2020 Um marco na liderança organizacional!
Esta semana tivemos a oportunidade de ler o importante artigo de Rafael Kato no LinkedIn sobre as principais tendências para 2020 na opinião de alguns cientistas renomados de diversos países. Chama muito a atenção, e meu desejo aqui é enfatizar ainda mais, algumas dessas tendências, que a meu ver, são as propulsoras de todas as outras, e que definirão os rumos das organizações e da sociedade para os anos vindouros, não somente 2020. São elas:
- O benefício mais desejado no trabalho será o tempo.
- Os governos podem ter que tratar a recapacitação profissional como um novo ensino básico.
- Falaremos mais abertamente sobre saúde mental no local de trabalho.
- O capitalismo estará no banco dos réus.
- A transformação social passará pelo empreendedorismo.
- Sua capacidade de foco será a sua competência mais importante.
- A neurociência será a aliada de empresas de tamanhos variados.
Como trata-se de um conjunto de variáveis fundamentadas no comportamento humano é necessário entender essas tendências de uma forma sistêmica, ou seja, todas elas interligadas e influenciando umas às outras o tempo todo. É fato que todos os comportamentos humanos provocam consequências em todo o ambiente a sua volta, inclusive o ambiente não humano. Por isso é prudente analisar todas em seu conjunto conectado.
Iniciando pelo capitalismo que não consegue proporcionar à sociedade como um todo o patamar de saúde, educação e desenvolvimento humano desejado, concentrando um alto volume de recursos financeiros em poucas mãos. Esse processo já está em seus últimos dias, se esgotando. O poder de compra está cada vez mais restrito, elevando os custos e reduzindo os lucros, forçando empresas e governos a mudar sua forma de conduta. No mundo todo estamos vendo a necessidade de maior controle dos gastos e menor patamar de preços. Caminhamos para uma nova forma de desenvolvimento social já que nem socialismo nem capitalismo constroem sociedades capazes de viver de forma pacífica e saudável. Caminhamos para uma forma de organização social onde os governos terão de gastar menos e oferecer mais suporta à população como um todo.
Óbvio que este cenário está forçando governos e organizações de todos os tipos a modificarem suas estratégias elevando sua atuação na formação educacional da população em geral. Principalmente no caso brasileiro, não é mais possível um desenvolvimento elevado sem uma forte transformação nos padrões de comportamento, tanto técnicos como sociais. Assim, governo e empresas terão de assumir projetos de educação que acelerem o desenvolvimento desses padrões em toda sociedade, sob pena de sucumbir ao caos e à miséria.
Considerando esse novo modelo social é também evidente que o modelo de liderança/ gestão das organizações passa por um período, no meu entender altamente salutar, de rarefação. Sai o poder de mando e entra o poder do líder: Um gestor capaz de organizar o grupo organizacional na direção de uma missão cooperativa com a sociedade em que vive. A organização sem muros... Um grupo de pessoas que proporciona produtos e serviços contributivos, a preços que todos podem pagar e que cresce continuamente por meio da educação e criatividade.
Esse modelo de gestão, fundamentado na neuropsicologia cognitiva, será capaz de reduzir drasticamente a ansiedade, o medo e a depressão hoje tão presente nas organizações, que serão substituídos pela vontade de buscar realizações mais inovadoras, correr risco em grupo e felicidade no trabalho. Não tenho dúvidas de que, cada vez mais, a lideranças das organizações, com fins lucrativos ou não, governamentais e privadas, assumirão a responsabilidade pela formação de pessoas saudáveis e empreendedoras. Isso pelo simples fato de que nós, serem humanos vivemos cada vez mais influenciando uns aos outros.
Caminhamos para organizações cooperativas. Grupos de pessoas dedicadas a determinas missões proporcionando benefícios uns aos outros. Dessa forma assumindo uma importante participação no processo de evolução da sociedade como um todo. Não estou falando aqui em “socialismo”, “comunismo” ou “capitalismo”. Estou falando em uma forma de influência social em que as organizações estão sendo forçadas entrar. Mas que criará um mundo melhor.
Concluindo, concordo com o Sr. Rafael, estamos diante do nascimento de um novo modelo de liderança. Portanto de um novo modelo de organização, onde o privado e o governamental se juntam para a construção de novas forma de vida.
Pense nisso!
LAUTER F. FERREIRA
AYRES & FERREIRA LTDA.
Psicólogo – CRP-06/09138-0
Autor do livro “Construindo Equipes de Alta Performance”.