5 dicas para os primeiros 3 anos de uma empresa de (muitos) sucessos.

3 anos de Otimifica. 3 anos de transformações all-line.

Minha cabeça tem mais fios brancos. Minha mente está cada vez mais inquieta. Minha vontade de ir embora aumenta a cada minuto (às vezes até ensaio comprar passagens intercontinentais e chamar um aplicativo para o aeroporto no meio da tarde, confesso…). Ao mesmo tempo, tenho mais medo de dar passos em falso, mais gente dependendo das minhas ideias, do meu esforço e do meu trabalho. 

Hoje eu ainda não sei dizer o quão bom ou ruim é isso, mas daqui 3 anos eu conto de novo. Por enquanto, posso deixar aqui registradas as minhas “melhores dicas” do que deu certo (ou errado) até agora.

DICA 1) Quanto mais o tempo passa, mais longe do futuro a gente fica.

É difícil ser um empreendedor ou empresário sereno quando pensamos que nada será como antes. É assim todos os dias. E quando a gente menos espera... Tudo mudou de novo. Eu optei pelo lado divertido do “ganhar dinheiro” nessa vida: não é “a qualquer preço”, o preço tem que sempre valer a pena de acordo com o tempo que vou dedicar para alcançar o que eu quero. 

Demorei para conseguir chegar neste ponto: o ponto de ter clareza para saber quais partes do presente é preciso entender para chegar no futuro. Para não me sentir fora de sintonia do que está acontecendo no mundo na volta, mas principalmente para não me sentir fora de sintonia comigo e com quem mais importa. Se somos a soma das 5 pessoas na nossa volta, eu quero ser sempre aquela que soma, aquela que conhece novidades, aquela que fuçou e descobriu novas respostas.

DICA 2) Não quero (só) dinheiro, quero amor sincero, isso é o que espero.

E quanto mais as coisas evoluem financeiramente, mais eu tenho certeza que eu não empreendo pelo dinheiro, mas pelo tempo que gasto para ganhar o dinheiro. Sou feliz trabalhando e aproveitando os resultados do que o trabalho me traz. Quero ficar velhinha e feliz, não ranzinza ou amarga, no lugar do mundo que eu escolhi para chamar de meu. Eu só vou conseguir isso se for feliz agora. 

DICA 3) Clientes e colegas são dois lados da mesma moeda. 

Várias vezes antes eu escolhi as pessoas erradas para estarem ao meu lado. Me enganei com muitos parceiros no caminho. Mas não desisti de encontrar os companheiros certos. E encontrei: tanto colegas de trabalho e sócios, quanto clientes - que me fazem acreditar que isso tudo ainda vai muito longe. 

Todos tem que ser razoáveis, minimamente legais, entender o propósito do que se faz e ter como base os mesmos valores, senão não funciona.

DICA 4) A burocracia e o retrocesso não podem matar os meus sonhos.

Foi num final de tarde de agosto que descobri que jamais poderia construir uma empresa geograficamente distribuída e cumprindo as regras brasileiras simultaneamente. Em Portugal eu tinha clientes remotos no Brasil. No Brasil não consigo ter clientes remotos. Não temos cultura all-line e nem banda larga que segure. Somos ludibriados na quantidade de sinal que chega em nossas casas e escritórios. Não temos escolha em terra brasilis: o único jeito é trabalhar e saber que em qualquer esquina seremos roubados por um impostinho gatuno inesperado. Se existe um lugar do mundo onde a anti-fragilidade empreendedora é testada a todo o instante, esse lugar é o Brasil.

DICA 5) Somos cardume e não polvos.

Eu jamais teria feito três anos (e olha que são SÓ 3 anos) sozinha. São 2 sócios, alguns colegas, alguns ex-colegas que deixaram muito de si e também levaram muito (assim espero!), consultoria de gestão, escritório de contabilidade que tá de olho em tudo, amigos e colegas de mercado que apoiam e clientes que acreditam. Uma empresa só tem sucesso financeiro, pessoas realizadas e crescimento sustentável, simultaneamente, quando impacta positivamente o mundo na volta. Quando sincroniza os valores, interesses e desejos. Nenhum empresário realmente bem sucedido conseguiu vencer sozinho. 

Eu ainda trabalho muitas horas, mas de forma ótima. Quando entro noite adentro desenhando os próximos passos da metodologia INBOUNDPR, borboletas se sacodem no meu estômago. Estou plena e parindo ideias de futuro. Não me considero uma workaholic, mas tenho 100% de certeza que sou uma worklover. 

Feliz 3 anos, Otimifica!

E que daqui 3 eu possa estar comemorando mais on do que off, de algum lugar no mundo onde a infraestrutura de telecomunicações permita realizar meu sonho de futuro: ajudar cada vez mais profissionais de comunicação e marketing a trabalhar melhor - de preferência de forma ÓTIMA!