3 Tendências da Computação em Nuvem a Serem Observadas em 2020/21

3 Tendências da Computação em Nuvem a Serem Observadas em 2020/21

Segundo matéria da VentureBeat, as organizações gastaram um recorde de 107 bilhões de dólares em infraestrutura em nuvem no ano de 2019. Mesmo em um cenário pré-pandemia, o uso de serviços como Google Cloud, AWS e Azure já apresentava um crescimento de 37% em relação ao ano anterior.

Ainda no primeiro trimestre de 2020 o montante gasto foi aproximadamente um terço de tudo aquilo registrado no ano anterior.

Com as mudanças repentinas no modo de trabalho, houve uma corrida desenfreada em busca de soluções de continuidade de trabalho, conectividade e serviços de desktops remotos. Tal velocidade de provisionamento só consegue ser atingida com a ajuda das nuvens públicas.

Na nuvem, servidores e máquinas virtuais são disponibilizados em segundos enquanto em um modelo tradicional, o processo de compra, provisionamento e configuração das máquinas pode levar meses. As vantagens mais evidentes do modelo em nuvem, são o aumento na flexibilidade dos custos, uma vez que eles podem diminuir ou aumentar de acordo com a real necessidade do seu negócio – baseado na carga de trabalho atual.

Empresas trocam CapEx por OpEx e o provisionamento de infraestrutura não é mais exclusividade da área de TI. Diferentes áreas podem decidir como e quais tecnologias serão adotadas baseadas em suas necessidades e sua capacidade de gerar valor. Também existe um controle mais granular dos gastos por diferentes centros de custo.

Por outro lado, existe alguma evidência de que a corrida de 2020 não focou em modernização de infraestrutura. A grande maioria das empresas, apenas migrou seus datacenters para a nuvem, o famoso lift and shift. Houve a mudança de ambiente mas pouca preocupação em adaptar as cargas de trabalho atuais para maximizar o retorno sobre o investimento.

Sendo assim, três pontos tornam-se chave para que a migração torne-se um fator de sucesso e continue sendo um motor para a inovação:

1-Arquitetura Elástica

Da mesma forma que 2020 foi um ano marcado pela adoção da nuvem como forma de expandir rapidamente a infraestrutura das empresas, podemos esperar um movimento oposto a qualquer momento, incertezas podem exigir uma retração súbita dessa infraestrutura.

Criar uma arquitetura de cloud que consiga expandir, e diminuir, em tamanho baseado no uso, é a chave para acompanhar flutuações, escalar de forma rápida e controlar custos em momentos de incerteza.

2-Modernização de Cargas de Trabalho

Migrar para a nuvem é apenas o primeiro passo. Para alcançar um retorno sobre investimento, é necessário entender como se dará esse processo e quais adaptações devem ser feitas.

Nem só de DevOps, contêineres e micro-serviços vive um processo de transformação digital.

Devemos analisar todo o ciclo de migração para extrair o melhor desse novo ambiente. Parte desse trabalho, envolve repensar o uso de ferramentas que utilizamos em nosso dia-a-dia e incorporar, de uma vez por todas, tecnologias open-source e plataformas que cobram pelo uso. Não podemos mais dar espaço a empresas e aplicações que exigem licenças por usuários e dispositivos, muito menos modelos de cobrança que exigem comprometimentos de uso de longo prazo.

Usuários corporativos ainda são reféns de sistemas operacionais obsoletos, aplicações legadas e modelos de licenciamento que tornam-se gargalos em momentos de extrema incerteza. Seu sistema operacional limita o uso em dispositivos distintos? Suas aplicações de uso diário são fechadas, pouco customizáveis ou funcionam de forma instável em diferentes plataformas?

3-Segurança Baseada em Contexto

Ao contrário do que se prega, o uso de VPNs é uma prática obsoleta e pouco segura. Suas conexões são lentas, sua implementação e administração é complexa e demanda mão de obra e infraestrutura específica. Empresas como o Google aboliram seu uso em meados de 2010 e a maioria das empresas deveriam seguir seguir esse caminho.

Para substituir o uso de VPNs, o Google criou, e disponibilizou para o público, a BeyondCorp, uma tecnologia que permite a criação de controles de acesso granulares e dinâmicos com base na identidade de um usuário e no contexto da solicitação de acesso, sem a necessidade de uma VPN tradicional. Isso representa uma menor complexidade dos processos de TI e mais simplicidade de acesso para os usuários, sem abrir mão da segurança.

O processo de Modernização

A modernização de aplicativos significa muitas coisas para muitas pessoas. Dependendo do seu ambiente, isso pode significar a atualização de máquinas virtuais para contêineres e Kubernetes, unificar cargas de trabalho e serviços. Para outros, a modernização de aplicativos significa usar ferramentas e conceitos nativos da nuvem ou um modelo híbrido -com parte da infraestrutura local e parte alocada em nuvem.

Seja qual for a sua definição, um Arquiteto e um Engenheiro de Cloud são fundamentais para ajudar sua empresa a alcançar seus objetivos de negócios e modernização, alcançando maior agilidade e melhorando a governança geral.

Mover para a nuvem é apenas o começo e nunca se esqueça: esperança não é uma estratégia. Planejar é a melhor forma de extrair o melhor de cada movimento tecnológico.


Monikaben Lala

Chief Marketing Officer | Product MVP Expert | Cyber Security Enthusiast | @ GITEX DUBAI in October

1 a

Thiago, thanks for sharing!

Helena Furtado Rodrigues Vieira

Account Executive at Amazon Web Services

4 a

Foi ótimo, só leio verdades

Ygo Leite

CPTO | Transformação de Negócios

4 a

A publicação ficou muito boa, Thiagão! Realmente, tendo em vista a urgência vivida, o momento é de lift and shift, ainda vamos ter uma esforço grande de modernização e transformação pela frente.

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