5 dicas para melhorar seus testes de usabilidade
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5 dicas para melhorar seus testes de usabilidade

Eliminar problemas e aliviar dificuldades é o objetivo de qualquer designer que se preze. Não é por acaso que os testes de usabilidade são cada vez mais importantes e populares na construção de produtos digitais pelo mundo afora.

Um teste de usabilidade, para quem ainda não está familiarizado, é uma técnica de pesquisa utilizada para avaliar um produto ou algum tipo serviço. Os testes são realizados com usuários selecionados, que recebem tarefas simples para executar, enquanto designers e pesquisadoras observam seus movimentos.

Esse processo de visualização, quando aplicado a um contexto real, de forma organizada e bem estruturada, é capaz de gerar insights valiosos. Com isso, é possível melhorar a experiência dos usuários de forma geral por meio de iterações relevantes no produto.

Pensando nisso, selecionei 5 dicas simples para melhorar o seu desempenho na hora de aplicar testes de usuário, a fim de obter resultados úteis e que solucionem problemas de verdade.

1. Descreva seus objetivos para o teste

O segredo para a execução de um bom teste de usabilidade é definir de forma clara quais são os seus objetivos com essa iniciativa, e quais perguntas devem ser respondidas ao longo da jornada de exploração.

Portanto, antes de iniciar qualquer movimento para executar um experimento, pergunte ao seu time e a você mesma: O que eu preciso aprender com esse teste? Por que? Quem pode me ensinar?

Os insights mais valiosos nascem a partir de tarefas que buscam explorar o conhecimento de usuários reais. Porém, sem um objetivo concreto, os resultados podem se perder no meio do caminho.

Ter uma meta clara guia a elaboração de tarefas, organiza as perguntas e transforma o teste em uma experiência produtiva de aprendizado. Sendo assim, antes de criar protótipos fantásticos, abra o bloco de notas e estruture suas ideias.

2. Teste o mais rápido possível

O processo de construção de um produto digital pode demandar bastante tempo de desenvolvimento, é verdade. Porém, quanto mais tempo você levar para testar alguma solução, maior a chance de cometer erros nas partes mais fundamentais do projeto.

Sendo assim, não espere o produto estar completamente acabado e perfeito para testá-lo com usuários reais. Contanto que você consiga explicar aos participantes do teste o que é necessário, seu produto está em condições perfeitas para ser explorado.

Defina quais soluções você quer validar, elabore as tarefas que devem ser executadas pelos usuários, saia do escritório, crie as condições necessárias para simular algo próximo do contexto ideal e vá à luta em busca dos seus participantes.

Afinal de contas, quanto mais cedo você realizar um teste de usabilidade com o seu produto, mais fácil será fazer alterações substanciais no projeto e maior será a qualidade das suas entregas no fim do dia.

3. Teste com usuários reais

Dados demográficos, análises complexas de perfil e mapas de calor são cada vez mais relevantes nas organizações globalizadas. Mas verdade seja dita, nada substitui o contato com usuários reais.

Você não pode criar experiências revolucionárias para os seus usuários sentada em sua mesa e analisando os números, ao invés de ouvir o que seu público tem a dizer em relação à experiências deles com o produto.

Ao observar uma pessoa usando seu produto, é possível identificar rapidamente as áreas em que o aplicativo não é simples ou claro o suficiente. Além disso, você também é capaz de entender as verdadeiras motivações e a linha de raciocínio das pessoas por trás dos números.

Por mais úteis e precisos que os dados sejam, precisamos conhecer a fundo os medos, dores e sonhos das pessoas para as quais estamos desenhando. O contato com o usuário é o coração de um produto porque traz à tona comportamentos que os dados não revelam.

4. Foque nas tarefas

Ao definir o escopo da pesquisa, a designer em questão pode ceder à tentação de perguntar diretamente ao usuário qual a opinião dele sobre o produto testado e/ou pedir que ele aponte cada elemento e descreva sua respectiva função.

No entanto, os bons testes de usabilidade focam na avaliação de ações em torno de uma determinada tarefa. Isso porque as tarefas ajudam a capturar um feedback natural no momento da interação e dão um senso de realidade e contexto maior.

Por exemplo, se você optar por testar uma versão reformulada de um site, ao invés de obter divagações sobre qual é a opinião do usuário, foque em criar uma ações que forneçam uma resposta exata e instantânea.

Divagações vs Tarefas

Elaborar tarefas funciona bem porque elas convertem divagações e palavras em ações concretas. A máxima de que contra fatos não há argumentos é a que melhor descreve a importância das tarefas para o sucesso de um teste de usabilidade.

5. Pense pequeno

Uma desculpa clássica para restringir a quantidade de testes realizados é o tempo demandado e o alto custo para financiar as fases de pesquisa, testes e análises da iniciativa. Entretanto, o que muitos desconhecem é que os testes estão longe de requerer tantos recursos assim.

Segundo uma pesquisa desenvolvida pelo conceituado centro de pesquisa Nielsen Norman Group, testes com 5 usuários são mais do que o suficiente para revelar pelo menos 85% dos problemas de usabilidade de um produto.

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Claro que o melhor teste de usabilidade é aquele que você pode aplicar o melhor de sua capacidade. Mas enxergue os testes com, no mínimo, 5 usuários como um investimento na qualidade das suas entregas.

Investir tempo e dinheiro em uma ideia mirabolante demais pode atrapalhar o andamento das coisas e tornar as etapas mais burocráticas do que o necessário. Pense simples e pequeno, invista na qualidade do usuários e teste com frequência.

Conclusão

O teste não é algo que você pode ignorar, pois até mesmo uma simples rodada pode fazer a diferença entre o sucesso e a falha do produto. Portanto, não só teste cedo, mas também teste frequentemente.

Muitos profissionais pensam sobre o processo de design como algo linear, que começa com a pesquisa do usuário, tem uma fase de prototipagem e termina com o teste ao final da jornada. No entanto, devemos tratar a criação como um desenvolvimento dinâmico.

O feedback constante do usuário deve estar no centro do desenvolvimento de design o tempo todo. Afinal, se os produtos são criados para as pessoas, nada mais justo que elas sejam ouvidas e atendidas em todas as fases.


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Em tempo, aproveito para agradecer imensamente a Mariana Xavier por revisar, consertar e cuidar desse texto. ❤

Adriano Ávila Alamy

Branding. Design Esportivo. Inovação. Criador do FUTBOX.

5 a

Incrível a amostragem com 5 usuários apenas representando mais de 85% dos resultados.

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