À procura da felicidade nos benefícios errados

À procura da felicidade nos benefícios errados

Cristina Nogueira da Fonseca


Tradicionalmente há duas coisas pelas coisas “lutamos” na nossa vida profissional e tem sido um pouco assim para todos desde a era do “capital”:

1.    Dinheiro, aumentos, bónus e incentivos 

2.    Promoções e títulos pomposos 

A notícia chata é que nenhum destes factores tem impacto positivo de longo prazo na correlação trabalho-felicidade, aliás segundo a literatura podem mesmo ser contra-producentes provocando o efeito contrário. 

Um salário elevado não aumenta a felicidade do colaborador, nem um aumento, bónus, prémio chorudo ou qualquer outro tipo de recompensa financeira – pelo menos não para além dos primeiros momentos, do impacto da notícia ou talvez para além do primeiro mês e mesmo aqui, falamos de satisfação, não de felicidade.

Mas isto não quer dizer que o salário não tem impacto na felicidade do colaborador, Se um colaborador sentir que o seu salário é injusto, isso irá certamente impacta-lo negativamente, sentir que é tratado com injustiça é algo que faz com que um colaborador se sinta profundamente infeliz, também se o seu salário for tão baixo que não lhe permita viver em dignidade e conforto isso fará com que seja infeliz e que procure outras opções. 

Alfie Kohn, no seu fantástico livro “Punished by Rewards” oferece-nos esta reflexão: 

“The idea that dangling Money and other goodies in front of people will motivate them to work harder is the conventional wisdom in our society, and particulary among compensation specialists. Rewards are not merely ineffective but actually counterproductive.Subjects offered an incentive for doing a task (or in some of the studies, for doing it well) actually did lower quality work than subjects offered no reward at all”

No estudo conduzido por Kohn, as recompensas chegaram mesmo a reduzir a motivação, isto pode parecer assim à primeira leitura exagerado ou duvidoso, mas na realidade cada vez que recompensamos alguém para fazer algo (antes de o fazer), estamos a motiva-la externamente, ao fazê-lo vamos reduzindo a motivação interna, a única que a longo prazo apresenta as garantias de qualidade e empenho diário, o “fazer porque quero, porque é quem sou, porque sou importante, porque precisam de mim” 

O salário só faz com que um colaborador compareça diariamente na empresa, é a sua motivação interna, o envolvimento, propósito, pertença que o torna feliz, motivado e produtivo. 

Enquanto continuarmos a apostar exclusivamente no capital e nos títulos para aumentar a felicidade dos colaboradores, não chegaremos ao nirvana da Felicidade e continuaremos a deixar escapar por entre os dedos esta oportunidade de transformar a felicidade no nosso novo capital empresarial. 

Esta é a nova moeda, a felicidade.  

Cristina Nogueira da Fonseca


#happiness #corporatehappiness #corporatetraining #felicidade #humanresources

Fernanda Centeio

Fundadora do Projecto Trocar por Miúdos | Direcção Comercial e Operações | Intermediação de Crédito | Vendas | Formação |

5 a

Concordo plenamente. Ainda há um longo caminho a percorrer pelas empresas para que haja plena felicidade no emprego.

Guilhermina Vaz Monteiro

📢 +7,500 followers || 💡co-founder Partner / ranking Happiness Works® - Empresas Felizes || 🚀 Empreendedora || Data & Analytics // former @Boyden - @Horton Int'l - @Lukkap Portugal

5 a

Sim Celia Losa Margato. Há um estudo pioneiro em Portugal e único desde 2011 Happiness Works. Se desejar mais informações por favor contacte-nos.

a única dificuldade com a felicidade é que não se consegue medir e comparar. e para quem apenas é feliz por comparação com os outros é uma chatice

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