#37 | ANS suspende comercialização de nove planos de saúde - e outras notícias do setor
Olá, profissional da saúde!
📑 A ANS anunciou a suspensão temporária da venda de planos de saúde devido a reclamações sobre cobertura assistencial. A medida, parte do Monitoramento da Garantia de Atendimento, afeta nove planos de duas operadoras, incluindo Univida Coletivo Por Adesão e Prime 400. A suspensão entra em vigor em 9 de julho.
Na edição do #xvinews dessa semana, entenda um pouco mais sobre esta e outras notícias que movimentaram o setor de saúde no Brasil.
Boa leitura!
🗓️ Na última segunda-feira, 01/07, o Prof. Dr. Adriel Branco participou de um evento, promovido pela área de Estratégia e RH da Unimed Campinas, como debatedor, junto à Alessandra Jordão, Gerente de Contas Médicas e Intercâmbio, sobre Fraude e Desperdício no Setor.
➡️ O objetivo do evento, destinado ao público interno da cooperativa, foi disseminar termas relevantes para os funcionários e permitir que discorressem sobre os casos mais comuns de fraudes, situações e disperdícios e as medidas protetivas para reduzir prejuízos.
➡️ Recentemente, a ANS divulgou resultados financeiros positivos do 1º trimestre de 2024, com 75,7% das operadoras de planos de saúde (OPS) registrando lucros. Houve redução na sinistralidade, baixo endividamento e um recorde de R$ 115 bilhões em aplicações financeiras, que têm superado o resultado das operações de planos de saúde desde o 3º trimestre de 2021.
📉 Apesar do aumento nas aplicações, muitas OPS ainda sofrem perdas significativas por falta de gestão profissional. A RN 518 exige medidas de controle de riscos financeiros para grandes OPS. Desde 2021, a rentabilidade das aplicações não superou a taxa Selic, com uma média de 84,3% da Selic nos últimos três anos.
Analisando os resultos, constata-se que as operadoras investem um terço da carteira em fundos com títulos privados, enquanto o restante do setor investe mais em títulos públicos. As cooperativas médicas têm maior alocação em títulos bancários e assumem maior risco com retornos inferiores.
➡️ As clínicas particulares no Brasil enfrentam grandes desafios com o recebimento de reembolsos dos planos de saúde. Segundo uma pesquisa do software médico Conclínica, 52% dessas clínicas consideram a gestão financeira e o processamento dos reembolsos como questões primordiais, sendo que a complexidade dos processos e os atrasos nos pagamentos afetam negativamente o fluxo de caixa e as margens de lucro.
⁉️ Para mitigar esses problemas, as clínicas podem investir em sistemas de gestão financeira eficientes, automatizar processos, manter-se informadas sobre contratos e regulações, e diversificar suas fontes de receita. Essas medidas ajudam a melhorar a transparência, acelerar o fluxo de trabalho, facilitar a comunicação com operadoras e reduzir a dependência dos reembolsos.
💻 O uso de soluções tecnológicas integradas, como softwares de gestão clínica, pode centralizar tarefas burocráticas, automatizar processos e minimizar riscos de atrasos em pagamentos e reembolsos. Essas estratégias fortalecem a gestão financeira e garantem a sustentabilidade das clínicas no mercado de saúde.
➡️ O acordo verbal entre o presidente da Câmara, Arthur Lira, e operadoras de planos de saúde para suspender rescisões unilaterais de pacientes em tratamento contínuo gerou debate sobre a inclusão de novos termos no projeto de lei que regulamenta o setor, especialmente a permissão de contratos sem internação. O Idec considera isso uma chantagem dos planos de saúde para influenciar a regulação.
O advogado Bruno Boris considera legal a oferta de planos sem internação, desde que os limites sejam claros para os consumidores. Fabio Izoton, corretor de seguros, observa que já existem produtos com cobertura ambulatorial ou hospitalar. A busca por serviços alternativos de saúde aumentou, mas especialistas alertam para a necessidade de atenção aos detalhes dos serviços.
⁉️ A ANS acompanha a discussão sobre "planos acessíveis" e é contra a redução de coberturas ou direitos dos consumidores, enfatizando a qualidade da assistência. A entidade afirma que planos apenas com cobertura para consultas e exames já existem e destaca a importância de uma assistência integral à saúde.
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🏥 O setor de saúde manteve sua relevância em fusões e aquisições em 2023, apesar das altas taxas de juros, pressões inflacionárias e incertezas geopolíticas. No Brasil, o setor cresceu fortemente em 2021, mas desacelerou nos anos seguintes. Em 2023, acordos no setor de saúde alcançaram US$ 3,4 bilhões, com 60% desse valor concentrado na aquisição da Amil.
O mercado brasileiro de saúde é robusto, com mais de R$ 1 trilhão em receita e potencial de crescimento, impulsionado por mudanças demográficas e novos modelos assistenciais. O setor de prestação de serviços assistenciais atrai a maioria dos acordos, buscando ganhos de escala. Investimentos em tecnologia de saúde, como health techs, têm crescido, representando mais de 10% das transações recentes.
⁉️ Há uma transição para investimentos mais disruptivos, com maior participação de private equity, buscando novos elos da cadeia de valor e modelos de assistência. A médio e longo prazo, o setor de saúde privada no Brasil deve continuar atraindo capital, mas será necessário lidar com custos da dívida, inflação e regulamentações setoriais para garantir eficiência e crescimento sustentável.
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⁉️ Os beneficiários do plano de saúde Unimed-Rio transferidos para a Unimed Ferj enfrentarão um reajuste de 21,1% nas mensalidades, limitado a 20% ao ano, conforme autorizado pela ANS. Este ajuste extraordinário visa equilibrar a carteira da Unimed-Rio, e a ANS destacou que o aumento anual autorizado é de 6,91% para planos regulamentados.
Silvio Guidi, advogado sanitarista, explica que o reajuste cobre custos e que qualquer excesso será transferido para o próximo ano. Beneficiários podem optar por mudar de operadora. Elano Figueiredo, especialista em saúde, defende a decisão da ANS como necessária, mas alerta sobre o precedente perigoso para outras operadoras em dificuldade, enfatizando a importância de investigar e responsabilizar os gestores.
➡️ A medida, baseada em um Termo de Compromisso entre as operadoras e autoridades, busca reduzir os desequilíbrios financeiros da Unimed-Rio. A ANS garante que a operadora deve informar claramente os beneficiários sobre o reajuste e seus motivos.
🗣️ A ANS anunciou a suspensão temporária da venda de planos de saúde devido a reclamações sobre cobertura assistencial. A medida, parte do Monitoramento da Garantia de Atendimento, afeta nove planos de duas operadoras, incluindo Univida Coletivo Por Adesão e Prime 400. A suspensão entra em vigor em 9 de julho.
➡️ Ao todo, 14.063 beneficiários serão protegidos por essa medida. A comercialização dos planos suspensos só será permitida novamente se as operadoras melhorarem seus resultados no monitoramento. A ANS avalia trimestralmente o desempenho das operadoras e suspende a venda dos planos que apresentam riscos à assistência à saúde.
A cada três meses, a ANS revisa a lista de planos suspensos. Se as operadoras apresentarem melhorias e deixarem de representar riscos à assistência, poderão retomar a comercialização desses planos.
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