AS 5 INTELIGENCIAS PARA SER CONSELHEIRO
¿O QUE É NECESSÁRIO PARA SER UM BOM CONSELHEIRO HOJE EM DIA?
5 TIPOS DE INTELIGÊNCIA.
Há cinco tipos de “inteligências” necessárias para ser um bom membro do conselho nos tempos atuais: financeira, estratégica, relacional, funcional e cultural.
“Um bom conselho de administração pode ser harmonizado por meio de uma liderança humilde, um profundo entendimento do negócio, uma cultura de confiança mútua e muita agilidade no aprendizado”. Pearl Zhu.
Os conselhos de administração estão sob pressão c.
Os conselhos de administração estão sob pressão crescente para se diversificarem - equipes heterogêneas com mais mulheres e membros internos e externos com diferentes origens culturais e funcionais - para representar melhor as pessoas que suas organizações empregam e atendem. Ao mesmo tempo, os requisitos são cada vez mais exigentes: os membros do conselho devem ter a capacidade de entender negócios cada vez mais complexos, demonstrar conhecimento técnico, ser capazes de oferecer uma governança eficaz e, por fim, apoiar a empresa na geração de retornos sustentáveis de longo prazo.
Em um artigo recente da Harvard Business Review, os autores realizaram entrevistas com mais de 50 membros do conselho de administração de empresas líderes globais.
Eles concluíram que há cinco tipos de “inteligências” necessárias para ser um bom membro do conselho nos tempos atuais: financeira, estratégica, relacional, funcional e cultural.
Financeira. Como alguns colegas afirmam, a linguagem dos negócios é a contabilidade, essa capacidade de falar não apenas com palavras, mas com números. Um bom consultor deve ser capaz de dar uma opinião bem informada sobre a empresa analisando seus demonstrativos financeiros. Não se trata de ser um contador experiente, mas de ser capaz de interpretar uma demonstração de resultados para entender o que está acontecendo na empresa; o que pode estar indo bem, tendo a capacidade de fazer perguntas inteligentes e pedir contas se as finanças não estiverem suficientemente claras. Esse tipo de inteligência vem de uma educação financeira básica em nível pessoal. Voltarei a esse assunto e ao seu impacto nos negócios mais adiante.
Estratégica. Ter uma visão estratégica significa ser capaz de entender bem o negócio e ajudar a tomar decisões estratégicas importantes. Isso requer conhecer a empresa, mas também o ambiente (tendências, perspectivas futuras, relações com os clientes), a fim de detectar oportunidades e possíveis ameaças. Dessa forma, será possível decidir não apenas sobre a estratégia, mas também sobre possíveis modelos de negócios. Antigamente, era comum que os conselhos de administração fizessem um exercício anual de planejamento estratégico; atualmente, com o aumento do ritmo das mudanças, esses exercícios de diagnóstico, decisão e diretrizes de implementação tendem a ser muito mais frequentes.
Relacional. A capacidade de trabalhar de forma eficaz em equipe - uma equipe heterogênea com diversas origens, mas que trabalha em conjunto de forma eficiente, discutindo abertamente para chegar a boas decisões apoiadas por todos - é fundamental para a construção de relacionamentos - com outros membros do conselho, com a administração da empresa e com as principais partes interessadas.
Os autores afirmam: “Ser eficaz na inteligência relacional envolve ouvir atentamente e ser capaz de captar, processar, reagir positivamente e ajustar seu pensamento rapidamente à direção da conversa e às sugestões que você pode não ter considerado anteriormente de seus colegas conselheiros”. Além disso, tenha sempre em mente algo extremamente importante: o papel do conselho é examinar, incentivar, aconselhar e até mesmo controlar, mas nunca operar.
Papel-função. Ou o papel a ser desempenhado. Seja muito claro sobre a função que você desempenha; como colaborador do trabalho do conselho, cada conselheiro deve se perguntar por que foi eleito.
Cultural. Essa é uma inteligência muito importante para conseguir um bom trabalho em equipe; para estabelecer um ambiente em que os conselheiros se sintam confiantes, em que possam expressar suas opiniões e em que os acordos alcançados tenham o apoio de todos os membros do conselho. Já falamos sobre o projeto “Aristóteles” do Google, no qual eles definiram (entrevistando várias equipes bem-sucedidas) que a principal característica para se ter uma equipe altamente eficaz era justamente conseguir uma cultura de confiança, poder expressar livremente suas opiniões, ouvir e ser ouvido.
Qual seria o desafio? Ser capaz de identificar, combinar e desenvolver esses cinco tipos de inteligência. Não é fácil, nós sabemos, como disse Yogi Berra, o lendário gerente do New York Yankees: “Conseguir os nove melhores jogadores do mundo não é difícil, o difícil é fazê-los jogar como uma equipe”. É preciso fazer isso, mas também é preciso treinar cada inteligência e medir o quanto eles estão aprendendo e o quanto são eficazes como equipe.
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Essa é uma meta muito ambiciosa, árdua, mas alcançável, que nos permitirá estar muito mais bem preparados para competir de forma eficaz nestes tempos de mudanças sem precedentes.
Mas qual é o impacto de sermos alfabetizados financeiramente em nossas vidas pessoais e como Conselheiros?
A chave para abordar essa questão está na compreensão da importância de adquirir educação financeira desde cedo e ao longo de nossa vida adulta. Ignorar a importância de entender os números é irresponsavel e subestima o valor intrínseco de nossas vidas, limitando nossa capacidade de alcançar a liberdade financeira desejada.
Um ponto de partida fundamental é a educação financeira desde a mais tenra idade. Integrar o ensino de conceitos financeiros no currículo escolar desde cedo é um investimento no futuro de nossos jovens e no desenvolvimento sustentável de nossa sociedade. Ao fornecer-lhes habilidades financeiras básicas desde cedo, damos a eles as ferramentas necessárias para que tomem decisões responsáveis e informadas ao longo de suas vidas. Não se trata apenas de ensinar operações aritméticas, mas também de compreender conceitos-chave como poupança, TIR, orçamento, investimento e gestão de crédito, entre outros.
As iniciativas institucionais para promover a educação financeira são boas, mas insuficientes. Os conteúdos carecem de abordagens atraentes e são apresentados de forma anedótica e opcional para os alunos. As escolas poderiam transformar essa situação apresentando os conceitos de forma amigável e acessível, usando exemplos cotidianos com os quais os alunos possam se identificar. Aprender a administrar seu dinheiro, estabelecer metas de poupança e explorar diferentes formas de investimento os ajudará a entender a importância de tomar boas decisões e desenvolver hábitos financeiros saudáveis desde cedo.
Entretanto, a responsabilidade pela educação financeira não cabe somente ao sistema educacional. Como adultos, também devemos reconhecer a importância de adquirir conhecimento para garantir nosso bem-estar financeiro. A vida adulta apresenta muitos desafios financeiros, desde a tomada de decisões sobre hipotecas e empréstimos até o planejamento da aposentadoria e o gerenciamento de investimentos. Sem um entendimento adequado dessas questões, corremos o risco de cair em armadilhas financeiras, tomar decisões impulsivas ou ser vítimas de más práticas.
Além disso, uma das áreas em que a educação financeira pode ter um grande impacto é o empreendedorismo. Muitas pessoas sonham em abrir seu próprio negócio, vendo isso como um passo fundamental para sua liberdade, mas a falta de educação financeira pode se tornar um grande obstáculo. Para isso, é necessário aprender a administrar adequadamente as receitas e despesas e entender os aspectos fiscais e legais que envolvem o setor em que a atividade é desenvolvida, pois esses são elementos fundamentais para o sucesso.
Uma sólida educação financeira pode fornecer aos empreendedores as ferramentas necessárias para tomar decisões estratégicas, minimizar riscos e maximizar oportunidades de negócios. Dessa forma, a educação financeira não só se torna uma chave para a liberdade individual, mas também um motor para o desenvolvimento econômico de nosso país.
Portanto, é essencial que cada indivíduo assuma a responsabilidade por sua própria educação financeira. Isso significa buscar oportunidades de aprendizado, seja por meio de cursos on-line, livros especializados, treinamento ou consultoria financeira. As informações estão ao nosso alcance e é fundamental aproveitá-las para adquirir conhecimentos sólidos em finanças pessoais. Dessa forma, estaremos preparados para definir metas financeiras realistas, fazer um orçamento eficaz, gerenciar conscientemente as economias e desenvolver estratégias de investimento adaptadas às nossas necessidades.
Por exemplo, economizar para um fundo de emergência exemplifica como definir metas financeiras claras e desenvolver um plano para garantir nossa segurança no caso de eventos imprevistos.
Ao alocar regularmente uma parte de nossa renda para esse fundo, podemos construir um colchão financeiro para cobrir de três a seis meses de despesas, o que nos dá paz de espírito e proteção em momentos de perda de emprego ou despesas médicas inesperadas. Reconhecer a importância de ter um fundo, como um fundo de emergência, e trabalhar constantemente para que ele seja cumprido, torna-se fundamental para proteger nossa estabilidade econômica.
A educação financeira não apenas nos beneficia como indivíduos, mas também tem um impacto positivo em nossas famílias e comunidades. Com uma sólida compreensão das finanças pessoais, podemos transmitir esse conhecimento aos nossos entes queridos, ajudando-os a tomar melhores decisões financeiras e promovendo uma cultura de responsabilidade financeira em nosso ambiente.
Em última análise, a educação financeira é a base para construir um futuro financeiro sólido e alcançar a liberdade financeira que almejamos. Ela nos capacita a tomar decisões informadas que nos permitem maximizar nossos recursos.
Mas também é fundamental para definir metas financeiras claras e desenvolver um plano que nos permita enfrentar os desafios financeiros da vida com confiança, garantindo nosso bem-estar financeiro e perseguindo nossos sonhos e aspirações.
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5 mExcelente análise sobre as inteligências necessárias para ser um bom conselheiro! Concordo que a combinação de inteligência financeira, estratégica, relacional, funcional e cultural é essencial. A educação financeira, em particular, é crucial para tomar decisões informadas e impulsionar o desenvolvimento econômico. Adorei a reflexão!
Consultor / Conselheiro Consultivo
5 mGrato por compartilhar, Marcelo. Muito bom.
👏 👏 👏