Big Data: Maior Competitividade para as Empresas
Nós somos bombardeados de informação todos os dias, sejam elas vindas do noticiário, dos nossos websites preferidos de internet, mas nada chega aos pés da quantidade de informação que temos todos os dias nas redes sociais. Fica muitas vezes difícil de saber o que é realidade, o que é invenção e muitas vezes nem queremos nos atentar sobre a veracidade disso tudo.
É praticamente impossível filtrar esta massa de dados caótica sem tecnologia.
Para usuários da internet, nem sempre é necessário realmente validar a veracidade da informação, entretanto no mundo dos negócios a veracidade realmente é importante, pois uma simples decisão não fundada em dados reais pode prejudicar a marca, diminuir as receitas, e até em casos extremos falir uma organização. Poucas empresas contratam executivos hoje para que tomem decisões no famoso “feeling“ ou baseado em experiências anteriores. No mundo de hoje, com as mudanças que ocorrem todos os dias, a experiência passada de uma decisão bem sucedida pode estar completamente errada. Os dados hoje atravessam as empresas de todos os lados, sejam eles de seus representantes comerciais, seus clientes em contatos com o SAC, pelo aplicativo móvel disponibilizado, seu site de comércio eletrônico, sua campanha de marketing, sensores de segurança, entre todos os outros canais possíveis e as vezes até inimagináveis existentes na organização.
A rede social de microblogging Twitter processa em torno de 500 milhões de tweets por dia, o equivalente a 350 mil tweets por minuto. Em maio de 2013 Facebook processou algo em torno de 4.5 bilhões de likes diários, a cada minuto 510 comentários são postados, 293 mil status são atualizados e 130 mil fotos são enviadas. O Aplicativos de GPS Waze já possui mais de 6 milhões de usuários no Brasil sendo o segundo no ranking de utilização, perdendo apenas para os EUA.
Não é surpresa que o engajamento das pessoas em redes sociais, em aplicativos de programas de fidelidade, em aplicativos empresariais de serviços esteja aumentando com acesso maior da população a tecnologia e a internet móvel mais barata. Por mais que as empresas estejam entrando neste mercado, disponibilizando os seus serviços em vários canais de comunicação, as diferentes possibilidades de engajamento estão sendo descobertas cada vez mais rapidamente pelas empresas. Com o acesso global a compras e serviços, os usuários hoje tem maior facilidade de pesquisar o que realmente os agrada deixando-os cada vez menos fiéis a marca, e cada vez mais buscando serviços alternativos que lhes proporcionem singularidade e preços mais baixos. Com este cenário as empresas precisam cada vez mais estar perto de seu cliente final entendendo as tendências de consumo, seu dia-a-dia e o que realmente os motiva a comprar.
Quando o cliente entra no Facebook, clica em "Like" da página do produto, envia um tweet demonstrando interesse, compartilha com amigos alguma informação, a possibilidade de se engajar com o cliente é muito grande, com tanto que você consiga "compreendê-lo". Parece simples no primeiro momento você cruzar estas informações, entretanto o volume de dados envolvidos que precisam ser carregados ou processados é muito grande, inviabilizando o processamento manual, isso sem contar a variedade de tipos de dados que precisam ser cruzados. Pense no check-in na loja preferida, um "simples" comentário na página (como interpretar se é um comentário positivo ou negativo sem uma pessoa avaliar?), ou mais complexo ainda como uma foto na frente da loja. Todos estes dados não param de crescer, onde a velocidade pode invalidar todo e qualquer estudo prévio (O mercado muda rapidamente). Estes são alguns dos desafios do Big Data, isso mesmo, o volume, a variedade e a velocidade que os dados crescem e precisam ser processados.
Cada dia que passa as plataformas que solucionam estes desafios estão cada vez mais completas, seja processando consultas complexas em um curto espaço de tempo, ou mesmo "entendendo" um texto não estruturado postado em uma rede social, identificando se o usuário postou um comentário positivo ou negativo de seu produto. Este tipo de informação quando identificada rapidamente pode evitar muitas perdas relacionadas a percepção da marca ou a chance de uma venda concretizada.
Mas de onde veio a necessidade e o termo Big Data?
Big Data é um termo muito utilizado comercialmente e geralmente determina uma quantidade de dados extremamente grande que normalmente não consegue ser processado pela infraestrutura atual da empresa.
Basicamente a ascensão da internet é a resposta mais simples para este assunto um tanto complexo, mas é fácil explicar quando você pensa nos grandes sites de pesquisa. Nem sempre você sabe onde buscar uma determinada informação, e o que você faz? Nada tão simples como entrar em um site de pesquisa e digitar a palavra que você procura e em poucos cliques você encontra o que estava procurando. Por trás desta simplicidade, você já pensou em como um simples site consegue te devolver o que você quer, pesquisando dados em mais de 1 bilhão de websites espalhados pelo mundo.
Nada fácil não é?
Ainda é preciso lembrar que um website não tem apenas uma página, mas sim é composto de várias páginas.
Realmente precisamos agradecer aos inventores das tecnologias relacionadas ao termo Big Data por tornar nossa vida mais fácil.
Vários cenários utilizando as redes sociais podem ser benéficos para as empresas hoje, graças as tecnologias relacionadas ao termo Big Data. Os maiores comércios eletrônicos estão utilizando este poder para garantir que um determinado produto ou serviço seja apresentado ao cliente no momento certo tornando a proposta de venda mais assertiva.
Grandes seguradoras reduzem o risco de venda do seguro entendendo melhor seu consumidor, empresas de Telecomunicações diminuindo a taxa de churn ou oferecendo pacotes personalizados. As vezes um simples “check-in” via celular em uma loja em São Paulo pelo usuário bloqueia um saque fraudulento com um cartão clonado tentando ser utilizado em um caixa eletrônico no Rio de Janeiro. Qual é o custo para empresa quando tem que tratar saques e compras de um cartão clonado, tudo isso garante um retorno de investimento rápido a empresa que investe nestas tecnologias.
Um estudo recente apresentado pela Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES) e pela IDC apresenta que o Brasil terá um investimento de US$ 426 milhões até o final de 2014 em Big Data, e que as empresas Brasileiras estão amadurecendo rapidamente no uso de análise de dados nos negócios.
Um outro estudo interessante segundo o Gartner, com empresas brasileiras e da América Latina para avaliar tendências no uso da tecnologia, foi constatado que 73% das empresas entrevistadas já investem ou pretendem investir em análise de dados estruturados e não estruturados nos próximos dois anos, número 9% superior ao registrado em 2013.
É importante destacar que o Brasil continua sendo um país que acaba adotando novas tecnologias um pouco tarde, quando avaliado segundo os países mais desenvolvidos, e é fato que as empresas que já investem neste seguimento de tecnologia já estão colhendo frutos e se tornando mais competitivas com ofertas mais assertivas e operações mais efetivas.
É importante destacar ainda que o Brasil tem uma escassez de mão de obra especializada nesta área. Por outro lado o investimento das empresas líderes de mercados neste seguimento de tecnologia tem o Brasil como um de seus focos de investimento, o que no curto e médio prazo tende a mudar esta situação. É importante destacar também que as Plataformas Tecnológicas tem ofertas agressivas de valor a fim aumentar sua entrada no mercado, o que trás vantagens hoje para as empresas que querem entrar de cabeça nesta oportunidade.
É importante que as lideranças das organizações que ainda não estão debatendo o assunto mais a fundo, comecem a adequar este item ao seu RoadMap de evolução tecnológica para apoiar de maneira mais eficaz as áreas de negócio da organização.
Para mais informações, me coloco a disposição.
Enterprise Architecture Manager @ VR
10 aFala Beto! Precisando de Big Data ?