É família!
Costumo defender o poder que a comunicação tem nas nossas vidas. Uma frase, um gesto ou uma conversa pode mudar tudo - para o bem ou para o mal. Ontem, vivi isso de uma forma muito intensa. E poderia não estar aqui para contar a minha experiência.
Fim de tarde, Ipanema, parei no prédio de um amigo do meu filho para dar uma carona. Nada mais trivial. Como estava começando a chover, ele saiu do prédio com um casaco protegendo a cabeça e deu uma corridinha para entrar no carro. Igualmente trivial.
Naquele exato momento, sem que eu tivesse me dado conta, se aproximava do local uma viatura policial, que mais tarde descobrimos que estava lá para responder a uma denúncia de invasão ao prédio por uma pessoa armada. Ao correr cobrindo o rosto, a mensagem que o inocente amigo do meu filho passou, mesmo sem qualquer intenção ou consciência, foi: "Esse invasor sou eu!”
Continuando a cena, paramos no sinal, a poucos metros do prédio. Nisso, vejo luzes muito fortes no espelho. Pensei: "Quando a polícia quer que você pare, ela acende todas as luzes e faz um barulho rápido com a sirene - já vi isso nos filmes (rsrs)".
Continuei conversando comigo mesmo, numa espécie de “DR” interior: "Eles devem estar encrencando com esse carro que está do lado do meu, descarregando sabe-se lá o quê...".
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E o debate interno continuava quente: "Será que eles querem que eu pare? Será que nós pagamos o IPVA de 2024?". É impressionante a rapidez com que eu penso "Tô devendo algo, tô fazendo algo errado, não fui eu...". Será que isso é normal?
Em segundos, pensei: "Se a mensagem dos guardas for para mim, é melhor não fazer movimentos bruscos. Vai que...". Por uma dessas coincidências do destino, o sinal demorou a abrir. Tempo suficiente para eu piscar e, quase instantaneamente, ver brotar (essa é uma expressão dos meus filhos) do meu lado uma pistola apontada na direção da minha cabeça e, do lado do meu filho, um fuzil.
Com as mãos levantadas, comuniquei em alto e bom som, sem dizer uma palavra: "Eu não sou criminoso, vou só abrir a janela". O guarda entendeu, mas continuou apontando aquela arma para mim. Até que eu abri a janela e ele perguntou, gentil como um irmão mais velho (essa é uma homenagem ao meu): “Está tudo bem?”. O tom me acalmou, mesmo que a sua linguagem não-verbal (com a pistola engatilhada) dissesse o contrário.
O que ele queria saber, na verdade, era se eu era cúmplice ou vítima daquele suposto assaltante que estava no banco de trás. Rapidamente, entendeu o que estava acontecendo e falou para o seu colega uma frase que a partir de agora tem um novo e libertador significado para mim: “É família!”.
Especialista em Growth e Inovação; Founder: Growth PWR; Co-Founder: OEA Growth; Criadora das metodologias: Fábrica de Soluções | Diagnóstico Radar da Inovação | FOREGROWTH.
10 mNão sei se achei engraçado, ou sei fiquei apavorada! Mas, sabendo que ficou tudo bem no final, acho que da pra rir da situação. 😅
Diretor na 7.AI
10 mCaraca, que história. Ainda bem que deu tudo certo!
Designer de Experiência do Usuário | Designer de Interação | Diretor de Design | | AI | Design Centrado no Usuário | Acessibilidade
10 mCaraca, Dudu, que susto! Com a tua cara boníssima ia ser difícil ele achar que era bandido.
Sócio Administrador na Construtora Menezes Côrtes Ltda
10 mQue coisa louca !! Graças a Deus não passou de um grande susto 👍🙏🙏
Mentor & Coach de Vida e Esportivo | Palestrante em Desenvolvimento Corporativo - Motivacional para Atletas e Organizações Esportivas | Especialista Inteligência Positiva e Perfil Comportamental | Certificações ICI e IGT
10 mUau Duda!!!! É família!!