Gestor de primeira linha. Esse fazedor de resultados!
Escondidos no meio da produção, abastecedores, montadores de equipamentos, nos biombos do salão do escritório, no meio das prateleiras do estoque, ou nas ruas, acompanhando vendedores, está esse profissional gerador do resultado palpável. Resultados que todo gestor principal de qualquer organização desenha em seus projetos estratégicos e deseja ver realizados.
O chamado gestor de primeira linha é aquele sujeito que lidera uma equipe encarregada de produzir todo tipo de objetos e serviços que fazem uma empresa funcionar, desde um simples relatório de vendas até os produtos e serviços prestados aos clientes.
Esse é o sujeito responsável por garantir que sua equipe consiga produzir respeitando todos os requisitos técnicos formulados pela engenharia, aproveitando cem por cento os equipamentos e insumos que lhe são disponibilizados e dentro do custo previsto.
Esse é o sujeito responsável pela efetiva realização dos objetivos de produção, qualidade, venda, satisfação do cliente, relatórios confiáveis etc.
Esse é o sujeito responsável por orientar, motivar e manter o compromisso de todos os profissionais que fazem parte de sua equipe. Construindo uma equipe coesa e alinhada com as estratégias e objetivos da empresa.
Esse é o sujeito, primeiro nível de liderança, capaz de captar informações vindas dos clientes, dos profissionais operacionais, do mercado e da sociedade em geral vitais para a estratégia corporativa.
Enfim, o líder de primeira linha, ou os líderes de primeira linha, são os gestores responsáveis por construir equipes formadas por profissionais capazes de garantir todos os resultados palpáveis, mensuráveis, estratégicos, e financeiros que os gestores principais, diretores, acionistas etc. mais desejam.
Muitos são promovidos considerando critérios pouco claros. Normalmente o profissional que tem melhor produção, mesmo abaixo dos objetivos ou de qualidade duvidosa, mas é o cara que não falta, dificilmente chega atrasado, está mais tempo na empresa etc. Alguns gestores mais cuidadosos avaliam sua habilidade de liderança por meio de inventários psicológicos ou outros instrumentos disponíveis.
Como são promovidos entre seus próprios colegas, aceita-se a ideia de que esse recém promovido já está integrado na equipe e não necessita modificar muito sua forma de conduta. “Basta ser ele mesmo e fazer mais ou menos como seu antecessor fazia”.
Como o recém promovido já conhece os procedimentos da empresa, pode ser cobrado de imediato pelos resultados desejados, não havendo necessidade de algum treinamento sobre como as coisas devem ser feitas.
Como o recém promovido já conhece a empresa, também não há necessidade de promover sua adaptação com os profissionais de outras áreas de atividades relacionadas ou não com os resultados que sua equipe terá de alcançar.
Seus problemas começam já no dia seguinte após sua promoção. Ao chegar no trabalho vai direto na rodinha de café onde sempre se reuniu com seus colegas para falar do futebol de dia anterior, de política, falar de seu chefe e da empresa, mas todos saem da roda e ele, coitado, fica só!
Seus problemas continuam quando os produtos e serviços não saem conforme requisitos e, ainda por cima, abaixo dos objetivos definidos.
Se agravam quando identifica pessoas de sua equipe faltando ao trabalho com frequência, reduzindo sua força de trabalho e aumentando seu patamar de custos.
Seus problemas começam a ficar insuportáveis quando seu chefe, o gerente, cobra sua responsabilidade por “liderar” e conduzir a equipe que lhe foi designada com energia, às vezes desproporcional.
Fica muito angustiado quando os profissionais de sua equipe falam em aumento de salário e melhoria nos benefícios que a empresa oferece, e seu chefe demora a lhe dar respostas, diz que o RH que define essas coisas!
Em sua grande maioria esse sujeito, cria sua própria forma de conduta e liderança, fala pouco com seu chefe evitando constrangimentos, apenas proporciona aos membros de sua equipe os insumos e informações básicas, faz o que lhe mandam sem questionamento, apoia as reclamações de seu pessoal, culpa outros por resultados ruins, demite pessoas “rebeldes” e, muitas outras atitudes que nós já conhecemos.
Fundamentalmente, esse é o sujeito da maior importância em qualquer empresa que deseja, no mínimo, se manter viva. Mas, esse também é o sujeito menos valorizado na linha de liderança.
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Esse é o sujeito que a maioria dos gestores e acionistas esquecem que precisa de orientação, acompanhamento e suporte. Normalmente pensam que por ser um sujeito escolhido entre seus pares, já tem reconhecimento e respeito desses. Por ser um sujeito que já conhece tudo sobre a empresa, já sabe onde procurar recursos e com quem falar para conduzir seu grupo. Já possui conhecimento das diversas atividades, políticas, produtos e posicionamentos. Principalmente acreditam que é um líder “nato”, por estar sempre nas rodas e festas que o grupo promove. Mas esquecem, ou nem se dão conta, de que quando um sujeito é promovido a uma posição de liderança, “tudo muda”.
Seu grupo de amigos de bate papo sobre assuntos pessoais, agora são seus subordinados. São pessoas que ele, líder, precisa fazer cumprir o livrinho de normas, produzir e atingir metas. São pessoas sobre as quais ele vai decidir por aprovar uma falta ou saída antecipada.
Seu chefe agora não é mais um ex-colega que, bem ou mal, convive com ele no dia a dia. Seu chefe agora define metas a serem atingidas e cobra essas realizações todos os dias.
Seu trabalho não é mais operar uma máquina, visitar, atender clientes e fechar vendas, montar uma peça de propaganda etc. Seu trabalho agora é fazer com que os profissionais de sua equipe façam o operacional tão bem ou até melhor de que ele fazia. E... Ele não sabe nada disso! Está deixando um trabalho que conhece profundamente e tem controle quase que absoluto sobre seus resultados, para um trabalho de que nada conhece, não tem controle e nem segurança da realização dos resultados. Um trabalho no qual depende, quase que totalmente, da “boa Vontade dos outros”.
Nesse cenário a maioria das organizações vive um estado de baixa performance e descontrole, acreditando que os resultados, hora atingidos, são o máximo que poderiam alcançar.
Pense em como é isso na sua empresa. Que comportamentos o líder de primeira linha pratica em busca de uma equipe capaz de alcançar os patamares de realizações que você deseja.
Quais orientações, suporte e acompanhamento a gestão proporciona para construir uma liderança de primeira linha realmente capaz de dirigir um grupo em busca de performance sempre mais elevadas.
Entre em contato comigo para debater esse assunto considerando a realidade atual e um cenário futuro específico para sua empresa.
LAUTER F. FERREIRA
Ayres & Ferreira Ltda.
Psicólogo – CRP-06/09138-0
Autor dos livros “Construindo Equipes de Alta Performance”,
“Alta Performance: Sete Forças Sob Sua Pele”.