É possível conquistar seu espaço profissional mantendo sua essência feminina?
Se eu estivesse lendo essa pergunta 10 anos atrás, diria: “lógico que não!”
Construí minha carreira em vendas, uma área competitiva e dominada pelos homens. Há uma década, tudo era mais difícil para nós!
Melhorou? Sim, um pouco! Mas a realidade ainda é dura para as mulheres neste segmento de atuação.
Até hoje tenho a sensação de que uma mulher precisa performar 3 vezes mais para conquistar a mesma posição. Se um homem fecha 5 contratos em 1 mês, temos que fechar 15 para obter o mesmo prestígio e respeito.
Fora os preconceitos típicos da área.
Um bom resultado por vezes é colocado em dúvida ou desmerecido. É comum ouvir frases como “ela consegue porque é mulher, jogou charme!” ou “confessa que rolou aquele cafezinho para fechar essa venda, hein?”
Estruturalmente, é visível a assimetria de poder. São poucas as mulheres em cargos de lideranças no segmento de vendas, há uma desproporção.
E como eu ganhei o meu espaço?
Atualmente, sou Head de vendas de uma startup. Comecei minha carreira como recepcionista e, pouco a pouco, fui galgando posições até assumir cargos de gestão.
Durante essa jornada, precisei ser firme, dura e até um pouco agressiva em certas ocasiões, recrutando uma energia mais masculina.
Se eu fosse delicada, tendia a ser deixada de lado. Eu tinha que falar mais alto!
Quando consolidei uma reputação e uma autoridade, consegui equilibrar mais essas energias. Aos poucos fui resgatando meu lado feminino no ambiente profissional, sempre preocupada em entregar um resultado “extra”, simplesmente por ser mulher.
Só que, lá no fundo, eu sabia que não podia ainda ser eu mesma. Faltava alguma coisa!
A busca pelo pertencimento
Depois de um tempo, comecei a perceber que precisava buscar um lugar que acolhesse melhor não somente essa energia feminina, mas também a minha IDENTIDADE em múltiplos aspectos.
Nos ambientes tradicionais de vendas, essa essência ficava um tanto sufocada, comprometendo a minha felicidade.
Então pautei por aí a minha transição de carreira.
Depois de uma intensa procura, foi no mundo das startups que me senti “em casa”. É um ecossistema mais inclusivo e democrático, que abraça com mais naturalidade a diversidade de gênero, orientação sexual, raça, idade etc.
Para as mulheres que aqui me leem, é o que eu recomendo!
É bacana estar em um lugar que acolha e coloque a serviço do negócio o nosso jeito de ser feminino: intuitivo, sensível, compreensivo, empático, cuidadoso.
Também é preciso encontrar esse fit com a empresa em aspectos mais particulares da sua identidade. Um lugar que tenha valores, cultura e práticas os quais você acredita.
Se não há isso em seu emprego atual, você pode buscar por um novo, e não precisa ser necessariamente em uma startup. O mais importante é estar em um ambiente que te permita crescer sendo quem você é.
Por fim, adoro uma frase de um dos livros da Brené Bronn, onde ela diz:
“Se eu conseguir ser eu mesma, eu pertenço. Se eu tiver que ser como você, eu apenas me encaixo”.
Professor | Escritor | Mentoria | Cursos online
3 aBora vendeeeeerrr!!!
Sales Executive at Margramar | Natural Stone Specialist | Sales and Negotiation Focused
3 aQue DEMAIS esse artigo Carla Michely Lima!! A estrada é árdua mas a gente chega lá 👊🏻
SaaS
3 aInfelizmente às vezes ainda é necessário se impor de forma mais intensa afim de obter o devido respeito profissional. Mas graças a nós que não desistimos, aos poucos isso está mudando 🙏🙏
Senior Credit Specialist na SejaBest
3 aque texto!! 👏
Arquiteta de Marca Pessoal | LinkedIn Creator | Designer de Narrativa de Carreira | Palestrante | Mentora | Consultora | Mestre em Comunicação | Branding Pessoal | Personal branding | @ana_marcapessoal
3 aMuitas mulheres, principalmente as q ocupam cargos de gestão, passaram ou passam por isso. Mas liderança feminina está crescendo mundo, esse jogo vai virar!