15 euros para levantar a pensão
O contacto humano, presencial, quer-se em desuso na relação com o banco. Por questões de eficiência e de racionalização de recursos. Facilitam-se os meios digitais e, em contrapartida, penalizam-se as operações ao balcão. Nada que, em traços gerais, não se compreenda, acauteladas as devidas exceções.
Na movimentação de contas, o uso de apps e do homebanking pretende-se massivo. Mas, repetidamente, temos alertado para o facto de os meios de movimentação à distância não serem uma opção para todos os consumidores, seja por constrangimentos financeiros, de literacia ou outros.
O levantamento de dinheiro numa caixa multibanco, por mais corriqueiro que seja para a maioria, continua a não sê-lo para muitos cidadãos, por exemplo, mais seniores, alguns dos quais nem cartão possuem.
E o levantamento de dinheiro numa caixa multibanco, por mais corriqueiro que seja para a maioria, continua a não sê-lo para muitos cidadãos, por exemplo, mais seniores, alguns dos quais nem cartão possuem. Por não o saberem usar ou por recearem tornarem-se vítimas fáceis. Nestes casos, resta o levantamento ao balcão. Mas o estudo da DECO PROTESTE revela que apenas um banco nada cobra – o BNI Europa –, havendo outros, como o BBVA, que exigem mais de 15 euros, ou o Novo Banco e o Atlantico Europa, que pedem 12,50 euros.
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Valores despropositados e desproporcionais, considerando o montante que, por exemplo, um cidadão com uma pensão de velhice média, a rondar 485 euros, pode levantar... uma só visita leva-lhe 3% do rendimento!
Esta operação, que custa, em média, 6,70 euros, deveria ser gratuita para clientes menos habilitados a usarem meios tecnológicos ou com baixos rendimentos.
Porque o progresso e a digitalização não podem deixar ninguém para trás, insistiremos junto dos grupos parlamentares.
Apenas um banco nada cobra pelo levantamento ao balcão – o BNI Europa –, havendo outros, como o BBVA, que exigem mais de 15 euros, ou o Novo Banco e o Atlantico Europa, que pedem 12,50 euros.