33ª Superminas

Ver quem trabalha com afinco, seriedade e comprometimento para o desenvolvimento de Minas Gerais é um orgulho e isso vale ser reforçado e compartilhado. Boas práticas precisam ser ressaltadas principalmente nesta fase, em que o Estado de Minas Gerais passa pela mais severa crise fiscal da sua história.

Na tarde da última terça, no dia 15, estive na abertura da 33ª Superminas, feira que promove o setor supermercadista e da panificação e reúne as maiores marcas de alimentos e redes de supermercado do Brasil. Pude acompanhar in loco o gigantismo desse segmento, que conta com 7.242 lojas em todo estado, além do enorme número de pessoas envolvidas na realização do evento. 

Para se ter uma ideia da importância do setor supermercadista em Minas, o segmento encerrou o ano passado com 200 mil funcionários. Para ser exato, foram 197.686 empregos diretos, faturamento de mais de R$ 35 bilhões e investimentos da ordem de R$ 514 milhões. 

Só em 2019, os supermercados serão responsáveis por 7.300 novas vagas no estado. Portanto, esse segmento contribuiu, com toda certeza, para a criação dos mais de 100 mil novos empregos com carteira assinada no acumulado deste ano em Minas Gerais. Realmente, exemplos como esse são essenciais para a retomada do crescimento. 

E nós vamos crescer. Também na última terça-feira, o Fundo Monetário Internacional divulgou a revisão para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, de 0,8% para 0,9%. Sim, ainda é pouco, mas estamos na contramão da América Latina, que teve revista, para baixo, a taxa de crescimento de 0,6% para 0,2%.  

Feiras como a Superminas precisam ser valorizadas. Aliás, nosso desejo é a retomada de todos os segmentos produtivos. Nossa diretriz é a de que quem produz não seja penalizado. Para isso, estamos empenhando esforços para desburocratizar processos, reduzir obrigações acessórias e atender, sempre que possível, quem deseja empreender no estado. Não podemos onerar ainda mais quem gera empregos. Pois é com trabalho, muito trabalho, que vamos voltar a crescer.

Neste ano, a feira, que é a segunda maior do país no segmento, deve gerar R$ 2 bilhões em negócios. Em 2018, foram 484 estandes, 650 cidades mineiras representadas, 55 mil visitantes e R$ 1,86 bilhão em negócios. É isso. Minas Gerais precisa ocupar o seu lugar como uma das maiores economias do Brasil. Precisamos equilibrar as contas e unir forças para reerguer o estado. 

O segmento, em Minas, teve expansão de 3% de janeiro a agosto deste ano, na comparação com igual período de 2018. É um índice animador se pensarmos no poder de consumo da população. Ainda há muito o que se fazer, mas temos a certeza de que todos nós, mineiros e representantes da população, estamos nos esforçando na mesma direção. Minas cresce, o Brasil cresce. Minas ganha, os mineiros ganham!

Executivo, Legislativo e Judiciário. Todos os Poderes estão unidos com o mesmo objetivo: reerguer Minas Gerais. E é por isso que, na semana passada, enviamos para apreciação da Assembleia Legislativa três projetos. Inicialmente, propusemos a venda da Codemig; a operação financeira envolvendo a empresa; e a possibilidade de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que é um programa federal de socorro a estados em dificuldades financeiras.

Com a adesão, teremos que tomar medidas para equilibrar as contas. Assim, poderemos ter um prazo maior para pagar nossas dívidas. Temos mais de R$ 100 bilhões em débitos com bancos e com a União. E outros R$ 34,5 bilhões basicamente em dívidas deixadas pelo governo anterior, os chamados restos a pagar. Estamos quase insolúveis. Por isso preciso muito do apoio e da sensibilidade de todos vocês. Todos juntos por Minas Gerais.