5 comentários sobre o HackTown 2016
Antes de mais nada, se você não ouviu falar ou não sabe o que foi o HackTown 2016, eu tento explicar: seria mais ou menos como um SxSW pocket e com pão de queijo.
Se não ficou claro ainda, o HackTown reuniu dezenas de palestrantes de empresas de tecnologia, agências de propaganda, design thinking, educação, VR, AR, MR, economia criativa, inovação e muito mais em Santa Rita do Sapucaí.
Se você quiser saber mais sobre a programação e sobre o Hacktown 2016, pode visitar essa página aqui.
Para quem esteve lá, o evento teve um formato foda e muito mais acertos do que erros. Méritos pra equipe organizadora e pro Carlos Henrique, que vem revolucionando a cidade.
Eu, do meu lado, deixo aqui 5 comentários para quem foi concordar ou discordar e para quem não foi se animar a ir ano que vem (ou quem sabe replicar o formato em sua cidade).
- SRS é um lugar duca. A chegada em Santa Rita do Sapucaí é quase surreal. Você olha pela janela e vê uma sequência de empresa de tecnologia, empresa de tecnologia, pasto, pasto, vaca, empresa de tecnologia, empresa de inovação, cooperativa rural, pasto, vaca, empresa de tecnologia e por aí vai. É como se o Vale do Silício fosse reinventado em torno de uma pracinha e uma igreja. Isso quer dizer que o lugar consegue ser acolhedor e simples ao mesmo tempo em que é intelectualizado e moderno. Um contra-senso delicioso que fez do HackTown 2016 uma experiência muito maior do que um grande ciclo de palestras e debates.
- Gente boa gosta de compartilhar. Gente foda de startups, gente foda de agências, gente foda de tech, gente foda de movimentos criativos, enfim, gente foda por todos os lados com uma coisa em comum: vontade de falar, ouvir, debater, aprender, ensinar e compartilhar conhecimento. E não estou falando apenas dos palestrantes, embora a turma selecionada fosse, modéstia às favas, muitíssimo ducaralho. Essa era uma característica do público, da organização e mesmo de alguns moradores da cidade não diretamente envolvidos com o evento. O HackTown é isso, uma gigantesca conversa com gente que tem muito o que dizer e que sabe como é bom escutar.
- Tamanho não é documento. O tempo médio gasto caminhando entre os locais das apresentações nunca passa de 15 minutos em Santa Rita do Sapucaí. Ou seja, a cidade tem o tamanho certo para que não fique tudo embolado demais e nem excessivamente espalhado. Isso é fundamental para propiciar encontros, paradas estratégicas para tomar um sorvete ou ouvir música e ainda propiciar uma sensação de que é possível ver muita coisa sem precisar correr como louco. Só pra dar um exemplo, se fôssemos fazer um evento assim aqui, não poderia ser um HackTown BH. Teria que ser um HackTown Santa Tereza, por exemplo.
- O evento fora do evento. Foi muito bom palestrar no HackTown 2016 e também vi palestras e debates que me abriram a cabeça pra caramba, mas as melhores conversas, o networking mais foda e os insights mais loucos surgiram nas conversas informais. Seja durante um dos muitos shows do evento, tomando uma cerveja, comendo uma pizza (talvez um dos muitos sanduíches sensacionais que tem por ali) ou fazendo tudo isso junto, "encontro" talvez tenha sido o grande lance do HackTown. Quem foi de cabeça aberta e pronto para conhecer pessoas e ideias saiu ganhando muito mais do que poderia imaginar.
- Uma vez só não basta. Quem vai no HackTown quer voltar no ano seguinte ou quer fazer um no quintal da sua casa. Quer ver o palestrante que não viu, comer o rango que não comeu, trocar ideia com o figura que não trocou. O HackTown é começo de uma porrada de começos, ponto de partida sem ponto final. Cansa? Cansa. Mas quase tudo o que é ótimo cansa de um jeito ou de outro.
Então, a gente se vê lá em 2017, na mesma Santa Rita do Sapucaí. Ou então a gente se vê amanhã e fala sobre o tudo o que não teve tempo de conversar lá.
Afinal, a palavra é "encontro", lembra?