2020: o ano das comunidades?

Num tempo em que atrair a atenção das pessoas é cada dia mais difícil, as comunidades despontam como um ambiente em que se pode conversar em torno de interesses comuns. Em torno de 1,4 bilhão de usuários já fazem parte de comunidades ou grupos do Facebook.

Criar uma comunidade não é uma aposta de curto prazo. Você precisa antes de qualquer coisa ter foco. Construir audiência é resultado de esforço, conteúdo relevante e autêntico, e sobretudo troca. Nisso, as comunidades se distinguem dos grupos, que são mais verticais, pois tem uma certa hierarquia. O sujeito que criou o grupo dita as regras e tem poder para direcionar o debate. Nas comunidades, o processo é mais horizontal e muitas vezes a administração é compartilhado. Todos estão voltados para o mesmo propósito.

O Facebook é uma ferramenta poderosa para construir comunidades e essa é uma aposta certeira para 2020. As comunidades são as novas páginas, arriscam os especialistas, e se você - marca ou agência - está interessado no assunto, fique de olho em algumas dicas de Estevão Soares, da SMXP, e Rafael Kiso, da MLabs, num webinar promovido nesta semana pela Resultados Digitais:

• Crie o grupo
• Publique conteúdo relevante
• Descentralize a administração
• Tenha foco
• Use um nome claro que identifique de imediato os interesses do grupo
• Mantenha o grupo fechado para ter um “gate” por onde será possível obter algumas informações sobre os interessados em participar da comunidade

O Facebook não é a única rede para criar comunidades, mas talvez seja a que tenha os melhores ferramentais. O LinkedIn tem várias comunidades ligadas por interesses corporativos e profissionais, e mesmo redes como WhatsApp e Telegram - mais voltadas para distribuição do que troca de informações - têm cada vez mais grupos de interesses. São estratégias complementares e você pode usar vários canais para troca e envio de mensagens, respeitando as características de cada rede.

Em 2020, espera-se um crescimento do TikTok, uma rede social com grande engajamento de jovens e que começa a atrair a atenção de grandes anunciantes, Instagram (IGTV já têm maior entrega orgânica que o YouTube) e LinkedIn. O YouTube segue sendo a rede número 1 no Brasil, importante em qualquer estratégia de marketing digital.

Outra tendência forte é o uso do áudio como interface, pelo simples fato de nos permitir ser multitarefas. Você pode fazer muitas coisas enquanto ouve, por exemplo, um podcast. E já são 31 milhões de usuários de podcast. O uso da voz economiza o que temos de mais precioso - o tempo - e por isso, é possível prever que os podcasts devem se multiplicar em 2020.