É preciso desapegar do ideal ⛓

Oiii!! Já somos 2123 por aqui!!

Na vida e nas nossas empresas, vivenciamos problemas complexos todos os dias. São aqueles com muitas informações, variáveis, várias pessoas envolvidas e que, se não forem bem resolvidos, trazem um grande impacto negativo. 

Os problemas simples já deveríamos ter "automatizado" todos ou simplesmente os deixado de lado, como a minha lista de compras de mercado mensal 🗒, que nunca consegui ter uma, já desisti porque vivo feliz sem ela, apesar da minha mãe ficar indignada com isso. 😊

Quando lidamos com problemas e contextos complexos, é preciso aprender a desapegar do mundo ideal (às vezes chamo de Mundo Disney ou Nárnia). Ok, ok. Podemos até saber exatamente o que fazer para resolver um problema de forma perfeita mas, quando estamos cara a cara com o jogo real, a maior parte das coisas não está sob o nosso controle.  

O ideal sempre vai por água abaixo. 😰

Conversas difíceis, reuniões de feedback, clientes e/ou colaboradores insatisfeitos, priorização do backlog, por exemplo, são eventos que sempre dependemos de outras pessoas, que estão inseridas em seus próprios contextos e não estão sob o nosso controle. 🙃

É duro. Resolvemos com o que temos. Fazemos o nosso melhor e seguimos em frente mesmo que aquele sentimento de culpa ou angústia nos persiga por algum tempo. 

Na vida não é diferente. 

Faz alguns meses que faço parte de um grupo de voluntários que passeiam com os cachorros do Abrigo Municipal de Guimarães. São cerca de 70 bichinhos que passam a semana inteira trancados em canis pequenos e só saem aos sábados por 2 horas.

São 2 horas mágicas. Recebo carinho, converso com os bichinhos (sim, sou dessas), corro, brinco. É pura diversão.

Até o momento que tenho que devolvê-los aos canis. 

Essa é a hora que dói. É a hora que eu queria uma solução ideal. 💔

Lembro-me que quando cheguei em casa depois do meu primeiro sábado de passeio com  Simbá (nome do cãozinho), tomei um banho enquanto chorava. Queria adotar os 70. Esse era meu mundo ideal. 😬

Como faz? Não faz. 

Passei a fazer o possível, além de doações regulares, eu:

• me tornei madrinha de um patudo;
• coloquei esse meu "afilhado" em um hotel com muito mais conforto e liberdade;
• entrei para o Conselho Fiscal da Sociedade Protetora dos Animais de Guimarães;
• já recebi gatinhos como família de acolhimento temporário;
• fiz uma vakinha no meu aniversário.

Resolve o problema? Não.

Mas é o que posso fazer nesse momento com o que tenho. 

Então, acalmo meu coração e sigo em frente. 😘