O mundo VUCA e a comunicação
O mundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo) é realmente assustador. E não dá para evitar o frio na barriga quando pensamos nesse ambiente caótico e nos desafios para quem trabalha com comunicação.
A grande ideia que vai fazer a diferença para seu cliente, por mais simples que pareça, mobilizará um arsenal de ferramentas, conhecimentos e talentos profissionais. A solução daquele job superimportante não vai surgir da cabeça de uma mente criativa ou saltar da tela do seu laptop. Não tem jeito. Gênios não existem.
Os desafios de comunicação exigem uma nova forma de se posicionar no dia a dia. Aceitar verdadeiramente que não temos certeza de nada. Que todo o olhar, por mais desimportante que pareça, faz diferença. Que aquela ideia aparentemente sem nexo do seu colega que não tem nada a ver com o projeto, pode fazer sentido.
As entregas não dizem mais respeito ao que você acha que sabe ou conhece. Elas são a somatória de diversas experiências e as trajetórias individuais não têm tanto valor se não puderem conversar com o novo.
A primeira consequência desse cenário caótico é que para resolver problemas que tirávamos de letra no passado, será preciso um esforço ainda maior. E esse esforço passa por ampliar o repertório, como bem disse a engenheira e designer Lígia Fascioni, num excelente talk que ocorreu na Acate Downtown no início da semana, por iniciativa do amigo Jailson de Sá, do Portal AcontecendoAqui.
Várias estratégias ajudam nesse processo de ampliação do repertório. Estudar, ler, viajar, assistir filmes, ouvir musicas, ir a shows e ao teatro. Testar hipóteses que antes sequer cogitaríamos. Ouvir realmente o outro.
Pessoas que têm se dedicado a entender esse mundo VUCA, alertam: empatia e criatividade serão as competências fundamentais do futuro que já chegou. Desenvolvê-las pode representar um grande desgaste emocional - e até físico - para quem acompanha a rapidez da chamada revolução 4.0. Prepare-se: a opção de ignorar as mudanças ao redor não está disponível.