5 dicas que eu gostaria de ter ouvido de uma mulher quando comecei minha carreira
Qual é a melhor maneira de conquistar algo? Essa pergunta não é simples de ser respondida, em especial por mulheres. Com certeza não há uma fórmula para o sucesso profissional, mas durante minha carreira aprendi sobre atitudes e comportamentos que ajudam a mulher a chegar lá.
Filha e irmã de militar, mãe de uma mulher e um menino, sempre atuei na área de marketing de grandes empresas nos setores de Petróleo, Telecomunicações, Tecnologia e, agora, Finanças - segmentos majoritariamente masculinos. No início da minha carreira, em especial, não tive muitos exemplos femininos de lideranças por onde passei. E por algum tempo, neste universo tão masculino, acreditei que, para ser considerada forte, deveria evitar pedir ajuda e demonstrar qualquer fraqueza que poderia ser interpretada como “feminina”. Era uma verdadeira corrida para provar pra mim e para os outros que eu era capaz de promover grande impacto, “apesar” de ser mulher.
Demorei para entender que esta corrida não me levaria a lugar algum enquanto eu não compreendesse que meu valor é determinado por mim mesma. Minhas forças, fraquezas, crenças e, especialmente meus limites precisam vir de dentro para fora. Minha identidade não era o meu trabalho, ou vice-versa, e , ao pensar assim, tão focada nos outros, só me afastava de mim mesma e dificultava meu processo de libertação de estereótipos que ao final são limitantes e superficiais. Foi quando decidi investir seriamente em uma jornada intensa de autoconhecimento. Foi o que eu precisava pra seguir em frente mais forte.
E mais aprendizado ainda estava por vir. Também demorei quase 20 anos para perceber o valor das mulheres empoderadas se ajudando – exemplo, inspiração e crescimento. Revisitei na minha memória todas as incríveis profissionais que passaram pela minha vida e me ensinaram, desafiaram e me ajudaram a ser quem sou hoje. Foram muitas. E ainda são. E esta é uma certeza: somos muito mais poderosas juntas.
Entender e sentir esta força me ajudou a sentir pertencimento legítimo - eu poderia ser eu mesma, com altos e baixos, mas inteira – sem adaptações ou projeções forçadas para me ajustar ao “ethos” masculino do mercado. Tornei-me uma profissional muito melhor e muito mais segura, por meio de uma transformação tangível que me trouxe autoconfiança, firmeza e certeza de quem eu sou. E que não só me afetou como, também, a diversos profissionais com quem me relacionei – mulheres e homens.
Por isso não basta ser competente e trabalhar duro para atingir metas. É preciso falar e ser uma agente de mudança na organização, no mercado e na nossa comunidade. Só assim outras mulheres podem sentir o mesmo que eu – evoluir com total aceitação e consciência de seu valor feminino. E este é meu compromisso como mulher profissional e madura: o momento é agora e o movimento precisa acontecer. Por isso quero compartilhar alguns aprendizados que colhi durante a minha carreira e que também pude dividir com mais de 200 mulheres no Women Leadership Day durante o Facebook Summit Latam 2018, promovido pelo Facebook no início deste mês. Um encontro de acolhimento, inspiração, troca e ação.
1) Comece agora
Você não precisa estar em um cargo de liderança para pensar em promover mudanças. Isso pode acontecer agora. Não tem a ver com cargo ou poder, mas, sim, com atitude propositiva, protagonismo e competência.
2) Peça e ofereça ajuda
Já contei que tentei fazer as coisas sozinhas e que isso acabou sendo um caminho mais árduo e doloroso, que me fazia sempre buscar aprovação, principalmente, dos homens. Por isso, não tenha medo de pedir ajuda nos momentos em que mais precisar de apoio. Há outras mulheres como você para te ajudar. E, claro, para você oferecer ajuda.
3) Olhe para dentro
Passar a se conhecer melhor vai fazer toda a diferença na sua vida – pessoal e profissional. Quando adquire autoconhecimento você identifica suas potencialidades e suas fraquezas e passa a se posicionar de outra forma. Sua autoconfiança vai florescer e te fortalecer.
4) Seja autêntica
Conhecendo-se bem você passa a ser mais autêntica. Essa é a beleza da diversidade. Não espere que as pessoas digam como você deve se comportar. Não meça seu valor pelas reações das pessoas. Você é o seu melhor juiz. Seja você mesma sempre.
5) Seja Vocal
Se você já se conhece melhor, ficará mais fácil se posicionar e se engajar. Vai perceber que, mesmo em uma reunião em que você é minoria, você não vai se intimidar em colocar sua opinião. Com isso, passam a respeitá-la e você ganha seu espaço.
Estes 5 conselhos teriam acelerado meu processo de aprendizado e crescimento. E há muito espaço para transformação. Sabemos que as barreiras ainda persistem no Brasil e, um exemplo disso, são os 63% dos homens em cargos de liderança nas grandes empresas, segundo o último estudo do IBGE.
Por isso mesmo sou uma feroz defensora da equidade de gênero na empresa e na minha vida. E a cada dia estou muito consciente do meu comportamento e do meu papel em promover a discussão com franqueza e paixão. Há muito trabalho a fazer, mas nós mudaremos isso.
Juntas, as mulheres são fortes o bastante para promoverem grandes transformações.
O mercado vai agradecer. :)
Psicólogo / Profissional PcD /Consultor / Gerente / Especialista de RH / Headhunter / Diversidade.
2 aParabéns pelo artigo. Realmente uma lição de jornada. Aproveitando, enviei para ti um convite de conexão.
PR | Comunicação Corporativa | Gestão de Crise e Reputação | @Sicoob
5 aQue exemplo de profissional, obrigada pelas palavras!
HR Business Partner I HRBP Leader
5 aMaravilhosa leitura, obrigada pelas palavras ❤️
Sr Brand Marketing Manager - Amazon Prime Video
5 aEllen Kamimura
Novos Negócios
5 aParabéns Duda!! O mundo precisa disso, de mulheres como você que nos inspiram a ser melhores!!