Água: O novo petróleo azul - Por que este recurso é mais valioso do que nunca!

Água: O novo petróleo azul - Por que este recurso é mais valioso do que nunca!

A água é uma das substâncias mais essenciais para a vida na Terra. Como principal componente dos seres vivos, ela é fundamental para a realização dos processos biológicos e ecológicos que mantêm a biodiversidade e a estabilidade dos ecossistemas. No entanto, a água é um recurso finito e cada vez mais escasso, especialmente em regiões que sofrem com a seca e a falta de acesso à água potável.

Nesse cenário, a água assume um papel cada vez mais importante para o desenvolvimento humano, visto que é um recurso crítico para a agricultura, a pecuária, a pesca e a produção industrial. Como resultado, a água é frequentemente referida como o 'petróleo azul do futuro', por ser um elemento chave para diversas atividades econômicas.

É importante destacar que a água também está ligada a questões de saúde pública, uma vez que a falta de acesso à água potável e ao saneamento básico pode levar a doenças e mortes prematuras, afetando especialmente as populações mais vulneráveis. Além disso, a escassez de água pode limitar o desenvolvimento econômico e social de muitas regiões, agravando a pobreza e a desigualdade.

Portanto, é fundamental que haja um gerenciamento responsável e sustentável da água, com ações que visem garantir sua disponibilidade para as gerações presentes e futuras. É necessário que governos, empresas e a sociedade em geral se envolvam nesse processo, adotando práticas de conservação, reuso e reciclagem de água, bem como investindo em tecnologias mais eficientes e inovações que possam reduzir o consumo desse recurso precioso.

Confira!

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Quais as causas da escassez de água no mundo?

Para começar a listar os motivos da escassez de água no Brasil e no mundo, não podemos deixar de citar o desperdício. Falta manejo adequado e respeito aos recursos naturais, fazendo com que ano após ano, as reservas de água potável se tornem cada vez mais escassas. Em diversos países já é possível sentir os impactos de atitudes irresponsáveis e nada sustentáveis, como o desaparecimento de nascentes, poluição de rios e crises hídricas cada vez mais graves.

Mesmo com tanta tecnologia e inovações, o mundo ainda está muito atrasado quanto ao acesso à água potável: de acordo com dados da ONU (Organização das Nações Unidas), ainda existem mais de 2 milhões de pessoas no mundo que não tem acesso à água potável, o que acaba contribuindo diretamente a cerca de 80% das doenças e mortes no mundo.

O consumo de água vem aumentando em grande escala, principalmente no último século, e, em contrapartida, há cada vez mais desperdício. Atualmente, cerca de 26 países passam por escassez crônica de falta de água, e a tendência é que esse número dobre nos próximos quatro anos. Pode parecer que não é um número muito alto, mas equivale a aproximadamente 3,5 bilhões de pessoas que não terão acesso à água potável.

A distribuição irregular desse recurso também é uma grande vilã da população. Por exemplo: ainda que seja um dos países com maior disponibilidade de água no mundo, diversas regiões do Brasil sofrem com escassez de água. Isso porque, territorialmente falando, a água é muito mal distribuída. No país, 74% da água doce está localizada na região amazônica, mas a área é habitada por apenas 5% dos brasileiros, enquanto regiões muito habitadas possuem uma distribuição muito precária, como o Nordeste.

Além dos problemas geográficos, as crises hídricas no Brasil têm outras causas, como:

• desperdício de água, não só residencial, mas em larga escala na distribuição e nas indústrias;

• diminuição do nível de chuvas;

• aumento do consumo de água devido ao crescimento populacional, industrial e da agricultura.

Existe também, outra origem das crises hídricas no Brasil, que é o uso incorreto e irresponsável do solo. O avanço da fronteira agrícola, o desmatamento e a utilização de agrotóxicos e componentes nocivos à natureza acabam por prejudicar muito as nossas reservas de água doce. Além disso, a agropecuária utiliza cerca de 70% de toda a água que é consumida no Brasil.

Um recurso cada vez mais escasso

A preocupação com a disponibilidade de água no mundo já é uma questão vital em praticamente todos os países, e um assunto constantemente em pauta. Muitos dizem que se trata de uma histeria desproporcional, mas o problema é muito mais grave do que parece. Basta lembrar que uma grande parcela da população mundial ainda não tem acesso à água potável e saneamento básico. Com o crescimento populacional, as projeções são ainda mais preocupantes.

A natureza não está conseguindo repor a água doce para suprir o nosso consumo cada vez mais crescente. As pessoas acabam esquecendo que, apesar de nosso planeta ser em maior parte coberto por água, apenas 2,5% do total é apropriada para o consumo, e dois terços está em forma de geleiras. Desses menos de 1% que nos resta, 20% está em locais extremamente remotos. No final das contas, somente 0,2% de todos os recursos hídricos está em uso, e parte dele não pode ser renovado. Ficou claro o quanto esse recurso é raro e deve ser protegido?

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Consequências da escassez de água

Os impactos da escassez de água no mundo são diversos, e a tendência é que aumentem de forma drástica com o decorrer do tempo. Os mesmos motivos que levaram a grandes conflitos por conta da escassez de petróleo, podem se repetir conforme o recurso se torna mais e mais limitado. A principal diferença, nesse caso, é que os resultados podem ser ainda piores, visto que é a sobrevivência humana que está em jogo. Não é surreal pensar na possibilidade de guerras e conflitos armados por conta desse recurso natural.

O desperdício, tanto em nível residencial quanto industrial, é um dos principais motivos de preocupação dos órgãos ambientais. E quando tratamos de desperdício, não falamos apenas daquele vazamento na sua casa, ou da torneira pingando (que também são problemas sérios, que devem ser resolvidos), mas também da perda massiva que acontece nos sistemas de distribuição todos os anos, seja por irresponsabilidade ou por falta de manutenção. Além de causar grandes perdas financeiras, esse desperdício prejudica o andamento de diversos setores vitais, como a agropecuária, por exemplo.

Esses impactos em efeito dominó acabam por prejudicar a economia, encarecendo produtos indispensáveis, e aumentando o custo de vida da população e levando cada vez mais famílias para uma situação muito difícil. Como consequência disso, mais pessoas acabarão na miséria e pobreza extrema, tudo por conta de uma má utilização e administração pobre de um recurso natural tão valioso. Falta uma posição mais firme e atitudes voltadas ao consumo responsável e sustentável da água. Não podemos cobrar atitudes dos governantes se nós mesmos não aplicamos mudanças em nosso dia a dia.

A falta de água em grandes cidades, por exemplo, pode fazer com que a população dessa região migre para outros lugares, e o mesmo vale para empresas e indústrias. Sem recursos para manter o funcionamento do negócio, essas empresas irão procurar outros locais para se estabelecer, aumentando os índices de desemprego e prejudicando a economia local.

Outra questão que é pouco discutida nos debates sobre a escassez de água, é que parte desse recurso é obtida de rios que possuem contato com esgoto (através de lançamentos irregulares). Agora imagine que, quando esse rio estiver em abundância, a água consumida possui uma determinada porcentagem de efluentes nocivos. Se o volume desse mesmo rio cair, a quantidade percentual de esgoto nessa água irá aumentar. Além de dificultar e encarecer o processo de tratamento dessa água, as pessoas sem saneamento básico que consomem essa água acabam sujeitas a doenças graves.

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A realidade da distribuição de água no mundo

De acordo com dados disponibilizados no Relatório de Desenvolvimento Humano da ONU, 22,6 bilhões de pessoas não tem acesso a saneamento básico em sua região, e pior ainda, 1,1 bilhão de pessoas não tem acesso sequer à água tratada para consumo. Reflexo disso, é que pelo menos metade dos pacientes em leitos de hospitais se encontra doente devido ao consumo de água contaminada. Por exemplo: a diarreia que é causada por consumo de água contaminada mata aproximadamente 4.900 crianças abaixo de 5 anos, diariamente.

A distribuição de água no mundo é extremamente desigual, fazendo com que bilhões de pessoas não tenham nem as necessidades básicas atendidas. Seriam necessários pelo menos 20 litros de água por dia para que essas pessoas fossem atendidas com dignidade. Mas a realidade é muito diferente da teoria, veja a seguir:

- Um habitante de Moçambique, na África, utiliza, em média, menos de 10 litros de água por dia, incluindo todas as necessidades (banho, necessidades fisiológicas, alimentação, etc.);

- Um habitante do continente europeu consome entre 200 e 300 litros de água, por dia, sem mencionar o desperdício;

- Ainda mais preocupante, um norte-americano, consome diariamente 575 litros de água por dia (50 litros, só nas descargas).

Essa distribuição desigual reflete a real situação dos habitantes do nosso planeta: de um lado uma parcela da população que pode usufruir de água tratada de acordo com a sua demanda e necessidades, e do outro lado, pessoas que vivem muito abaixo do mínimo necessário. E isso não se restringe apenas a Moçambique, que citamos como exemplo. Diversos países do Oriente Médio e da África ainda não possuem acesso à água tratada.

O Brasil possui aproximadamente 13% de toda água doce do planeta, sendo que 73% de toda essa água está concentrada na Amazônia, que abriga a menor parcela da população brasileira, restando apenas 23% para o restante do país. Enquanto isso, a região nordeste, extremamente populosa, comporta apenas 5% dessa reserva.

 Tendências para o consumo de água

A situação da água é muito preocupante para todos os países. Estamos nos aproximando de 8 bilhões de habitantes no planeta, gerando também, um aumento do consumo de água em proporções alarmantes.

É preciso tomar atitudes drásticas o quanto antes para evitar grandes crises hídricas em um futuro muito mais próximo do que gostaríamos.

Vivemos em um mundo difícil e, além de fé, é preciso ter consciência de sociedade e adotar uma atitude mais sustentável. Só assim garantiremos um futuro de esperança para as próximas gerações!

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Gustavo Henrique Pio Bovo

Soluções para Medição de Água

3 a

Artigo muito bom, parabéns

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