♂️ Combate ao racismo nas escolas brasileiras! Vamos dar um BASTA! ⚠️ Recentemente, as notícias revelaram desafios relacionados ao preconceito e ao racismo em nossas escolas. É um chamado à ação para todos nós. Vamos trabalhar para criar um ambiente escolar onde a diversidade seja celebrada, o preconceito seja confrontado e o racismo seja erradicado. 🤎 A educação é uma chave para a mudança, e juntos podemos construir escolas mais justas e acolhedoras para todos.
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Você já teve que acolher uma criança que sofreu racismo? Na nossa sociedade, nem sempre o racismo se manifesta de uma forma tão explícita. Por isso, é preciso acolher os pequenos e prepará-los para identificar e se fortalecer nessas situações. A jornalista Amanda Stabile conversou com Luana Tolentino, mestra em educação e autora do livro “Outra educação é possível: feminismo, antirracismo e inclusão em sala de aula”. Luana explicou que para combater o racismo, é essencial compreender as marcas que essa violência deixa nas pessoas desde o começo da vida. Queremos saber: Você já teve dificuldade de conversar sobre racismo com crianças? Deixe o seu comentário! Leia na íntegra: https://lnkd.in/dQy3WCgd #mulheresdaperiferia #periferia #mulheresnegras #criançasnegras #racismoécrime
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