Óticas Carol: não adianta pensar em transformação digital sem entender o mercado e a cultura
Ronaldo da Silva Pereira Jr., CEO Óticas Carol

Óticas Carol: não adianta pensar em transformação digital sem entender o mercado e a cultura

Coluna MPA - Artigos sobre temas de interesse de alunos, ex-alunos e candidatos ao Mestrado Profissional em Administração da EAESP-FGV (o conteúdo reflete as opiniões do autor e não da instituição).

Na última aula da disciplina “Mapeamento de Cenários” da turma 2017 do MPA, recebemos Ronaldo Pereira Jr., CEO das Óticas Carol, para discutir como é possível crescer mesmo em um cenário de crise: entre 2010 e este ano, o faturamento aumentou mais de 6 vezes (de R$ 140 milhões para R$ 920 milhões) e número de lojas superou a barreira de 1.000 pontos de venda (contra 170 no começo da década).

“A prosperidade na crise é a soma de uma análise correta das condições de mercado com uma cultura que privilegia agilidade: fazer rápido, errar rápido, corrigir rápido”. Ele destacou que esta mentalidade é fundamental em um país como o Brasil, onde o mix de cada franquia precisa estar adequado com o perfil socioeconômico e cultural da região. “A zona de conforto da maior parte de quem tem loja própria é vender caro para poucos. Em uma franquia você precisa de escala”.

Essa questão aparece de forma ainda mais acentuada no ecommerce, desde temas básicos como tributação: a maioria dos franqueados estão no Simples, mas para atender a operação on-line, que deve ganhar impulso em 2018, eles terão que ter outro CNPJ (a Carol vai direcionar a venda para o franqueado mais próximo da residência ou local de trabalho do internauta). E também não adianta achar que o digital resolve todos os problemas ou atinge todos os públicos: “embora a Carol já invista 17% da verba de comunicação na Web, esse investimento traz principalmente o cliente que compra óculos de sol. Para falar com o público de mais de 40 anos, que consome meu produto de maior margem (o multifocal), a Tv ainda é imbatível”, observa o executivo.

Para Fábio Fagundes, sócio do Grupo Detalhes, um dos maiores varejistas de perfumes e bijuterias do interior nordestino, “é muito interessante ter este tipo de atividade no MPA, me acrescenta conhecimento não somente como aluno, mas também como empreendedor, em termos de pensar estratégias de expansão para meu negócio”. Engenheiro formado em Mecatrônica pela Poli-USP e com passagens por empresas na Rússia e Alemanha, Fábio destaca as vantagens desta integração com a prática na sala de aula: “minha formação é muito quantitativa, e o contato com temas de disciplinas como ‘Organizações e Liderança’ e ‘Geopolítica e Gestão’, complementadas pelas diversas palestras com executivos de setores e minha pesquisa sobre estratégias para seleção e retenção de vendedores em redes de varejo contribui para refletir sobre o futuro do negócio e principalmente os riscos que devemos tentar minimizar”. 

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O Mestrado Profissional em Administração da FGV foi o primeiro da sua modalidade no Brasil, possui nota máxima na avaliação do Ministério da Educação e tripla certificação internacional. As inscrições para a turma de 2018 já estão abertas. Para saber mais, acesse http://mpa.fgv.br


Ana Carolina Alves

Global Product Marketing Manager, Radiology

7 a

Discussão riquíssima com Ronaldo da Silva Jr! Vale a pena acordar mais cedo num sábado de manhã!

Fernando Z.

Business Leader | Consultative Selling | Food & Feed

7 a

a aula foi excelente, e gerou muitas discussões!

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