3 desafios para ser uma pessoa altamente produtiva, saudável e consciente
Não sei você, mas eu penso que nossa vida está bem melhor com nossas smartcoisas e computadores interligados do que sem eles. Porém, o que me preocupa é o fato de termos uma vida maravilhosa que deixamos de aproveitar.
Talvez nossos avós pensassem que com o surgimento dos computadores as pessoas teriam mais tempo para se dedicar ao lazer, à família e aos amigos. Mas contrariando esta expectativa, hoje temos cada vez menos tempo livre e a nossa qualidade de vida não é a das melhores. Qual o motivo disso?
Não sabemos mais como sermos individuais em um mundo coletivo. Nem conseguimos lidar com dúvidas, pois, a hiperconectividade traz o oráculo para nossas mesas, bolsos, relógios e aparelhos de TV. Também não apreciamos a arte, pois, esta é sempre mediada por telas de celulares que ficam entre nós e o espetáculo.
Doenças musculares, lesões nos dedos das mãos e nos olhos, distúrbios de comportamento e um profundo mal-estar. O que era para ser nosso trampolim para uma vida melhor, mais digna e mais humana; tornou-se nossa órtese. Em outras palavras: Ao invés da tecnologia ser nossa aliada em nosso crescimento como seres inteligentes, estamos desaprendendo a andar e a usamos como muletas. Mas como se livrar destes e de tantos outros sintomas nefastos e incapacitantes, sem perdermos o que a hiperconexão tem de melhor?
Em teoria, isso é simples. Todavia aviso que pode doer no ouvido de pessoas mais dependentes das tecnologias. Asseguro-lhe que se você quer ser mais saudável, produtivo e criativo, ler este artigo até o final te deixará no mínimo com alguns quilos a menos sobre seus ombros.
Direto ao ponto: Fique offline
Os três desafios se resumem à isso: ficar offline. Sei que parece um contrassenso, pois, você está online para ler este artigo. Para explicar melhor este desafio, peço que continue online até o final desta leitura tudo bem? Vamos então para o primeiro grande motivo de encarar este desafio.
1.º Desafio: Consuma menos e crie mais
Adoro o Netflix. E o Google, a Wikipedia, Deezer, Amazon, e mais vários serviços que me proporcionam entretenimento. A grande questão é: consumimos muito conteúdo e não criamos nada.
Para os que têm um pensamento mais concreto, imagine que você pode vender o seu produto para outras pessoas e ganhar um bom dinheiro, mas prefere ficar consumindo a mercadoria de seu concorrente que já está disponível no mercado.
Experimente reservar cerca de vinte minutos por dia para deixar de consumir e comece a criar algo: pode ser um artigo, um desenho, uma poesia, uma teoria, um novo método para fazer o seu trabalho, uma nova combinação de sabores na cozinha… Faça qualquer coisa que você goste.
Em um primeiro momento, não é necessário que você saiba. É preciso somente que você crie. Experimente fazer isso e dentro de duas semanas você se sentirá mais criativo.
2.º Desafio: Fique mais saudável
A hiperconexão faz com que prestemos atenção em tudo: menos no que deveríamos. Conectar-se em qualquer lugar é fácil, mas você consegue conectar-se consigo mesmo?
Um desafio: ao sair de casa ou do trabalho, deixe o celular no bolso com a opção “não incomodar” ativada. Se você assim como eu, vai a pé para o trabalho, observe as pessoas, as vitrines, os carros, os cheiros, os sons… perceba seus passos, sua postura, sua fisionomia. Enfim, aproveite os poucos minutos que tem no trajeto para o trabalho e use-os para refletir sobre a sua própria vida. Se você vai de carro, moto metrô, ônibus, avião, espaçonave… aproveite para observar o trajeto, experimente uma nova rota todos os dias. Com certeza, por mais que você conheça a cidade onde está, surpresas o esperam nas ruas, casas e lojas que você nem sabia que existiam. São apenas alguns minutos. Depois disso, você pode (e DEVE) voltar para o seu celular para conferir as novidades.
3.º Desafio: Seja mais produtivo
Temos diversas tecnologias para sermos mais produtivos. Só que lançar mão de todas elas é caótico e contraproducente. A não ser que você seja da “relações públicas” da empresa, desligue o whatsapp. Pode até parecer que alguns segundos não farão a diferença, mas é isso o que separa um ‘bom dia’ de um ‘dia que não rende’. Por mais que não respondamos às mensagens, ao dar uma olhadinha fazemos com que nosso cérebro tire o foco de atenção do que estamos fazendo, e para retomar a atenção no ponto onde estava, há um gasto desnecessário de energia.
Para os que não são familiarizados com a neurociência, tentarei fazer um exemplo mais caricato do assunto. Imagine que você decidiu fazer um belo spaghetti com almôndegas. Coloca a água para ferver, corta os tomates, sova e tempera a carne. Daí quando a água está fervendo, ao invés de colocar o macarrão, você desliga o fogo e guarda os ingredientes. Passados alguns minutos você pega novamente os ingredientes, liga o fogo e continua o processo.
Por mais que pensemos que somos uma geração multitarefa, nós não somos.
Ao mudarmos o foco de atenção, nosso cérebro ‘guarda os ingredientes’ que estava utilizando, e quando volta para a tarefa, demora um certo tempo para se reorganizar.
Para os que não conseguem ou não podem ficar sem o whatsapp, uma ideia é estabelecer uma meta de olhar o celular apenas uma ou duas vezes por período. Se for um cliente, você estará em tempo hábil de respondê-lo. Se for algo pessoal, você ficará informado estará preparado para responder ao assunto quando for pertinente. Geralmente, a maioria do que chega no whatsapp são fofocas, sons de pessoas gemendo, bichinhos de bom dia e fotos de acidentes.
Mas e se for algo URGENTE?
Se eu quisesse falar com você agora, eu ligaria. Tenho certeza que seu cliente ou familiar fariam o mesmo. Nem que seja só para dizer “Olá, veja o seu whats que mandei algumas coisas para você…”.
Resumindo: não precisa jogar fora o celular ou habitar qualquer hábito moderno de comunicação e diversão. Se você considerar pelo menos dois dos três motivos que lhe apresentei aqui, você se sentirá melhor consigo mesmo, com seus amigos e colegas. Além de se perceber mais produtivo. E aí, topa ser uma pessoa melhor?
Abraços e até o próximo artigo!
Referência das Imagens
- "Mother and doughter exercisig on road", no author, in VisualHunt.
- "Offline Twitter", by roblawton, in VisualHunt.
- "yoga girls personalization", by Christopher Campbell, in VisualHunt.
- "Man working on laptop with digital tablet and mobile phone on wooden table", no author, in VisualHunt.
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7 aSalve Luciana! Saudades do grupo, das conversas e das conspirações. ;D Aqui no LinkedIn vou compartilhando os meus estudos e descobertas (pois na vida já aprendi muita coisa com gente que estava disposta a compartilhar o seu tempo e suas experiências). E você Luciana Oliveira dos Santos é uma destas pessoas que tive o privilégio de encontrar nesta vida corrida. Muito obrigado!
Oi Jonas, obrigada por compartilhas suas idéias conosco, nos instigando a também desenvolver as nossas. Sdds do nosso grupo de estudo..! Grande abraço.